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Saint Seiya: Sanctuary Battle - Análise

Um clássico adaptado aos tempos modernos.

O funcionamento das batalhas propriamente dito foi desenhado para transmitir a ideia que não podemos enfrentar um cavaleiro de ouro de igual para igual. Eles não precisam bloquear, e apenas são vulneráveis em situações particulares. Assim, o que temos que fazer é aprender a identificar e evitar os seus poderes, para depois encontrar o "timing" certo para os atingir com todo o nosso poder de fogo. É sempre mais uma questão de execução do que de decisão se me entendem. O jogo tem 4 níveis de dificuldade, sendo o modo "very easy" progresso de borla (mesmo), e o modo normal bastante desafiante.

O progresso durante o modo "story" sofre de imensas interrupções para loadings e diálogos entre as personagens. No geral a narrativa está fiel ao que aconteceu na série, com a adição de alguns elementos fora de contexto para justificar mais batalhas. Fiquei com a clara sensação que as batalhas são demasiado repetitivas. Lembro-me por exemplo de uma batalha em que estava com o Shiryu (Dragão), e em que tive que derrotar julgo que Deathmask (carangejo) três vezes seguidas da mesma forma, só para depois o jogo me dizer, atenção tens que o derrotar outra vez da mesma forma, só que agora sem armadura e com um cenário de outra cor.

A qualidade dos cenários é medíocre, as casas dos signos propriamente ditas estão bem conseguidas num estilo animado, já o ambiente envolvente é pobre e tem muito pouca profundidade. Existem alguns elementos destrutíveis nos cenários, que libertam as tradicionais esferas de energia e cosmos, mas também não há muito a dizer em relação a estes, variam entre vasos estrategicamente colocados no meio da montanha (porque sim) e os pilares nas zonas dos templos. O traço do jogo acaba por se adequar ao anime, mas a modesta qualidade dos cenários acaba por contrastar com as personagens, o que ironicamente faz com que estas ainda sobressaiam mais durante a ação.

"O funcionamento das batalhas propriamente dito foi desenhado para transmitir a ideia que não podemos enfrentar um cavaleiro de ouro de igual para igual. "

No campo da progressão, e porque isto é 2012 e tudo que é jogo tem sistema de progressão, Saint Seiya Sanctuary Battle oferece um sistema de experiência onde subimos de nível com as batalhas e aumentamos o poder das personagens progressivamente. Depois temos ainda os "cosmo points", que podemos utilizar para aumentar a potência de uma habilidade à nossa escolha, aumentar as barras de vida e cosmos, ou até aceder a skills especiais, uma espécie de "perks" que nos atribuem vários bónus.

Depois de completarmos o modo principal é possível repetir os vários "stages", ainda que estranhamente o jogo continue a não nos deixar escolher qual o cavaleiro a utilizar. Felizmente existe o modo "missions", a outra parte do conteúdo do jogo, e onde podemos jogar com qualquer personagem desbloqueada até então. O objetivo básico destes desafios é conseguir o melhor ranking no final de cada percurso, e no menor tempo possível.

A melhor parte deste modo é que possibilita que joguemos em modo "Tag" com um amigo, que é sempre mais divertido do que enfrentar os desafios sozinhos. Por último temos a opção de jogar em modo survival, com uma infinita quantidade de inimigos para derrotar. Podemos ver os nossos melhores resultados em cada etapa, ou até aceder a rankings online para comparar os nossos resultados com o resto do mundo. Torna-se aborrecido demasiado rápido, e o interesse deste modo está mais em experimentar os vários cavaleiros, do que propriamente nos desafios e regras do jogo.

Saint Seiya Sanctuary Battle é um jogo principalmente para fãs, que retirem dele não só o prazer que vem diretamente das mecânicas, mas também o calor nostálgico que sentimos ao desencadear um "ryu sei ken". A ação torna-se rapidamente aborrecida, mas existe variedade suficiente nas várias personagens para vos entreterem por várias horas. Julgo que seria uma experiência muito melhor se retratasse a primeira temporada inteira por episódios, com as lutas mais célebres desde o torneiro até ao santuário. O foco exclusivo no santuário acaba por fazer com que o jogo pareça muito igual. Para terminar julgo que é um jogo praticamente obrigatório para os fãs dos cavaleiros do zodíaco, e competente para os adeptos de anime que gostem de "hack and slash".

7 / 10

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Aníbal Gonçalves

Redator

MMOs e RPG são com o Aníbal. Aliás existe um rumor na redação que a sua primeira casa é o World of Warcraft. Mas às vezes também o vemos a fazer uns exercícios. Não é mau de todo.

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