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DMC Devil May Cry - Antevisão

A desconcertante realidade de Dante.

Em termos de argumento, caracterização da personagem e ambiente, isso é novidade e talvez aí resida boa parte do interesse em descobrir este novo DmC. As semelhanças com os jogos passados são meramente pontuais e aqui a equipa de Antoniades fez um esforço na construção de Limbo, o "background" dominante, onde podemos ver um mundo psicótico, decadente e em permanente sobressalto. O domínio dos demónios assola o nosso protagonista de forma evidente. Montanhas russas precipitam-se com facilidade sobre o solo, ruas estreitam-se e como que esmagam Dante. O chão desaba e se Dante não for capaz de se antecipar cairá no abismo e sairá derrotado do combate. O cenário é caótico e parece saído de um pesadelo. No mundo real as pessoas desconhecem a existência do Limbo, mas os reflexos da atuação de Dante neste mundo acabam por se fazer sentir.

Quanto ao "gameplay" a Ninja Theory apostou por dar continuidade ao esquema promovido pelo jogo original, o que significa que encontramos uma jogabilidade rápida, frenética e muito eficaz. A Rebellion pode ser usada para a especialidade anjo e demónio, o que acrescenta golpes distintos e possibilidades de combinações diversas. Antoniades chama a atenção para a possibilidade de mudar de armas à medida que progridem na campanha. A fusão operada entre as pistolas e a espada resulta no poder destruidor e completo do nosso protagonista.

As primeiras rondas de confrontos com inimigos que patrulham limbo despistaram as dúvidas que poderiam existir sobre o ritmo da jogabilidade. Tudo é muito rápido, a ação bastante fluida e sentimos realmente o poder dos golpes devastadores. Alguns inimigos usam serras e oferecem mais resistência, mas enquanto nos mantivermos seguros nas combinações o medidor de combinações vai classificando a nossa prestação e em pouco tempo conseguimos chegar às notas máximas.

A transição entre plataformas é essencial, quer em termos verticais, usando ganchos para subir até zonas cimeiras, puxando do lado demoníaco ou angélico, pequenas plataformas. Algumas encontram-se demasiado distantes e sendo assim, serão convidados a saltar e efetuar "boost hability" que permite colocar Dante em sobrevoo temporário. Este mesmo método terá de ser aplicado quando o piso desabar, podendo assim saltar entre plataformas com mais alguma segurança.

Na demonstração a que tivemos acesso, Dante avança por um conjunto de ruas nesse mundo de Limbo. Contudo em certas portas os demónios colocaram barreiras e Dante deverá eliminar as câmaras que o espiam para seguir em frente. O processo obriga a algum reconhecimento do percurso e a métodos específicos mais simples, de eliminação desses globos oculares que o vigiam. Depois de conseguir escapar a mais uma tentativa de encurralamento, Dante entra numa igreja gótica tendo de vencer obstáculos e sempre numa luta contra o tempo tomar decisões certas como saltar para uma plataforma ou segurar-se a um ponto superior. O processo é rápido e pouco depois chega o fim da demonstração quando Dante quebra o vidro e salta para o exterior da igreja, regressando ao mundo real.

A demonstração não nos permitiu combater contra qualquer "boss", mas o mais importante a reter foi a jogabilidade e o ritmo fluido e frenético da mesma. Pessoalmente fiquei satisfeito e arrisco mesmo que Devil May Cry foi o jogo que melhores impressões recolheu daqueles que pude experimentar. Bem sei que esta demonstração é apenas uma parte, mas por si já revela sinais de qualidade que poderão ficar melhor patentes na versão final e completa.

A banda sonora é apelativa e entusiasmante. O rock e heavy metal perduram ao longo das várias sequências da demonstração e das paredes que formam o cenário quase se sente o bafo dos demónios. Embora não encontrássemos criaturas adversárias marcantes, a maioria dos inimigos que combatemos são tropas de vigilância e de percurso, tradicional carne para canhão. Mas se a jogabilidade proporcionar mais soluções como se espera, através de outras combinações e os "bosses" forem realmente impressionantes então é muito provável que este DMC tenha tudo para sair para as lojas bem sucedido.

Os primeiros trailers de DmC - Devil May Cry com o novo Dante podem ter causado alguma polémica principalmente pelo aspeto visual do protagonista, mas esta demonstração veio revelar o oposto das primeiras impressões e que a Ninja Theory poderá fazer justiça a uma série que merece um novo desenvolvimento. Os primeiros sinais da experiência sugerem qualidade e se o conteúdo permanecer equilibrado entre foco narrativo e "gameplay" poderemos vir a ter aqui um caso de sucesso em mais uma parceria entre a Capcom e um estúdio ocidental.

DmC - Devil May Cry chega à PS3 e Xbox 360 no final de 2012.

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