Skip to main content
Se clicares num link e fizeres uma compra, poderemos receber uma pequena comissão. Lê a nossa política editorial.

Mindjack

Sistema offline....

A mecânica de jogo é sempre a mesma, andar aos tiros contra vagas de inimigos que tentam impedir a progressão. Em determinados pontos temos lutas contra elementos que podemos considerar como sendo "bosses", são momentos até interessantes que requerem uma abordagem diferente mas nunca muito desafiadora, é sempre muito directo e demasiado óbvio, não existem surpresas.

Estamos perante um "shooter" em terceira pessoa, nota-se uma abordagem ao estilo Uncharted, e até com alguns pozinhos de Resident Evil 5 e Gears of War. Mas são apenas semelhanças, já que o sistema de cobertura e controlo do personagem está longe de ser um bom exemplo do que já foi feito em jogos do género. Existem também muitos problemas com os ângulos de câmara, com os controlos e mapeamento dos botões, o botão para "hackear" é o mesmo para apanhar munições ou outro tipo de objecto, criando muitos problemas quando temos as duas possibilidades ao mesmo tempo.

Outro pormenor estranho está relacionado com o facto de quase nunca morrermos. Se somos abatidos o nosso "fantasma" paira no ar, é quando podemos trocar de entidade, podemos regressar ao personagem original que reaparece miraculosamente depois de ser ajudado, ou entrar na mente de entidades que estão à disposição no terreno de jogo. Nunca podemos entrar na mente de inimigos que estão vivos, apenas conseguimos quando estão à beira da morte, quase inanimados, ou quando estão a ser controlados por nós. Existem dois tipos de "hacks", um coloca os inimigos a lutar ao nosso lado, sendo que temos um limite máximo de entidades a controlar, outro é o já referido quando morremos e passamos para outra entidade.

Os momentos mais difíceis do jogo são quando apanhamos jogadores de carne e osso para animar a festa. Tirando isso, é uma mediocridade em todos os campos, que vai desde a IA fraca, jogabilidade muito defeituosa e para não fugir à regra um grafismo que mais parece um jogo para a PlayStation 2.

Podem achar estranho, mas é mesmo um grafismo demasiado pobre, com texturas fracas e deslavadas, uma gritante falta de "aliasing", paleta de cores pobre onde é tudo demasiado cinzento, o frame-rate por vezes cai a pique, personagens com movimentos pouco convincentes e NPCs que mais parecem robôs. É incompreensível como conseguem entregar um jogo tão pobre a nível visual, muitos jogos conseguem disfarçar problemas em vários campos através de um grafismo atraente, mas este jogo falha em todos eles.

O jogo possui um modo multiplayer, como já devem ter reparado, onde entramos/hackeamos para dentro de um jogo a decorrer. Podemos ser de duas facções, a vermelha para os maus da fita e azul para ajudar quem está do outro lado. À partida parece um modo bem interessante pelas possibilidades já acima referidas, mas é só inicialmente. Com o decorrer do tempo rapidamente chegamos à conclusão que é uma perda de tempo tal é a tamanha confusão. Sinceramente, nem consigo descortinar o que faz este modo presente no jogo.

Mindjack falha redondamente em praticamente todos os campos, desde jogabilidade, grafismo e história. Mesmo a sua componente primordial, que é "hackear", deixa muito a desejar, depois de um entusiasmo inicial e de lhe achar piada passa a ser repetitivo e sobretudo nada entusiasmante. Retirando essa componente, passa a ser um "shooter" banal sem nenhum rasgo de inovação. Finalizando, Mindjack faz tudo mal do que já vimos em jogos do género, por essa razão, e muito honestamente, não o recomendo.

5 / 10

Sign in and unlock a world of features

Get access to commenting, newsletters, and more!

Descobre como realizamos as nossas análises, lendo a nossa política de análises.

In this article

Mindjack

PS3, Xbox 360

Related topics
Sobre o Autor
Adolfo Soares avatar

Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.
Comentários