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Arcania Gothic IV

Quantidade e não qualidade.

Existem duas tendências distintas que parecem evoluir nos RPG modernos, por um lado aqueles que propositadamente são mais lineares em termos de progresso, com o objetivo de assim contar uma história mais imersiva mas que está já pré definida, neste sentido o jogador vai-se conectando "de fora" com a personagem que vai evoluindo com o desenrolar dos acontecimentos. Por outro lado temos aqueles RPG com mundos vastos onde o jogador pode escolher entre vários caminhos na progressão seja em side quests ou apenas para explorar o espaço.

As escolhas que fazemos afetam de forma decisiva a história da personagem permitindo uma conexão mais "de dentro" como que personificando o herói. Ora Arcania Gothic IV à primeira vista parece enquadrar-se neste último, no entanto mais para a frente torna-se uma espécie de mistura entre os dois "estilos", nunca conseguindo patamares de qualidade suficiente para se afirmar com personalidade, mas já lá vamos.

Arcania Gothic IV trata-se de um RPG de ação na terceira pessoa, é o quarto título da série Gothic e foi desenvolvido pelos Alemães da Spellbound. O jogo passa-se dez anos depois dos eventos de Gothic 3 e o mundo mudou imenso desde então, as terras do sul estão em guerra e este facto prepara o palco para a série de aventuras que nos esperam. O jogo começa dentro de um sonho do rei Rhobar III onde somos guiados através de umas cavernas repletas de demónios num pequeno tutorial para nos familiarizar com os movimentos básicos de interação e combate, este tipo de tutorial dinâmico onde aprendemos jogando funciona muito bem é sempre uma boa aposta, no entanto, está longe da excelência de por exemplo o nível de introdução do primeiro God of War.

O ambiente envolvente com imenso detalhe.

Tenho que admitir que o Visual Engine 7 da Trinigy, motor gráfico que suporta Arcania Gothic IV fez um excelente trabalho em criar um mundo de fantasia deslumbrante em termos visuais, sem dúvida o seu ponto mais forte especialmente se possuirmos uma máquina capaz de correr o jogo com uma resolução média/alta. Os cenários com vegetação repleta de detalhe e cor, montanhas gigantescas, castelos imponentes, tudo com uma profundidade notável. As texturas da arquitetura das vilas e dos castelos estão muito boas, assim como os efeitos do clima onde destacamos o nevoeiro, a chuva e as transições entre o dia e a noite. As texturas das personagens (skins) são também agradáveis, no entanto difíceis de distinguir, ficamos muitas vezes com a sensação de ter visto o mesmo NPC em vários locais simplesmente porque os modelos utilizados para as personagens não variam muito o que no longo prazo se torna desagradável.

Depois do pequeno tutorial somos finalmente "apresentados" ao herói, começamos na nossa pequena aldeia fazendo pequenos trabalhos para os seus habitantes, nomeadamente para convencer Gromar a dar a sua bênção para casarmos com Ivy sua filha. Durante estas tarefas descobrimos também que Ivy espera um filho do nosso herói, todos estes acontecimentos acontecem a uma grande velocidade sem dar sequer tempo para nos apegarmos às personagens. Mais tarde a aldeia é invadida e destruída por um exército desconhecido, e assim a sede de vingança serve de mote para o início da história do nosso herói.

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Gothic 4

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Aníbal Gonçalves

Redator

MMOs e RPG são com o Aníbal. Aliás existe um rumor na redação que a sua primeira casa é o World of Warcraft. Mas às vezes também o vemos a fazer uns exercícios. Não é mau de todo.

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