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GoldenEye 007

Por Inglaterra, James?

Outras vezes não apetece jogar tanto ao jogo do esconde, até porque não se toma aqui a iniciativa do jogo de acção furtiva por excelência que é Metal Gear Solid. Bond é essencialmente um herói de arma em punho, capaz de provocar o caos numa base aérea ou numa zona de construção e de lidar com correntes de inimigos. Mas apesar de se manter fiel a outras propostas da cartilha FPS's da Activision, o aspecto mais interessante que sobressai é a ligeireza e qualidade da acção. Nota-se que o aproveitamento da tecnologia foi bem longe, com bons momentos de desorientação, rebentamentos, peças gigantes do cenário em queda, múltiplos inimigos, encontrar um refúgio para regenerar e voltar ao ataque.

O problema da linearidade das missões é mais evidente face ao original, ainda que o ajustamento do grau de dificuldade obrigue o jogador a cumprir objectivos suplementares antes de alcançar um ponto intermédio de gravação. Optando por uma dificuldade reduzida será dado um fio condutor que imediatamente leva o agente ao ponto de conclusão, numa opção eficaz para jogar à Rambo para um tempo recorde. Porém, as dificuldades mais elevadas causam dores de cabeça, principalmente nas sessões derradeiras. Num trecho final terão de escoltar e proteger Natália das vagas de inimigos que irrompem pela sala de computadores, alvejando os servidores e a parceira de Bond, numa luta incessante contra o tempo e contra a pontaria. Num piso irregular e polvilhado de obstáculos, sente-se que o exercício da pontaria é afectado pela subida e descida de degraus.

Jaws está de volta.

A campanha é suficientemente longa, recheada de momentos de maior disputa, aos quais não faltam os eventos de acção imediata, naquilo que se torna numa utilização mais vaga dos comandos wii, quer para abater adversários com golpes corporais, quer para abrir portas ou efectuar alguns golpes durante os combates.

As opções para vários jogadores dividem-se entre o confronto local (até quatro jogadores em ecrã dividido) ou em rede (para um máximo de oito jogadores). A utilização da pistola de ouro é um dos atributos para ganhar pontos de experiência, cuja acumulação é indispensável para alcançar novos níveis de jogo e, consequentemente, abrir novas regras de jogo para confrontos em rede, desde os confrontos clássicos individuais e por equipas até pistola de ouro, caixa negra, goldeneye e licença para matar.

A partir do momento que coube à Eurocom (a mesma do bem positivo Dead Space: Extraction – Wii) enfrentar o desafio e reinventar GoldenEye 007, sabia que as comparações com o original da N64 seriam inevitáveis. Mas na altura em que chega 007 Blood Stone às outras plataformas, GoldenEye é uma recuperação de um clássico. Ainda que a Eurocom tenha arriscado na deriva e realinhamento dos segmentos principais do filme, não entrega uma obra com novos patamares de inovação. Antes reconfigura um "fps" e consegue, de um modo geral, proporcionar uma experiência sólida, mais próxima dos combates modernos.

8 / 10

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GoldenEye 007

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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