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Uncharted 3: Drake's Deception

Homem do desenrasque.

Não vamos perder tempo com rodeios que ninguém quer ler e gastar parágrafos a expressar o furor em que esta série da Naughty Dog se tornou. Ninguém o quer ler e ninguém quer saber se eu gosto assim tanto do trabalho deste estúdio, para isso tem vários artigos relacionados com a série e até uma análise, caso queiram ler. A verdade é que não sou só eu mas toda uma geração se está a formar com Uncharted e Nathan Drake como ícones e pontos de referência. Não diria que está para a atual geração como Solid Snake esteve para outras anteriores mas provavelmente anda lá perto. Isto porque o personagem carismático, com um lado matreiro e repleto de charme para as senhoras sabe igualmente como disparar uma arma, escalar paredes difíceis de escalar e porque é na verdade uma espécie de senhor do desenrasque, faz o que for preciso quando for preciso, especialmente se esse preciso estiver relacionado com a sua sobrevivência.

Depois do anúncio do jogo, que deixou meio mundo em alvoroço por mostrar que Uncharted 2: Among Thieves poderia, e muito provavelmente iria, ser ultrapassado e fez pensar que a Sony estava mesmo altamente confiante, para anunciar um jogo deste calibre fora de um grande evento como a E3. Provavelmente é um misto derivado de dois pontos. Talvez o otimismo da Naughty Dog e o seu talento os deixe repletos de coragem para não terem medo de avançarem solitários para os holofotes da ribalta e por outro lado um produto desta envergadura provavelmente iria retirar destaque a tudo o resto presente num espaço Sony num evento como este.

Seja de que forma for, Uncharted 3: Drake's Deception não ficou de fora da E3 e é sem sombras para quaisquer dúvidas um dos mais espantosos jogos que tive o prazer de ver a correr aqui no evento. A nova aventura de Drake está, ou esteve, aqui presente de três formas: demonstração em tempo real durante a conferência da Sony, demonstração em tempo real à porta fechada para a imprensa e ainda jogável para todos no seu modo para vários jogadores que no próximo mês vai chegar a todas as consolas PlayStation 3 espalhadas pelo mundo fora que tenham a sensatez de a transferir.

Portanto vamos a cada uma destas partes por ordem para comentar aquilo que mais nos espantou e porque achamos que Drake's Deception pode não vir a ser só um dos melhores jogos da PlayStation 3, o melhor Uncharted da série e até um dos melhores jogos de todos os tempos. Entretanto deixamos aqui a promessa que vamos tentar uma entrevista com os produtores do jogo para colocar algumas questões, a ver se eles se descaem e nos contam algo de interessante.

Que este Uncharted aparente ter um tom e enredo mais sombrio que o tradicional aventureiro a piscar o olho a Indiana Jones todos já sabemos, mas o nível apresentado durante a conferência da Sony na E3 realmente levou-nos para um ambiente hostil e escuro. No meio do mar, durante a noite e sozinho, Drake tinha que enfrentar mercenários para poder escapar de uma situação que todos nós já sabíamos, iria ter que passar por muitos sarilhos para dela sair.

Assim sendo, Drake percorreu o nível despachando alguns inimigos e mostrando os novos movimentos e animações que ganhou na hora de despachar os inimigos. Com o destaque dado aos movimentos mais furtivos que eliminam os maus da fita com um golpe. Com tudo a correr tão bem não seria de esperar outra coisa, Drake é emboscado perto do final do nível e a Naughty Dog coloca em prática tudo aquilo que parece manobrar com mestria, uma alta intensidade na ação que imediatamente nos envolve.

Com o HUD escondido para propósitos da demonstração, Uncharted nunca teve qualquer tipo de barras de energia à vista mas sempre nos mostrou as armas enquanto se troca entre elas, Drake não se rende e quando o seu captor se aproxima ataca-lo e começa a disparar tiros depois de atirar a granada roubada ao agressor. Tudo isto mergulhado num brilhantismo cinematográfico raramente visto. Tudo o que se sucedeu foi Uncharted puro em verdadeiro modo cruzeiro, tiros e socos para todo o lado até que uma parte do barco não aguenta e cede a toda a violência.

Quando a água começa a entrar, Drake vê-se envolto numa corrida contra o tempo e quando a água começa a subir, sentimos a pulsação aumentar em desespero. É uma sensação de pânico completamente propositada e que faz parte das maiores produções. A água é usada como um elemento interativo na ação enquanto ao mesmo tempo afeta visualmente tudo ao nosso redor e após se livrar dos adversários, Drake foge desesperadamente para sobreviver. Debaixo de água, Drake nada enquanto aquela sensação de perigo iminente e que algo está prestes a acontecer para forçar o nosso Drake a novas habilidades está sempre presente.

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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