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Fist of the North Star: Ken's Rage

100 Crack Fist: Tatatatatatatatatata!

Fist of the North Star é daqueles jogos cujo o lançamento passa ao lado de muitos, ou pior até, alguns nem sequer devem ter conhecimento da sua existência. Mas há uma boa razão para isso, isto é um jogo sobretudo para a audiência japonesa ou para os fãs hardcore do anime. Além disto, a sua qualidade deixa muito a desejar.

A proposta inicial é bem clara, o que vamos fazer é esmurraçar carradas de inimigos até eventualmente chegarmos ao final do jogo, o que se pode considerar agradável para alguém que goste de hack and slash, o meu caso. Infelizmente as coisas não são bem assim, uma das coisas mais importantes num jogo deste género é a jogabilidade. Para o jogador obter satisfação é altamente necessário uma jogabilidade e controlos satisfatórios. Fist of the North Star peca logo neste ponto crucial.

A jogabilidade é fraca devido à sua lentidão e pesadez. Os personagens ao executar os movimentos parecem que possuem pesos nas pernas e nos braços, algo realmente não agradável de se ver e que corta grande parte da diversão do jogo. O momento alto da jogabilidade é fazer o 100 Crack Fist of the North Star, o movimento mais conhecido de Kenshiro. Ainda existem outros ataques especiais para desbloquear mas definitivamente que este é o que tem mais carisma.

Jagi é uma das personagens jogáveis no Dream Mode.

Conforme forem avançado no modo história acumulam pontos de experiência que podem ser utilizados para melhorar as habilidades de Kenshiro. Esperava poder adquirir mais ataques através da experiência mas não é possível. Mais outra falha na jogabilidade. Os ataques e combos existentes são limitados e a um certo ponto ficamos cansados de estarmos sempre derrotar os inimigos com os mesmos golpes.

Além de Kenshiro podemos controlar outros personagens nos modos história e Legemd, que nos contam diferentes perspectivas da história de Fist of the North Star. Os ataques variam de personagem para personagem o que ajuda a desenjoar da repetitividade da jogabilidade. Mas não é tudo, cada personagem possui também habilidades diferentes. A habilidade de Kenshiro é a mais básica e ao mesmo tempo a mais útil: desviar-se dos ataques inimigos. Isto devia ser algo que todas as personagem deviam ter. Ao jogarmos com outras personagens temos forçosamente que bloquear os ataques utilizando o gatilho o que esquerdo, o que nem sempre resulta.

A forma como a história é contada dá para quem não viu o anime perceber algumas coisas, no entanto, apenas aqueles que viram é que vão tirar proveito completo dos ângulos das diferentes personagens na história que Fist of the North Star oferece. A Tecmo merece mérito por ter incluido a opção de escolher vozes japonesas, o narrador e as restantes personagens ficam muito melhores com elas.

Banho de Sangue.

A jogabilidade não é o único aspecto que é afectado pela repetitividade, os níveis sofrem igualmente do mesmo problema. Como já foi dito vamos espancar dezenas e dezenas de inimigos, isto em cada nível. Depois no final do nível está um boss incrivelmente fácil de derrotar à nossa espera. A juntar isto com a jogabilidade lenta e pouco variada Fisft of the North Star torna-se num jogo aborrecido de jogar.

É divertido ver os inimigos a explodir como autenticos balões quando os derrotamos, alias, é das melhores coisas do jogo. As personagens jogáveis estão bem recriadas e ver as roupas de Kenshiro a desgastarem-se é um toque estiloso, mas fora isto, Fist of the North Star é uma vergonha no que toca ao visual. Os cenários são pobres, as texturas fracas são abundantes, os níveis têm sempre o mesmo aspecto, as cores usadas são pouco apelativas, etc. Os gráficos até podiam ser "perdoados" de uma certa forma se a jogabilidade fosse relativamente boa, mas nem isso Fist of the North Star consegue alcançar.

Em termos de conteúdos e longevidade Fist of the North Star é generoso. Só o Legend Mode (história) dura cerca de 10 horas para completar. Após o completarmos, temos ainda o Dream Mode que oferece histórias alternativas com outras personagens. E depois existe também o Challenge Mode. Apesar de oferecer muitos conteúdos e uma boa longevidade, não serão muitos os jogadores com paciência para terminar tudo, tendo em conta o que já foi dito em cima.

Não há mais nada para dizer acerca de Fist of the North Star. Um dos poucos aspectos positivos é que capta com sucesso algumas das coisas populares no anime como é o caso dos ataques especiais. De resto fica-se pela qualidade mediana ao usar mecânicas antigas que nos dias de hoje estão enferrujadas e ultrapassadas. Repetindo o que disse no início, isto é um jogo apenas para os fãs hardcore do anime. Os outros jogadores não vão encontrar nada de especial ou que lhes agrade em Fist of the North Star, nem mesmo fãs de hack n slash. É pena que o jogo não consiga alcançar a qualidade do anime.

5 / 10

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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