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Under Siege

O que é nacional é bom.

Assim que feitas as escolhas estamos prontos para iniciar o nível. Em cada um temos um objectivo que pode passar por defender pontos específicos ou deslocar até determinado local. Pelo meio vamos encontrando diversas adversidades que podem variar entre contornar obstáculos naturais a enfrentar mais uma ronda de guardas até desbravar caminho face a nova ronda de criaturas. Eis chegada a hora de abordar um dos pontos de maior importância numa experiência do género, os controlos. O valor máximo de Under Siege parece mesmo ser a acessibilidade e tudo é tão intuitivo e fácil de assimilar que Under siege pode mesmo ser considerado um dos melhores exemplos no género, para consolas, no que a controlos diz respeito.

As ordens como atacar e escolher ponto para onde as tropas se deslocam parece tão natural como se tivesse-mos a jogar com um rato e após breves minutos tornam-se quase automáticas. À nossa disposição temos ainda a opção de atribuir atalhos a esquadrões específicos e podemos criar até quatro atalhos diferentes, através do botão direccional. Isto permite de forma instantânea eleger um pré-determinado leque de esquadrões para abordar com maior velocidade a situação e assim enquadrar-se com as necessidades. Quando a controlar todos os diferentes esquadrões podemos alternar facilmente entre eles para quando queremos usar algum dos dois ataques especiais que cada um tem, específico à sua classe. A estratégia dá as mãos à simplicidade com uma sintonia que chega a ser surpreendente de tão natural que se sente.

Um mundo envolto num belo design artístico.

Tal como referido, consoante a plataforma da Sony foi recebendo novos periféricos e melhorias também Under Siege cresceu. Com a adição do PlayStation Move, os jogadores ganham a possibilidade de controlar as batalhas através dos movimentos. Tendo sido feito a pensar na PlayStation 3, o uso do Dualshock 3 sente-se natural principalmente para os que mais tempo passam nas consolas, mas os que vão usar o PlayStation Move ganham acesso a uma experiência mais reforçada e ainda mais interessante. Com o apoio do Dualshock 3 ou do Navigation Controller, usamos o Move para controlar as tropas e dar ordens, navegando pelos mapas com enorme facilidade. O controlo por movimentos oferece também um pequeno reforço na imersão na jogabilidade pois dá aquele reforço extra à sensação de ordenar.

Sempre que cumprimos um novo capítulo com sucesso, recebemos a grande matéria prima que faz o jogo mover, o ouro. Ao terminar um capítulo as tropas recebem experiência, que é atribuída por esquadrão e não por classe, logo podem ter um grupo de soldados com nível 4 e outro de nível 2, por exemplo. Recebemos o ouro que nos permite, no iniciar de cada capítulo, aumentar o número máximo de unidades possível nesse esquadrão específico, comprar um novo nível de experiência para o esquadrão e ainda adicionar unidades a um esquadrão que tenha perdido alguma no capítulo anterior. Under Siege não nos força a repetir níveis para amealhar ouro e assim aumentar o nível dos esquadrões ou outras melhorias, o jogo prefere desafiar-nos dando apenas as ferramentas necessárias para o vencer e deixar que a nossa destreza faça o resto.

Todo o facilitismo em Under Siege diz unicamente respeito aos controlos e à curva de aprendizagem pois tudo o resto é trabalho engenhoso e criativo, especialmente face às limitações, pois por vezes torna-se difícil acreditar que estamos perante um produto PSN. No entanto, algumas mecânicas podem eventualmente começar a surgir como repetitivas e mesmo o ritmo de jogo pode fugir aos parâmetros do tradicional no género por força dos moldes RPG aqui introduzidos. Estes são provavelmente os principais parâmetros que vão decidir se o jogador se sente atraído ou não pelo jogo. A acessibilidade e o conjugar com o género RPG faz com que seja atractivo para uns mas eventualmente monótono para outros.

Under Siege é divertido de jogar e coloca bons desafios aos jogador.

É aqui que a Seed Studios introduz o elemento de criação de níveis e até de campanhas, já que até cut-scenes podem criar para dar vida à vossa visão do que se deveria passar no mundo concebido em Under Siege. Se a gravação de vídeos na campanha ou o tirar de fotos não está ao nível do exibicionismo que pretendem, podem mostrar os vossos dotes na criação de níveis que podem propor a outros jogadores. Apesar de qualquer um poder criar níveis com relativa facilidade, é aqui que as mentes mais dedicadas e adeptas do género vão conseguir retirar total proveito da profundidade que este editor pode alcançar. Os mais ferrenhos podem mesmo investir o tempo e conceber campanhas pois muito existe por onde escolher. Desde os elementos mais básicos como o ambiente do mapa e formação do terreno, podemos escolher o tamanho do mapa, construir na vertical, personalizar a iluminação e até as cores que predominam.

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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