Guitar Hero: Warriors of Rock

Também todo o associar de atributos dá um novo vigor à jogabilidade e até o modo QuickPlay+ ganha benefícios e ganha personalidade própria. Isto porque agora podemos optar por jogar este modo, no qual temos desafios específicos para cada música que podem incutir um verdadeiro desejo de as tocar só para os bater, cada vez com melhor prestação. Ao ganhar estrelas neste modo também desbloqueamos novidades e segredos, impedindo assim que o modo Quest seja o único no qual os podemos ganhar e assim ninguém pensa sequer em frustrações e privações seja do que for. Aliás, todo o jogo está arquitectado para promover a diversão e todos os seus modos, desde os locais aos online, foram estruturados e refinados para salientar as novas mecânicas e o jogo em grupo.

No entanto, quando temos uma lista de músicas vindas de grupos como Soundgarden, Megadeth, Slayer, The Cure, Rush, Dire Straits, ZZ Top, Queen, Lynyrd Skynyrd, Pantera, A Perfect Circle, ou Deff Leppard é impossível deixar de sentir algo dentro dos moldes que os originais nos ofereceram e sentimos que o jogo a solo é de novo algo que se pode fazer com gosto e com frutos. Toda a sonoridade é forte como se desejava e este é um teste no qual Warriors of Rock triunfa sem contestações. É um dos seus pontos de maior carisma e provavelmente aquele com que mais vai cativar os fãs, um dos factores mencionados anteriormente que lhe vai proporcionar qualidade. Mas se no capturar de uma identidade invocadora do espírito e forma de estar envolta nos padrões do rock este novo Guitar Hero consegue verdadeiramente satisfazer, já enquanto jogo enquadrado num género e face à competição e em vista a inovações, Warriors of Rock fica-se pelo escasso.

A palavra mais adequada para descrever a forma como os modos foram tratados seria refinamento. Todos os modos de jogo foram refinados e melhorados para que nada seja incomodativo ou inoportuno, pelo contrário, tudo muito acessível e imediato. Longe vão os tempos em que simples processos quebravam o ritmo e até os ecrãs de carregamento são breves e surgem dentro dos próprios menus do jogo. Também o campo visual denota vários ajustes e melhorias mas nada de grandioso, pequenas evoluções e um refinar de elementos que precisavam de ajuste, mas nada que vá surpreender o jogador. Aqui o grande vitorioso é o novo sentido de arte, inspirado em algumas bandas e capas de CDs Rock e Metal, que consegue ostentar personalidade e distinção.

Mas como já referido várias vezes anteriormente, é na música que Warriors of Rock cativa o jogador e este é um jogo que está mais divertido do que nunca a jogar. As novidades implementadas na jogabilidade tornam as músicas muito mais agradáveis de tocar e todo o novo espírito do jogo faz com que a variedade dos temas seja ainda mais apelativa. Alguns temas convidam mesmo a que o jogador os enfrente com outros instrumentos e pode-se dizer que finalmente a Neversoft conseguiu conciliar a sonoridade das origens com o sentido de party game mais recente. O certo é que sentimos novamente vontade de por o som nas alturas erguendo o peito bem alto e tendo orgulho ao sentir que o jogo poderia ser um representante nosso na apresentação do nosso espírito musical, sem a momento algum comprometer-se enquanto jogo que foi evoluindo ao longo desta geração.

Warriors of Rock não oferece a inovação que Guitar Hero 5 veio implementar mas ao contrário deste consegue recuperar a saudosa e bem-vinda sonoridade de Legends of Rock - considerado por muitos como o último "verdadeiro" Guitar Hero. Os refinamentos e os ajustes que apresenta dão crescente consistência a toda a experiência mas só mesmo os novos moldes do modo Quest conseguem deslumbrar relances de inovação e evolução.