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Anarchy Reigns - Análise

Platinum Games mostra como se faz um beat'em up online.

O multijogador é caótico, frenético, rápido e requer alguma adaptação, principalmente porque o matchmaking não tem problemas em colocar-vos contra jogadores mais experientes que já se encontram no nível máximo (nível 50). Esperem ficar entre os últimos lugares nas primeiras rondas. É também no multijogador que a jogabilidade mostra que é mais profunda do que dá a entender na campanha. Com um grande leque de personagens para escolher, rapidamente terão que escolher uma como a vossa personagem de eleição e perceber a forma correta de jogar com ela, porque carregar aleatoriamente nos botões de ataque não resulta no multijogador.

O ataque 360, que se executa no quadrado e no X (X+A na Xbox 360), merece especial atenção. Este ataque têm duas vantagens. Em primeiro, acerta em todos os oponentes num raio de 360 graus, desde que estejam próximos, e segundo, pode ser usado para interromper combos. Ou seja, mesmo que estejam a atacar alguém, não estão seguros. A única solução é anteverem o ataque 360 e bloquearem, e de seguida castigarem oponente pelo seu erro. A única desvantagem deste ataque é que consume um pouco da vossa barra de vida, efeito que pode ser anulado com um dos perks.

Os controlos são iguais para todas as personagens. Têm os tradicionais ataques leves e fortes e os combos que daí advém, e os poderosos ataques com armas no gatilho direito, cujo o uso seguido está limitado. Mas cada personagem tem as suas particularidades que devem ser estudadas. Há umas mais apropriadas para quem prefere apostar nos combos, há outras para quem gosta dos grabs. A complexidade de Anarchy Reigns e do seu leque de personagens é maior do que parece, e ainda bem, porque não só aumenta a competitividade, aumenta também a sensação de concretização quando acabam em primeiro numa ronda do multijogador.

Bayonetta é uma convidada especial para o multijogador de Anarchy Reigns. Só poderá jogar com ela quem comprar a edição limitada.

Nos modos têm muito por onde escolher. São poucos os jogos com um leque tão grande de modos multijogador. A Platinum Games não se limitou aos velhos Deathmatch e Team Deathmatch. Há modos completamente fora do normal com o Deathball, onde o objetivo é marcar golos na baliza adversária. Para isso, um dos jogadores terá que segurar na bola até que a baliza se abra, para poder então fazer um super-remate. A equipa adversária terá que tentar amarrar a bola antes que esta chegue à baliza, mas é perigoso, se não a agarrem no momento correto, morrem.

O pináculo da ação no multijogador acontece no modo Battle Royale, em que até 16 jogadores podem participar e pelo meio há acontecimentos aleatórios como bombardeamentos de aviões e buracos negros que aparecem do nada. Há modos mais calmos para quem quiser escapar a esta confusão, como o Cage Match, que dois jogadores numa jaula um contra o outro. Não há melhor forma para provar quem é o melhor.

Por muito divertido que seja, o multijogador não está ausente de problemas. O matchmaking pode demorar a encher uma sala para 16 jogadores, às vezes encaminha para salas que já estão cheias, e nos modos para mais jogadores a latência pode se tornar incomodativa. Falta ainda mencionar os problemas de colisão ocasionais e as personagens que começam a flutuar durante certos ataques no multijogador.

"Anarchy Reigns não está ao mesmo nível de Vanquish ou Bayonetta, quem se aventurar no jogo com essa premissa em mente ficará desiludido."

Também não é um jogo propriamente bonito. Os cenários são um aglomerado de texturas horríveis e com cores mortas e pouco apelativas ao olho, que em nada estão em sintonia com as cores berrantes (exageradamente berrantes) dos fatos de algumas personagens. Pelo menos a banda sonora está exuberante.

Apenas resta elogiar a Sega por lançar o jogo na Europa preço de €29.99, não que esteja a admitir que o seu jogo é inferior àqueles de preço mais elevado, até porque há jogos que chegam às lojas com o preço padrão de €69.99 e são piores, uma vez que não se trata de um produto completamente novo (foi lançado no Japão em julho de 2012) e porque se trata de um preço justo pelo o que o produto oferece.

Anarchy Reigns não está ao mesmo nível de Vanquish ou Bayonetta, quem se aventurar no jogo com essa premissa em mente ficará desiludido. É antes um beat'em up feito a pensar no multijogador, aproveitando alguns dos recursos de Madworld e num orçamento reduzido, que diverte por um preço menor que o habitual. Ao olhar para a pontuação abaixo, haverá quem o rotulará automaticamente de um mau jogo. Mas não o é. Apenas deixa a desejar em alguns aspetos. Para quem não se importar com isso, é uma proposta a levar em consideração, especialmente porque não encontram atualmente nenhum jogo igual este.

6 / 10

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In this article

Anarchy Reigns

PS3, Xbox 360

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.

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