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SOCOM: Special Forces

Nathan Drake chega à tropa.

SOCOM: Special Forces, conhecido originalmente como SOCOM 4, é a mais recente entrega para a PlayStation 3 do exclusivo jogo de tática militar, produzido pelos veteranos da Zipper Interactive. A série SOCOM tem aparecido um pouco por todas as plataformas da Sony, sendo este último a segunda incursão pela consola de nova geração após o SOCOM: Confrontation, apesar deste último não ter estado ao cuidado do mesmo estúdio.

O novo SOCOM foi um dos pioneiros a mostrar a compatibilidade com o periférico para a PlayStation 3, o novo PlayStation Move. O jogo é compatível com o periférico, sendo um dos melhores jogos, fora dos ditos casuais, a fazer uso do PlayStation Move. Uma das principais razões de conseguir-se jogar de forma aceitável com o PlayStation Move deve-se ao facto de ser um jogo mais pausado, onde a ação se desenrola num espaço mais curto e fechado, onde na maioria das vezes os ataques inimigos são frontais, não obrigando a deslocações demasiado frenéticas. O mesmo não poderemos dizer dos modos online, onde o uso do Dualshock seja provavelmente a melhor opção. Mas aqui também fica presente um sentido de habituação, por isso, fica à escolha de cada jogador.

SOCOM: Special Forces é muito distinto na sua forma em termos dos modos multijogador e modo campanha. O jogo perde em qualidade gráfica, animações e solides de jogo nos modos multijogador e perde toda a estrutura tática, militar e de ataque "profissional" no modo campanha. Julgo poder dizer que no modo campanha não estamos perante um SOCOM tal é a diferença para com os jogos anteriores. O jogo é agora extremamente parecido com jogos como Uncharted, principalmente com o primeiro jogo. Bom ou mau? Já lá vamos.

No modo campanha iremos assumir os comando de Cullen Gray, um militar da NATO com um passado algo conturbado, que será desvendado aos poucos no desenrolar do jogo. Mas para além de controlarmos em grande parte do jogo Cullen, iremos também jogar com a militar Sul Coreana, chamada de "Quarenta e Cinco", que é uma das personagens principais do jogo. O nosso objetivo em comum é evitar um ataque das forças rebeldes, os Naga, ao estreito de Malaca, na Malásia. Este estreito é considerado um ponto extremamente importante para o controlo do tráfego marítimo comercial, principalmente na passagem do Pacífico para a Ásia.

SOCOM é considerado um jogo de ação tática militar onde teremos que aplicar diversas táticas de controlo das diversas equipas especializadas. Em quase todo o jogo estaremos acompanhados de pelo menos quatro militares, a já referida "Quarenta e Cinco", bem como de Chung, o seu companheiro coreano, e mais dois militares da NATO. Em conjunto estes dois grupos forma a Equipa Azul e Amarela, que podemos controlar dando ordens, usando o D-pad. As ordens apenas resumem-se a mandar avançar ambos ao mesmo tempo, ou apenas cada grupo para uma respetiva zona. Podemos também pedir que se mantenham perto de nós.

Algo interessante em SOCOM: Special Forces é que reconhece o idioma que estamos a jogar, e assim para além das vozes em português, Cullen Gray e seus dois companheiros da NATO são no fundo soldados portugueses, ostentando a bandeira de Portugal nas boinas, braços e peito. São pequenos pormenores sempre bem-vindos. Pegando na questão do português já é hora de as vozes dos jogos localizados para Portugal passem a ser diferentes. Com o número de jogos a chegar em português nos exclusivos Sony, começa a irritar termos sempre presente as mesmas vozes. A questão aqui não é se são ou não de qualidade, mas que sim que existe uma ligação instantânea com outros jogos. Para além de achar que muitas delas são demasiado infantis para algumas personagens.

Como referi no início, o jogo no modo campanha é mais um jogo de ação na terceira pessoa que um jogo de ação militar. As comparações com Uncharted são rapidamente vistas. Desde a forma de abordar cada embate, bem como em termos gráficos. Não esperem um nível gráfico igual a Uncharted, principalmente o segundo, mas é muito parecido em termos de construção dos níveis e forma de jogar. Dou um exemplo do nível onde estamos dentro de uma floresta, onde os inimigos estão colocados em posições mais elevadas, numa espécie de templo antigo em ruínas. Temos muros destruídos que funcionam como posições de cobertura. Saltamos assim de posição em posição até abater tudo e todos. Temos até os famosos snipers e a sua luz infravermelho sempre a perseguir-nos. Até quando morremos, a sensação desde a forma e música que acompanha parece que estamos a jogar Uncharted. Socom passou de um jogo mais tático, para algo muito mais de ação e espetáculo visual. Poderia ir ainda mais longe e afirmar que Cullen tem traços de Nathan Drake.

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Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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