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Cérebro do Kinect funciona como o nosso

Pelo menos de acordo com o seu criador.

Alex Kipman, o criador do Kinect, acredita que de cada vez que jogarmos com o dispositivo ele irá ver e aprender. Um pouco da mesma forma que um bebé entende o mundo, a câmara irá decifrar-nos.

"O cérebro do Kinect funciona da mesma forma que o teu cérebro, ou o meu. Os nossos cérebros são essencialmente máquinas desenhadas para serem um sistema que gere uma base de dados de sinais e sons. Se retirarmos o som, focamo-nos rapidamente nos sinais," explicou Kipman ao site GamesIndustry.biz.

"Imaginem que temos um bebé fictício," continuou ele, "Ele ou ela tem zero anos de idade, mostras a esse bebé um humano e um leão, e vocês dizem 'Toma bebé, diz-nos a diferença entre eles.' O que se passa é que o bebé não consegue perceber. O tempo passa e agora esse bebé tem dados referenciais suficientes, dados históricos, e da próxima vez que lhe perguntarem a diferença entre os dois o bebé é capaz de perceber."

Kipman acrescentou que, "O nosso mundo trabalha da mesma forma. O vosso cérebro não conhece tudo aquilo que vê. À medida que vão andando pelo mundo, ele usa dados históricos passados, baseado em probabilidades, para predizer aquilo que vocês estão a ver agora."

"O Kinect funciona da mesma forma, é um principio fundamental. O que nós temos feito é apresentar uma amostra de dados estatísticos significativos que nos permite compreender o mundo de uma forma semelhante à forma como o nosso cérebro funciona."

"É esta aprendizagem que exige que o Kinect vá retirar um pouco do tempo de processamento do CPU e GPU da Xbox 360 - apenas uma pequena percentagem. E é a sua aprendizagem que vai permitir que o Kinect apresente menos lag do que teoricamente deveria apresentar. Esta é a parte mágica."

"Existe uma razão para que este tipo de ficção científica se torne num facto que ainda não estava disponível," disse Kipman. "E é aqui que vos digo, "Hey, tem havido um grande avanço."

"Um grande número deles," acrescentou ele.

E não se preocupem com questões como o Kinect exigir muito do GPU ou CPU e que isso faz com que os vossos jogos corram mais lentamente, porque para Kipman, até mesmo os jogos mais vistosos deixam muito espaço de manobra.

"A resposta é, apesar de gostarmos de falar sobre bits e percentagens, se pegarem num jogo como, sei lá, Call of Duty: Balck Ops - vai existir uma significativa quantidade de processamento, seja no CPU ou GPU, que ainda permanece disponível," revelou Kipman. "Como tal depois disto, quando chegamos a esta revelação sobre os jogos e os futuros jogos que virão para a Xbox, olhámos para isto e dissemos, 'Será que vale a pena colocarmos um processador no dispositivo quando pensamos que podemos criar experiências mágicas, únicas, completas e profundas sem ele?"

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