Catherine - Análise

No final de cada andar está sempre um boss à espera de Vincent e são criaturas extremamente macabras, que podem ir desde um bebé com moto-serras até versões maléficas de Katherine e Catherine. Não só terão que escalar rapidamente para evitarem a queda dos cubos, como terão que evitar os ataques do boss. Os ataques variam de boss para boss, sendo cada confronto um novo desafio.

No meio destes pesadelos terríveis, Vincent encontra um pequeno local para descansar, onde estão as outras ovelhas e um pequeno confessionário. Vincent pode conversar com as outras ovelhas, encorajando-as para continuarem a subir e partilhando novas técnicas para manipular os cubos de forma a tornar a escalada mais fácil. Para avançar para o próximo nível terão que entrar no confessionário, onde uma voz estranha lhe fará perguntas relacionadas com a sua vida amorosa e que a resposta influenciará o final do jogo.

Quando não estiverem num pesadelo a lutar pela vossa vida, estarão certamente no bar a embebedarem-se (quanto mais bêbados ficarem mais rápido se movimentarão durante o pesadelo). O Stray Sheep é uma peça fundamental em Catherine. É aqui que Vincent se encontra no final do dia com os seus amigos para desabafar sobre as coisas confusas que lhe têm acontecido e também onde encontra outros indivíduos que estão a ter os mesmos sonhos que ele, mas nenhum se consegue lembrar concretamente dos pesadelos.

A cada dia que passa, os pesadelos tornam-se piores e fazem-se sentir na disposição de Vincent, que fica cada vez mais confuso e mais deprimido, e a escolha torna-se cada vez mais complicada. Katherine é a sua namorada e devia ser-lhe fiel, mas acaba sempre na cama com Catherine e não parece conseguir fazer nada para o evitar.

O problema principal de Catherine é que acaba por ser altamente linear e repetitivo. Os puzzles são desafiantes sem dúvida, e novos elementos são introduzidos todas as noites tornando o desafio ainda maior, mas a forma como está estruturado torna-se aborrecido. Todas as noites Vincent tem um pesadelo, acorda na sua cama confuso, por vezes com Catherine do seu lado, vai trabalhar e à noite vai embebedar-se e desabafar com os amigos. Esta rotina repete-se até ao final do jogo.

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É verdade que o jogador pode decidir o futuro de Vincent ao escolher que resposta dá no confessionário ou até ao responder às mensagens de Katherine e Catherine (que tem tendência para enviar fotos provocadoras) no seu telemóvel, no entanto, acaba por limitar imenso aquilo que podem fazer. Ou estão no bar a beber, o que ao princípio também é interessante mas acaba por cansar, ou estão a ter pesadelos. A ligar estes dois pontos estão cinemáticas que dão destaque aos pontos altos do dia de Vincent, que geralmente incluem falar com um amigo enquanto está no quarto-de-banho.

Para ser sincero, no segmento final de Catherine já tinha perdido grande parte do meu interesse, e o único motivo que me levou a continuar foi para ver o final que as minhas respostas e ações tinham alcançado. O final que me calhou acabou por ser uma desilusão, digamos apenas que não foi um final feliz. Mas Catherine tem oito finais diferentes, pelo que poderá haver bem melhores.

Depois de terminarem a estória, que não é muito longa mas que se pode prolongar devido à dificuldade dos puzzles, desbloqueiam os modos Babel, que apresenta alguns novos puzzles não relacionados com o enredo, e Colosseum, em que podem desfrutar dos puzzles incluídos na estória agora em modo cooperativo (apenas offline). São extras que prolongam um pouco mais a durabilidade de Catherine, mas o seu encanto está definitivamente na estória.