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House of the Dead Overkill: Extended Cut - Análise

Carnaval dos mutantes.

A Headstrong Games fez um trabalho bastante meritório com House of the Dead Overkill para a Nintendo Wii. Tendo por base o trabalho desenvolvido pela Sega para as plataformas arcade com House of the Dead, a produtora britânica pegou no conceito de shooter on-rails, deu-lhe uma história cheesy, altamente inspirada em certas películas como Grindhouse e fez do Wii remote uma arma de fogo por excelência. Apontar para o ecrã e disparar na direção de todas as criaturas mutantes, arrecadando pontos e seguindo em frente até ao boss final é um procedimento simples, fácil e divertido.

Apesar de pertencer a um género pouco dado a inovações, certo é que a produtora britânica injetou uma dose de elementos que apesar de mexerem pouco nas fundações do conceito, contribuem para manter um bom ritmo e uma certa frescura ao longo das quatro a cinco horas que dura a campanha principal. Entre colecionáveis e hipótese para causar mais destruição nos cenários, há pontos que marcam a diferença. A versão da Nintendo Wii correu bem e não ficámos com dúvidas em eleger este como um dos melhores shooters on-rails para a plataforma, tendo sido lançado em 2009 como exclusivo para a consola.

Dois anos depois a PS3 recebe uma versão melhorada graficamente, transportada para um grafismo em alta definição, aumentada na campanha em dois episódios e com mais alguns mini-jogos para fazer desta versão a mais dotada. O procedimento é o mesmo, disparar e acertar em tudo o que mexe (e não só). O Acessório Playstation Move é o melhor para extrair o sumo do jogo. O aparelho calibra-se rapidamente e em pouco tempo estarão preparados para começar a estourar cabeças infetadas como quem põe pipocas a estalar. Algo bom sobre estes jogos é que estando uma mão ocupada a apontar e disparar para o ecrã, ficámos com a outra livre para... comer uma maça, por exemplo.

Pesadelo em Bayou City

Enquanto que os jogos da série House of Dead eram geralmente parcos em argumento e diretamente orientados para a ação como se essa fosse a sua única e exclusiva vocação, Overkill vai mais longe e lança um conjunto de quatro protagonistas que o jogador poderá comandar em diferentes capítulos de jogo, tendo sempre a possibilidade de receber a ajuda de um parceiro para vestir a pele de outra personagem em qualquer altura. Isto torna as coisas mais enquadradas na natureza da relação entre o Agente G e o detetive Isaac Washington. O primeiro é um policia inexperiente acabado de recrutar. Com tanto cheiro a novo não admira que Washington se sinta desorientado pelo nervosismo e precipitação do colega. De qualquer modo, ambos são chamados a investigar acontecimentos recentes na cidade de Bayou City despoletados por uma figura maquiavélica chamada Papa Caesar.

A este duo masculino juntar-se-ão duas mulheres que pretendem seguir e acabar com a raça de Papa Caesar. Varla Guns e Candy Stryper acabam por estar diretamente ligadas com os planos do antagonista e o opulento contributo de ambas entra em consonância com o estilo cheesy e de verborreia aguda encomendado para os dois polícias apanhados numa missão sobre a qual esperam continuar vivos na manhã seguinte.