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Wii Party

É de trazer por casa!

Wii Party pode ser sinónimo de muitas coisas, de diversão em família, partilha de Miis, recuperação dos velhos jogos de tabuleiro na escola ou nos intervalos com os amigos, são alguns exemplos, mas Wii Party é, também e fundamentalmente, uma recuperação das origens da Nintendo Wii, o primeiro sistema de entretenimento que massificou uma via acessível e simples para quem não se sentia minimamente habilitado para lidar com videojogos. Wii Sports, Wii Sports Resort, Wii Fit e Wii Fit Plus representam esse magma de imediata disponibilidade, de simplificação dos videojogos sem perder de vista o denominador comum que é o divertimento, dando assim sequência ao género do “casual gaming”.

Wii Party, por comparação com outras ofertas do segmento da casa-mãe, evidencia já um trabalho maduro e consistente, apesar de se basear na fórmula interactiva dos outros jogos. Mais evoluído do que um Wii Sports, detém já o equilíbrio da versão Resort, essencialmente no aspecto agradável e vivo. Wuhu Island como que se perfila nalguns fundos, assim como outras paragens, mas de um modo geral as diferentes localizações obedecem a temas pormenorizados. Depois, é um jogo coeso porque deriva para muitos jogos de tabuleiro, cartão e memória, no fundo para muitas memórias da vida de qualquer pessoa, quando a ocupação dos tempos livres se fazia com mini-jogos, pequenos objectos e papel e caneta.

Retidos por uma passagem de ovelhas.

Em suma, uma aposta da Nintendo dirigida ao âmago das famílias, convencendo-as que no sofá e ao redor do televisor, todos podem encontrar divertimento. A extrema diversidade de ofertas, quer nos abundantes mini-jogos, quer nos jogos em família, facilmente representa um cruzar de experiências com Mario Party. Não é por acaso que o departamento de desenvolvimento de Wii Party é, na sua larga maioria, constituído por pessoas que projectaram as festas de Mario com seus camaradas numa espécie de jogos sem fronteiras. Sempre foram oito capítulos distribuídos por dois sistemas (Nintendo 64 e GameCube), até a Nintendo conceder umas férias ao canalizador mais famoso da indústria. A decisão de dizer basta a Mario Party serve de oportunidade para tributar as mascotes da Wii, no fundo cada jogador. Dá-se visibilidade aos Miis para se exporem num conceito que os vê em movimento por palcos próximos de algum concurso de televisão a lembrar a Roda da Sorte, o Bingo, entre outros como aquele espanhol chamado “juego de la Oca”.

Cada utilizador da Wii tem um Mii. Se mais três pessoas se juntarem à festa, também elas poderão recortar e moldar um seu boneco caricaturado. A Nintendo fala em 180 milhões de Miis – redondaria no sexto país mais populoso do mundo. Na verdade, a escolha destas figuras empáticas promove conforto, mas também promove confronto. O distanciamento dos amigos de Mario por troca com figuras que caricaturam quem está ao nosso lado, expressando reacões de rejúbilo ou tristeza na hora da verdade, promove uma sensação estranha, eivada de humor até, mas de maior aproximação ao confronto que corre na TV. Para uma ideia disso basta lembrar o jogo Word Bomb e das reacções que tomam quando alguém falha a palavra certa e o Wii remote apita os segundos finais.

easy,easy...easy

A navegação pelo menu de jogo é extremamente simples para a aparente complexidade de tantos jogos em presença, sendo facilmente identificados os segmentos dos Party Games, Pair Games e House Party Games. Para cada jogo existe uma indicação sobre a duração média de cada partida. Isto é útil para gerir o tempo de jogo perante a disponibilidade. Alguns jogos completam-se entre 10 a 15 minutos, enquanto que outros como o Board Game Island ou Globe Trot, patrocinam regras que poderão implicar um tempo médio de 45 a 60 minutos, respectivamente.

Party Phil é o pivot de serviço, o apresentador que normalmente define os termos de cada jogo e segura as rédeas da progressão da partida até ao proclamado vencedor. É uma personagem que colhe nitidamente inspiração de um produto concorrente, mas ocupa bem o seu espaço e, não menos importante, sugere por onde deve o jogador começar considerando factores como número de participantes e comandos disponíveis.

É igualmente favorável a integração dos mini-jogos no decurso dos jogos principais. Não só por dessa forma se prevenir um certo arrefecimento e repisar de turnos ao longo das rondas (10 normalmente, mais 10 de tempo extra), como também a quantidade de mini-jogos presente raramente implica que os jogadores tenham um desafio repetido. A função dos mini-jogos serve igualmente para determinar a ordem de partida. Neste caso a classificação não é tão importante por comparação com os desafios que implicam ganhos significativos e podem, em pouco tempo, provocar grandes alterações na tabela.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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