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Devil May Cry HD Collection - Análise

O facelift de Dante deixa a desejar.

Devil May Cry 2 é a ovelha negra desta coletânea, estando num patamar abaixo dos outros dois. Apesar disto, continua a fazer parte da saga Devil May Cry e consegue ser um jogo razoável, isto se conseguirem aceitar que a jogabilidade está mais lenta e não tão fluida como no primeiro, para além de algumas animações estranhas e o barulho irritante de Dante a correr.

Neste segundo capítulo a dificuldade também foi reduzida, o que privou o jogo do gozo que transmitia o primeiro. É ainda aqui que foi introduzida pela primeira vez uma personagem jogável para além de Dante. Lucia é um humano/demónio como Dante, no entanto, é menos poderosa e não tão cool. As suas missões ocorrem paralelamente às de Dante, mas acabam por ser menos apelativas porque sente-se uma certa repetição em relação às missões de Dante.

Depois de manchar a série com Devil May Cry 2, a Capcom regressou em grande com Devil May Cry 3, que é a joia da coroa e quase por si só vale a compra deste pacote de três jogos num só disco. Mesmo julgando-o pelos padrões atuais, continua a ser uma das melhores referências no género e uma obrigatoriedade para qualquer fã que se preze dos hack and slash. A possibilidade de mudar de armas em tempo real e a opção de selecionar vários estilos de combate para Dante dão uma profundidade enorme à jogabilidade e combinações sem fim.

E quem procura um verdadeiro desafio, Devil May Cry 3 não desiludirá certamente. A dificuldade é elevada logo desde o começo, e como qualquer Devil May Cry deve ser jogado pelo menos duas vezes para desbloquear tudo, as dificuldades seguintes podem levar à loucura.

Devil May Cry 3 é também o capítulo que carateriza melhor a série e apresenta um Dante mais novo e convencido, mas ao mesmo tempo, altamente capaz e com habilidades invejáveis. É por esta atitude, e pela a combinação perfeita entre combate e estilo, que Devil May Cry acabou por ficar conhecido.

"Quando se trata neste tipo de projetos, tem que haver amor e carinho, se me permitem a expressão."

Um motivo adicional de interesse nesta coletânea, é que a versão de Devil May Cry 3 incluída é a "Special Editon" que traz conteúdos bónus e adiciona Vergil (o irmão de Dante) como uma personagem jogável.

As coletâneas em alta definição não se caracterizam apenas por oferecerem uma série de jogos com uma resolução aumentada. Tem que haver algo mais. Quando se trata neste tipo de projetos, tem que haver amor e carinho, se me permitem a expressão, porque há o fator nostalgia à mistura e os fãs têm uma consideração elevada pelos jogos em questão. Com Devil May Cry HD Collection, não houve esse amor e carinho, o que acaba por ser mais um motivo para que os fãs fiquem desiludidos com o tratamento que têm recebido da Capcom.

Este é um daqueles casos em que se têm os títulos originais para a PlayStation 2, não há qualquer motivo para adquirirem esta coletânea. Caso não os tenham, o preço a pagar por três jogos continua a ser razoável, mas em termos de coletâneas em alta definição, há séries que receberam bem melhor tratamento. O sentimento que Devil May Cry HD Collection transmite é que é uma oportunidade desperdiçada.

6 / 10

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In this article

Devil May Cry: HD Collection

PS4, Xbox One, PS3, Xbox 360, PC

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Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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