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Insanely Twisted Shadow Planet

Nem sempre à melhor arte subjaz o melhor desafio.

Entre os poderes mais importantes e depois do "scaner" há também uma arma que dispara pequenos raios laser que ferem os tentáculos de muitas criaturas do planeta e rebentam uma quantidade apreciável de criaturas. Existe uma serra circular que permite perfurar pedra e uma espécie de braço com gancho, ideal para segurar a nave ou então arrastar certos objectos. Um outro poder funciona como escudo, um protector que permite ao "óvni" arrastar inimigos sem sofrer danos.

São frequentes os pontos de gravação, normalmente distribuídos em pontos intermédios de cada mapa, o que é óptimo para conservar uma aproximação ao ponto pretendido no caso de se esgotar o indicador de saúde do aparelho. Bem implementado está o sistema de navegação e comando do aparelho. Funcionando como um planador as manobras numa rotação de 360º operam-se com bastante simplicidade. Neste caso o "stick" esquerdo é o comando da nave enquanto que o "stick" direito é apontado à manobra do poder que tenham seleccionado.

Muito embora os puzzles ofereçam uma boa dinâmica e diversidade na colocação de criaturas desmesuradas ou então de desafios que obrigam a pesquisar melhor as proximidades, ainda assim ocorrem algumas situações embaraçosas cuja superação exige técnicas especiais nem sempre atingidas da melhor forma em função da interface assegurada. Por exemplo, numa determinada fase terão de enfrentar um "boss" que implica que ao longo de 4 fases tenham de acertar em 4 alvos antes de receberem as indicações dadas pela criatura. As três primeiras superam-se dentro de um esforço razoável, já a última implica que tenham sorte pois a resposta da criatura é tão rápida a activar os 4 pontos que só com sorte e acaso conseguem ser mais rápidos. Outro ponto aborrecido resulta do disparo de mísseis. Disparados automaticamente não oferecem dificuldade. Mais complicado se torna quando devem ser guiados ao longo de percursos estreitos e tortuosos pois torna-se impossível não evitar que choquem contra as paredes e ao fim de três ou quatro embates o míssil explode.

Shadow Planet é um jogo vocacionado para a exploração. Não levará muito tempo na campanha até que o jogador se aperceba que o foco de interactividade é praticamente inexistente e que tudo se tende a resumir a um esquema praticado debaixo das mesmas premissas; conquistar um poder, abrir um espaço, derrotar os inimigos ali existentes, seguir até outro ponto e assim sucessivamente. Sobra sempre o encanto de um planeta que tem os seus organismos vivos e perceber muitas das reacções destes, sobretudo nos combates, é um estímulo que não se pode dar como perdido.

A vertente sonora é maioritariamente composta por sons provocados pela movimentação do "óvni" e dos poderes utilizados. Não há muitas sonoridades emanadas das profundezas do planeta e quase todas elas acabam ligadas aos efeitos da acção como explosões e outros contactos. A ausência de uma trilha sonora realça a dimensão inóspita do planeta, numa aproximação ao que vimos em Limbo.

Para lá do modo campanha o jogo pode ser desfrutado dentro do modo "multiplayer" até quatro jogadores, na qual cada um carrega uma lanterna até ao ponto mais distante possível antes que todos sejam atingidos por um poderoso inimigo e a escuridão acabe por ocupar todo o espaço. Cada vez que voltarem ao desafio o mapa muda de figura e oferece um desafio diferente que se mantém atractivo por força das regras que implicam uma actuação em conjugação de esforços.

Shadow Planet convence mais depressa pela boa direcção artística, oferecendo distracção e uma dose saudável de interesse enquanto não se aperceberem que a partir de certo momento os desafios tendem a tornar-se algo instrumentais. Bem se lhe pode apontar como mais valia o interesse em promover a exploração de um planeta isolado e coberto de organismos vivos que não deixam de suscitar a devida interacção, mas a este ponto, dentro de um desfecho que se torna previsível e sobre um modelo que apesar de dar sinais de qualidade encontra outras destacadas referências, acaba por ficar aquém do que podia ter alcançado. Porém, se há dois anos gostaram de Shadow Complex, então Insanely Twisted Shadow Planet deverá merecer o vosso agrado.

7 / 10

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Sobre o Autor
Vítor Alexandre avatar

Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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