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Street Fighter III: Third Strike Online Edition

Um clássico renascido.

Muitos podem argumentar que a Capcom espreme ao máximo o que pode obter com os seus jogos de luta, mas uma coisa é certa, também os explora e procura aperfeiçoar ao máximo. Um jogador normal talvez não perceba a diferença entre as várias edições que a Capcom vai lançando cá para fora de um jogo, porém, um jogador aficionado do género valoriza imensamente as pequenas melhorias que vão sendo introduzidas.

Peguemos no exemplo de Street Figher IV, em que durante os últimos dois anos a Capcom lançou duas versões diferentes para além da original. Com Super Street Fighter IV, a Capcom não só adicionou mais conteúdos ao jogo, como lutadores e cenários, mas também equilibrou-o. Com a Arcade Edition acrescentou ainda mais lutadores e afinou-o novamente. E neste Inverno, uma atualização gratuita será disponibilizada para afinar o jogo outra vez.

Por isso repito, podem argumentar que a Capcom espreme ao máximo o lucro dos seus jogos de luta, mas há que reconhecer que a adição de novos conteúdos e afinação ajuda a manter o jogo fresco e os jogadores interessados.

Antes da chegada de Street Fighter IV, Street Fighter III: Third Strike era considerado por alguns o melhor jogo da série já lançado, e tal como a Arcade Edition, representava a terceira versão de Street Fighter III. O jogo foi lançado em 1999 e foi jogado durante anos, e mesmo depois do lançamento de Street Fighter IV continuou a ser jogado. É um clássico do género, logo não é uma surpresa que a Capcom o tenha lançado na PlayStation Network e Xbox Live Arcade.

Mas para re-lançar Street Fighter III: Third Strike a Capcom teve que se preocupar em atualizar o jogo para os tempos atuais. E assim o fez com a adição dos modos online. Além dos tradicionais modos "Ranked", "Player Match" e "Tournament", foi adicionado um modo de repetição que permite gravar os nossos combates e fazer upload diretamente para o Youtube. Podemos ainda procurar por combates de outros jogadores. Assim, se alguma vez fizermos algo semelhante ao "Evo moment #37", todo o mundo poderá ver.

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Os desafios também são uma boa adição tanto no online como no single-player. Se os concluirmos, ganhamos pontos para desbloquear arte, músicas, cenários e vídeos do jogo. Por pré-definição, alguns dos desafios aparecem nos lados do ecrã, mas se não os quiserem ver, basta irem às definições e aumentarem a imagem para widescreen.

A experiência no online é razoável. O problema principal reside no tempo de espera para encontrar um adversário, pois pode levar uns minutos ou até falhar em encontrar alguém e terem que esperar novamente. Também pode acontecer darem de caras com uma latência enorme. Cheguei a participar em combates em que o jogo parecia estar em câmara lenta, embora nos combates mais recentes não tenha tido quaisquer problemas. A Capcom já disse estar consciente do tempo de espera e prometeu uma atualização para o reduzir. Mas para já, o online não é aquilo que se pretendia.

A última novidade é a adição do modo "Trials" ao single-player, que funciona como um complemento para o modo "Training". Aqui poderão aprender a dominar o sistema de parrying, saber como executar combos com as diferentes personagens e tentar vencer combates com pouca vida. A Capcom fez um bom trabalho, mas não posso deixar de dizer que poderia estar melhor. Não existem vídeos de demonstração para os combos, o que seria uma grande ajuda para ver os timings corretos. Em adição a isto, poderia existir um guia a explicar a melhor estratégia para cada personagem.

Knock, knock, knock you out!

Para quem está habituado a Street Fighter IV, levará algum tempo a habituar-se. Street Fighter III: Third Strike, é um jogo mais exigente e não deixa passar tantos erros, em grande parte devido aos timings dos combos. E depois existe o parrying. Podem vencer os combates sem ele, todavia, aprendam a dominá-lo e é meio caminho andado para se tornarem uns mestres do jogo.

Na altura em que foi lançado, Street Fighter III tinha um dos melhores visuais do género. Agora, nem tanto. É verdade que os sprites, cenários e menus tiveram a sua resolução aumentada para alta definição, mas quando a resolução é aumentada assim tão drasticamente, é impossível que não fique distorcida. Isto nota-se mais quando esticamos a imagem do jogo para ocupar toda a dimensão da nossa televisão. Nas configurações existem opções para suavizar a imagem (perdendo algum detalhe) ou para adicionar scan lines e ficar com um aspeto antigo. Apesar disto, a imagem nunca fica como gostaríamos que ficasse.

Se vencerem o modo arcade com todas os lutadores, serão desbloqueadas as opções dip switch (ou então podem comprar o DLC de desbloqueio por 0.99 cêntimos). Estas opções permitem personalizar a jogabilidade ao nosso gosto, ativando ou desativando coisas como High Jump Cancel, Ground Chain Combo, Auto Air Recovery, Cancel Normal Moves, etc. As opções são muitas.

Passados mais de dez anos, Street Fighter III: Third Strike continua a ser um dos melhores do género e um vício. O online, o grande atrativo deste re-lançamento na PSN e XBLA, funciona, contudo, não na perfeição. É o único ponto negativo que prejudica realmente o jogo. O preço, 14.99 euros ou 1200 pontos Microsoft, pode parecer elevado para um jogo tão antigo, mas não é. Os conteúdos oferecidos são abundantes, e nota-se que não é um simples cash-in, é um tributo ao próprio jogo e aos seus fãs.

8 / 10

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Street Fighter III: 3rd Strike

PS3, Xbox 360

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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