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Sonic and All-Stars Racing Transformed - Análise

Por ar, terra e mar.

Em Transformed o “splash” sobre a água faz-se com alguma quebra na fluidez, principalmente se usarmos o “power up” All Star, cuja animação mais desenvolvida produz visíveis cortes de fluidez e um arrastamento da animação que machuca o impacto positivo da largada. Se outros pilotos estiverem próximos, mais percetível se torna a sensação de abrandamento. Além disso, algumas partes que implicam navegação não contam com uma física particularmente atrativa, já que a sensação que se tem é de uma falta de peso do barco. Quanto às secções aéreas, verifica-se também algum abrandamento na transformação e até voltarmos a ganhar velocidade ainda passa um bocado. Contudo, a sensação de voo está mais aperfeiçoada, sendo desafiante e ao mesmo tempo apelativa

Esta alternância de modelos ao longo de uma prova acontece mais vezes e de modo prolongado em cada uma das transformações, porque as pistas têm uma longa configuração, muitas vezes com significativas mudanças ao longo do percurso, lembrando-nos Split Second. Assim, tanto podemos ter uma primeira volta percorrida maioritariamente com o automóvel, para uma posterior transição para aeronave que nos leva até à meta praticamente num segmento de voo.

Claro que o modelo básico por definição é o automóvel e ainda que falte equilíbrio às três dimensões da condução, acaba por ganhar mais preponderância a aeronave e o carro. Isso deve-se à estrutura das pistas, pois muitas delas privilegiam a competição aérea. O primeiro ponto a salientar sobre as pistas é a sua fantástica construção. Isto é autêntico serviço de fãs materializado da melhor forma possível. Há muita animação para lá do asfalto, grandes transições e uma captação muito forte e inteligente do melhor de cada série.

Uma das minhas pistas favoritas é Skies of Arcadia. A primeira volta disputa-se maioritariamente em segmento para automóvel, mas assim que entrámos para a derradeira volta, as ilhas desabam, aluindo os percursos e obrigando os pilotos a fazer toda uma secção em pleno voo, rasando caravelas flutuantes. É grande a nostalgia, continuada depois pela pista Panzer Dragoon, onde vemos um imenso dragão junto de uma das curvas. Depois, há também o porta-aviões de After Burner, no qual começamos por levantar voo, cruzamos os céus debaixo de um azul forte e voltamos a aterrar noutro porta-aviões para uma parte da corrida onde damos uma volta completa antes de descermos ao mar. Mais à frente encontrámos a pista Golden Axe, com um esqueleto gigantesco que teremos de atravessar assim como canais de lava para atravessar.

A Sumo Digital percebeu bem a necessidade de captar a sensação arcade, conseguindo corridas rápidas em lugares recheados de surpresas e com muitos motivos de admiração e puro êxtase. Os power ups apresentados demonstram equilíbrio e para os obter importa assegurar uma posição correta. Na pista os jogadores vão encontrar lançadores de velocidade que permitem ganhar boost e manter a corrida dentro de um ritmo completamente louco. No ar, canais de acesso circulares injetam mais velocidade, o mesmo sucedendo sobre a água.

"O modo carreira é um dos maiores atrativos do jogo e é constituído por 5 grandes evento. Cada evento possui mais de uma dezena de corridas, com percursos secretos."

Quanto aos power ups, é importante conseguir um bom posicionamento e ser lesto na apanha. Passar uma volta sem power ups equivale a ficar nas últimas posições se derem uso à dificuldade intermédia ou alta. Os jogadores terão à sua disposição uma boa gama de poderes especiais. Podem ser disparados para trás, evitando os mísseis perseguidores, as bolas de neve congelantes e os foguetes. Importa fazer boa pontaria e ter o carro alinhado com o adversário. Calcular o espaço é relevante pois se tivermos de suportar os destroços seremos atrasados. Os enxames de abelhas constituem serão menos comuns mas eficientes de modo a abrandar os jogadores mais rápidos, sendo quase o sinonimo da carapaça azul de Mario Kart, já que obriga os adversários da frente e travarem o ritmo se quiserem atravessar todas as abelhas gigantes sem sofrerem toques. A luva é utilizada unicamente como elemento defensivo.

Wreck-It Ralph Trailer

Depois ainda há o carro remoto controlável, a bolha gigante e o power up all star. Como disse atrás este poder causa alguma instabilidade na “framework” e altera significativamente a condução. O veículo ganha mais velocidade e pode ser complicado controlá-lo nalgumas curvas mais apertadas. Não sendo praticamente inovadores, estes poderes não se projetam tão penalizadores como em Mario Kart, sendo que chegar à frente já não depende tanto da sorte mas de uma conjugação de fatores entre os quais; apanhar todos os tapetes boost, seguir pelos percursos alternativos e ter sempre um power up para gerir a posição. O sucesso nas corridas será assim ditado pela maximização destes elementos.

O modo carreira é um dos maiores atrativos do jogo e é constituído por 5 grandes evento. Cada evento possui mais de uma dezena de corridas, com percursos secretos. Ao conquistar vitórias na dificuldade média ou elevada ou cumpri-las nos termos previstos, obtêm estrelas indispensáveis para abrir mais percursos e pilotos secretos. É uma boa organização e um desafio de dificuldade crescente. A isto acresce uma acumulação de pontos de experiência por cada piloto elegido à semelhança de um Forza. Isto significa que ao terminarem uma corrida bem sucedida com certo piloto poderão subir de nível e obter valiosas modificações do bólide. Set ups que assumem relevância noutras pistas. De referir que no World Tour os eventos não são todos do mesmo género. A oferta passa por desafios distintos como corridas contra todos, batalhas pelo tempo mais rápido, o último é eliminado, cruzar a meta antes de passar o tempo limite, furar pelo trânsito virtual de uma cidade sem chegar tarde aos checkpoints.

Para lá do World Tour podem ainda contar com corridas individuais, time attacks, Grandes prémios (quatro provas agregadas) e por fim um modo multiplayer online e local. Opções suficientes e destacadas para assegurar mais longevidade a um modo carreira já por si extenso e repleto de permanentes desafios. À segunda tentativa de reconstrução das corridas de Sonic e companhia, a Sumo Digital respondeu com uma oferta muito mais arrojada e pejada de serviço pelos fãs. Reconhece-se, contudo, que a jogabilidade tripartida não está tão equilibrada quanto seria desejável. As secções de barco não prejudicam a experiência, mas vemos nelas uma queda muito grande de um registo mais entusiasmante quanto temos o automóvel sob controlo. Não é por acaso que a Sumo Digital já nos entregou um fantástico OutRun Online e um Sega Rally renovado e bem conseguido. Nestas lides, Mario Kart 7 ainda é o indiscutível rei, ainda que a Sumo Digital tenha aqui uma produção com valor que não só é capaz de homenagear grandes séries da Sega como entregar um jogo de corridas arcade muito competente.

8 / 10

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Sonic & All Stars Racing Transformed

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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