Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes - Análise

'Let me take you for a ride'.

Enquanto jogadores todos nós temos determinados jogos que marcaram o nosso percurso enquanto adeptos de videojogos. Seja qual for o estilo ou género do qual se tornaram fãs incondicionais e fervorosos dedicados ao longo do vosso caminho, existe incontestavelmente um ou mais jogos que se tornaram responsáveis pelo consequente fascínio por produtos similares. Sempre que penso no meu particular fascínio por jogos de luta, pelos beat'em ups como preferem alguns dizer, sou praticamente forçado a pensar em quatro jogos em particular. Primeiro Super Street Fighter II, segundo Tekken 3, terceiro SoulCalibur e finalmente Marvel vs. Capcom 2. Estes foram provavelmente os jogos dentro do género que mais tempo passei a jogar, que mais influência tiveram sobre os meus gostos e consequente desfrutar dos demais produtos equivalentes.

Sendo assim, passados praticamente 12 anos após o lançamento original na Dreamcast, temos agora a chegada aos sistemas iOS de Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes, aclamado como um dos mais divertidos beat' em ups de sempre e um dos marcos pessoais enquanto adepto do género. Obviamente que, mesmo depois das versões digitais disponíveis no Xbox Live e PlayStation Network, existe uma enorme curiosidade em verificar como a Capcom transportou o jogo para os sistemas da Apple e de verificar como se porta MvC2 num formato que nos permite dar umas bofetadas com o Hulk em qualquer lado.

No dia em que Portugal celebra a conquista da liberdade e do direito de expressão, MvC2 conquista igualmente a liberdade de ser jogado em qualquer lado a qualquer altura e bem a tempo de homenagear os heróis fantásticos das bandas desenhadas da Marvel. Hoje marca também a estreia de Os Vingadores, The Avengers no original, nas salas de cinema e talvez não exista nada melhor enquanto esperam que o filme comece do que uma experiência que nos permite aceder a uma grande quantidade deles.

O produto base em si é mais do que conhecido e o interesse aqui está em verificar a validade desta versão e como foi feito o trabalho de adaptação para os sistemas iOS. Apesar de na sua essência New Age of Heroes iOS ser igual a si mesmo, o trabalho de adaptação dá-nos uma versão que apesar de ter tudo para fascinar os que não vão resistir a mais uma versão do clássico, tem ainda assim alguns problemas que podem tornar a experiência algo abaixo do desejado.

Tal como no original vamos poder recorrer aos 28 personagens Marvel ou 28 personagens Capcom (para o total de 56 entre os quais se pode contar com Wolverine, Capitão América, Hulk, Homem-Aranha, Storm, Rogue, Ruy, Ken, Akuma, Jill Valentine, Strider Hiryu e mais) em modos como Arcade, Training, Score Attack e ainda Versus no qual enfrentamos outros jogadores para provar que somos mesmo bons...ou não. No entanto, tal como o modo Secret Factor indica, existe muito para desbloquear, como galerias de arte ou personagens, portanto o modo Arcade é mesmo o ponto de passagem obrigatório.

Como não podia deixar de ser, tudo mantém-se igual ao original, escolhemos os três personagens que vão compor a nossa equipa, escolhemos o tipo de assistência que cada um vai ter quando são chamados durante o combate e estamos prontos para a porrada. Chegada a 'hora do pau' temos então a oportunidade de testar o trabalho feito pela Capcom. Tendo em conta que estamos perante uma fórmula de jogo clássica que é por um lado altamente acessível mas que por outro tem profundidade mais do que suficiente para nos motivar a procurar mais e melhor de nós próprios, interagir com tal em forma tátil pode ser um pouco confuso e limitador.

"Existem dois esquemas de controlo e servem propósitos diferentes: um fornece uma interação com moldes clássicos a outra leva os controlos de encontro ao esquema tátil."

Tal como em Street Fighter IV iOS, vai ser preciso algum tempo de habituação e assim que o conseguirem, assim que a adaptação e a sensação de familiaridade chegar, vamos estar perante uma pequena e doce maravilha. MvC2 para iOS deixa-vos ser o jogador que eram nas versões de consola mas vão precisar de adaptação ao esquema de controlo tátil e à posição dos diversos botões. O joystick virtual que está no canto inferior esquerdo também vai precisar de hábito no seu uso graças à possibilidade de ajustar a transparência dos botões a imagem pode ficar tão límpida quando desejarem.

Combates frenéticos, cheios de golpes especiais e super especiais em combinação entre equipas são tarefas que se sentiam naturais nas consolas e que aqui podem causar alguma estranheza mas que a dedicação vai tornar natural. Existem até dois esquemas de controlo e ambos servem propósitos diferentes: um fornece uma interação com o jogo de moldes completamente clássicos enquanto a outra leva os controlos de encontro ao esquema tátil.

Se querem jogar MvC2 no vosso iOS o mais similar o possível ao que fazem com um comando nas consolas então tem a opção de no ecrã surgirem quatro botões (dois para socos e dois para pontapés) com outros dois para executar golpes especiais aleatórios no imediato e invocar os companheiros. Desta forma podem executar os combos que se lembram dos tempos passados em redor do clássico e de jogar de uma forma mais livre, desbloqueada quase. O outro esquema de controlo coloca o ecrã quatro botões, um para socos, um para pontapés, um para invocar companheiros e outro para executar especiais. Este esquema de controlo permite ainda melhor usufruir do novo sistema "Flick" no qual deslizar o botão pelos ícones, ou botões se preferirem, numa direção específica origina um ataque ou ação respetiva.

É uma forma encontrada pela Capcom de tornar o esquema de controlo ainda mais simplificado e mais ao encontro do que se poderia desejar num ecrã tátil Por um lado torna tudo mais simples e intuitivo, não frustrando o jogador enquanto mantém o ritmo alto e a experiência bastante idêntica, mas por outro não permite que o jogador aceda à aclamada profundidade que a série conquistou. O melhor de tudo é que temos as duas opções e caso não queiram podem optar pelo esquema de controlo mais ao encontro do método clássico.

Com uma banda sonora de luxo fielmente transportada, MvC2 surge nos iOS com uns visuais tão fantásticos e coloridos quanto sempre foram. Passados 12 anos as melhorias condizem bem e só é pena que por vezes os visuais parecem demasiado pixelizados. Tendo em conta que estamos perante um produto iOS não nos podemos queixar. Pelo contrário, o ritmo é altamente dinâmico e tudo muito frenético, por vezes em demasia para um pequeno ecrã com dedos em cima. Pena mesmo que esta versão não pareça ter a mesma graciosidade e suavidade das anteriores. Por vezes a experiência parece soluçar e a velocidade quebra mas são momentos ocasionais e nem mesmo os Team Hyper Combos deixam de brilhar com esplendor.

Se adoram beat'em ups e são adeptos das maravilhas 2D da Capcom de outrora, então não hesitem Marvel vs. Capcom 2: Nem Age of Heroes é uma estupenda experiência iOS. Assim podem ter os vossos adorados heróis da Marvel e os ícones Capcom em qualquer momento da vossa vida, seja no autocarro ou seja em divisões da casa onde procuram mais privacidade. Seja lá onde for vão conhecer uma experiência que tem tanto de imediata como tem de profunda para quem nela quiser investir.

8 / 10

Sign in and unlock a world of features

Get access to commenting, newsletters, and more!

Descobre como realizamos as nossas análises, lendo a nossa política de análises.

In this article
Related topics
iOS
Sobre o Autor
Bruno Galvão avatar

Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

Comentários