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Starhawk

O Falcão das Estrelas.

Anunciado há cerca de um mês, Starhawk é o mais recente jogo da Lightbox Interactive, antes conhecida como Incognito. Este é o estúdio que trouxe-nos Warhawk, o jogo de ação multi-jogador que triunfou em 2007 quando a PlayStation Network dava os primeiros passos na sua afirmação como plataforma de entretenimento social em rede. Warhawk deixou grandes indicações e ofereceu-nos grandes doses de diversão. Incutiu o espírito competitivo enquanto jogo de combate baseado por equipas e mostrou-nos como percorrer cenários, altamente vastos com aviões, era tão divertido e intuitivo. A ação ao estilo arcade na qual se podia usar vários veículos estava envolta nuns visuais em tons de cartoon e o desenrolar era frenético e rapidamente se tornava viciante.

Agora, passados 4 anos, a Lightbox Interactive está a trabalhar num novo jogo que promete levar tudo a um novo patamar. No espaço da Sony Computer Entertainment Europe tivemos a oportunidade de jogar um pouco de Starhawk e conhecer como está a Lightbox a gerir uma das maiores novidades na sequela, o modo história. Todos sabemos que o anterior apenas permitia multi-jogador quando foi lançado, mas agora o estúdio quer oferecer uma narrativa completa para os jogadores viverem. O estúdio esclarece que o modo para vários jogadores vai continuar a ser o foco principal, mas agora ganha uma companhia de peso.

Emmett Graves é a personagem principal através do qual vamos conhecer a história do jogo e a perspetiva mudou um pouco para realçar a presença de uma personagem de "peso". Mais ao encontro dos jogos de ação na terceira pessoa e com movimentos que se sentem reais e credíveis, ao invés dos passos e gestos cartoonescos do anterior. Com o cachecol da moda e com vestes a fazer pensar como seria um cowboy do espaço, Graves percorre o cenário com os seus olhos a emanar uma energia azul.

Emmett Graves escolhe onde colocar um novo edifício que cairá dos céus.

Após despachar alguns inimigos que rodeavam uma área envolta em destroços, depois de experimentar a sensação de duas armas diferentes (metralhadora e sniper) e depois do combate corpo a corpo, Graves ficou com a área limpa. Se tudo até aqui nos dizia que estávamos perante um típico jogo de ação na terceira pessoa, que decorre em ambientes enormes e no espaço, os próximos momentos mostraram bem como a Lightbox está empenhada em mostrar um produto que não se procurar gabar só por ser original e fresco na abordagem ao género, mas também por ser divertido no que faz.

Com a área limpa, Graves ficou perante um enorme geyser feito da mesma energia vista nos seus olhos, a Rift energy, e após absorver essa fonte de energia, entrei em contacto com a vertente de estratégia em tempo real que representa a outra faceta deste jogo. Após receber a energia, ficámos com a possibilidade de invocar edifícios que vem do céu e caem exatamente no local que escolhemos. Toda a seleção é feita através de um menu em jeito de roda que surge em tempo real e a colocação do edifício ou arma que queremos é também bastante fácil.

Após escolher a chegada e instalação da sua base, Graves tem como missão repelir um novo grupo de inimigos para chegar a uma antena e restabelecer comunicações. Os grupos de inimigos vão surgindo em determinadas partes dos cenários e a sensação que fica é que a Lightbox pretende criar um equilíbrio entre os momentos de ação e os momentos de estratégia, mas sempre envolvidos e a trabalhar em conjunto.

Após a criação de novos edifícios, como um centro de criação de Hawks, metralhadoras fixas e paredes protetoras, ficamos perante um último assalto final dos inimigos no ponto por nós conquistado. Se tudo estava a correr bem até aqui, eis que o jogo dá-nos o golpe de mestre e mostra realmente a sua escala.

Com grupos de inimigos e tropas aliadas a lutar pelos cenários, temos à nossa disposição os Hawks, mas estes agora não são simples aviões, são híbridos entre aviões e mechs. Começam como armas que se movem em duas pernas e com um poder de fogo brutal que se podem transformar de forma dinâmica e fluída em aviões de combate que rasgam os céus. Após uma acesa luta pelos céus, a demonstração terminou e Graves saudou a sua vitória. Apesar destas armas de poder bruto, Starhawk parece ostentar equilíbrio pois a mecânica da energia Rift como "alimento" para as construções vai forçar uma gestão entre os jogadores e todo este sistema Build & Battle parece mesmo algo refrescante.

No ar e no chão. Estes novos híbridos são espetaculares de ver e usar.

Em termos visuais ficámos surpreendidos pelo estado em que já se encontra Starhawk. Para um jogo que apenas é lançado em 2012 este já tem um aspeto bem agradável. Apesar dos ambientes vastos não permitirem um alto nível de detalhe em tudo o que vimos, Graves tem boa qualidade no seu modelo e animações e as estrelas acabam mesmo por ser os Hawks. A forma como se transformam e a forma como tudo é fluído e rápido vai surpreender qualquer um.

Starhawk é um jogo que mostra um certo brilho e vislumbra-se como um produto único enquanto meio de jogo. Esperamos que tudo seja ainda melhorado e que a quantidade de conteúdos no pacote seja satisfatória pois só mesmo um desastre parece conseguir estragar o que a Lightbox tem entre mãos.

Para efeitos da criação deste artigo, voltei a ver uns vídeos de Warhawk e após 4 anos simplesmente parece um descendente muito mais do que desenvolvido e amadurecido. Em comparação Starhawk mostra bem que existe um largo espaço que os separa e sente-se um jogo já bastante atual e um produto bem capaz que angariar novamente a sua massa associativa. É um dos jogos que mais gosto me deu jogar no evento e é um jogo que certamente já está na lista de jogos a ter em conta em 2012.

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.
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