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5 jogos do velho oeste para jogar enquanto não chega Red Dead Redemption 2

De Sunset Riders a Red Dead Revolver.

Não há dúvida que um dos pontos altos desta semana foi a confirmação por parte da Rockstar da produção e desenvolvimento de Red Dead Redemption 2. Se no final da anterior muitos foram os que entraram em ebulição após a colocação de uma imagem sugestiva de um novo jogo na conta Twitter da produtora, a confirmação do lançamento para 2017 nos formatos PlayStation 4 e Xbox One só confirmou as suspeitas. Hoje, será revelado um "trailer" que deverá derreter por completo as internets. Desde logo porque conhecendo-se o historial de produções da companhia e a qualidade que habitualmente emprega nos seus jogos, a sequela de um dos mais impressionantes jogos em mundo aberto no faroeste deverá seguir uma trajectória ascendente, colmatar alguns problemas do original e injectar mais novidades.

Depois da confirmação de Red Dead Redemption 2, hoje é dia de trailer.

Mas enquanto aguardamos pacientemente pelo tão apetecível trailer, que muito irá revelar, apresentamos uma série de 5 jogos, entre clássicos e produções mais recentes, que assentaram no violento mundo do faroeste, tantas vezes representado no cinema, em séries e livros e na música com temas do lendário Ennio Morricone. Dos homens suados e sujos, dispostos a tudo por um punhado de dólares, há muito que as editoras e produtoras de jogos transpõem sinais e imagens deste universo para os seus jogos.

De todos, talvez seja Red Dead Redemption o mais sublime e destacado. Assente num mundo aberto e ficcional, proporcionou uma série de desafios e missões como se de uma série televisiva se tratasse. Mas não é por acaso que a Rockstar entrou nesta temática. Já o fizera anos antes quando resgatou do limbo Red Dead Revolver, por volta da viragem do milénio uma produção da Capcom que não chegou a conhecer a luz do dia. Assumindo a produção de um jogo por acabar, a Rockstar ainda foi a tempo de limar algumas arestas e editar uma aventura com potencial. Recomeçando do zero, Red Dead Redemption foi a concretização dessa visão, o que Revolver poderia ter sido.

Red Dead Revolver - Rockstar - 2004 (PlayStation 4, Xbox)

É um dos clássicos do "western spaghetti". Comprei e joguei este título em 2004, na PlayStation 2 e permanece até hoje como uma particular memória desse tempo. A Rockstar editou o jogo depois de levar a cabo uma profunda remodelação. Começou por ser um projecto da Capcom, por volta de 2000, tendo sido abandonado pouco depois. Adquirindo o estúdio a cargo do desenvolvimento, a Rockstar comprou as licenças à Capcom e investiu na produção o que era possível a fim de a resgatar do limbo.

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O resultado é uma produção que revela algumas falhas, particularmente no seu sistema de combate e pontaria. Não é um jogo em mundo aberto, apresenta uma estrutura linear, mas teve o mérito de capturar muito bem o mundo dos "cowboys" e dos "westerns". É dos primeiros jogos a capturar com mais profundidade esse universo. Repleto de missões em "saloons", nos desfiladeiros e com todo o fervor dos disparos através dos revólveres e espingardas, há algo de fascinante que atravessa o jogo e nos leva a prosseguir, mesmo quando são perceptíveis as dificuldades. Anos depois a Rockstar produziu Red Dead Redemption e então entregou o jogo que os fãs queriam.

Sunset Riders - Konami - 1991 (Arcade, Mega Drive e Super Nintendo)

O clássico dos clássicos em "westerns". No princípio da década de noventa a Konami era uma das maiores produtoras de jogos arcade. Com os sistemas domésticos claramente incapazes de projectarem uma experiência em casa similar às arcades, a produtora japonesa que hoje não vai para lá de Metal Gear e PES, brindava os amantes dos salões e jogos com magníficas produções.

Sunset Riders é, desse tempo, um dos mais bonitos jogos que podem encontrar e ainda hoje um clássico "scroll" em formato horizontal do estilo "run'n gun", ou seja, um "shooter" frenético e altamente aditivo, centrado no faroeste. Não é por acaso que a versão arcade é muito procurada entre os coleccionadores retro. Claramente superior aos "ports" domésticos, coloca o jogador na pele de quatro justiceiros, desejosos por trazerem ordem ao velho oeste, ao mesmo tempo que reclamam as valiosas recompensas.

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Desde a brilhante cena de introdução, passando pelos diversos segmentos que envolvem tiroteios nas típicas cidades de madeira, assaltos a caravanas, a comboios e duelos, há um pouco de tudo, representado com uma arte incrível. Tudo no jogo está como que perfeito. Um dos clássicos retro, com a versão arcade em grande plano.

Red Steel 2 - Ubisoft - 2010 (Nintendo Wii)

O sucesso da tecnologia por movimentos da Nintendo Wii levou a Ubisoft a apostar na sequela de Red Steel. Mas o que é relevante no jogo é a combinação que oferece entre o Japão Samurai das suas katanas e os revólveres do velho oeste americano. Deste binómio contrastante, explorado em simultâneo por um protagonista capaz de recorrer à espada e às balas do revólver, resultou uma experiência diferente.

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A isso acresce a perspectiva de jogo na primeira pessoa e um estilo artístico baseado no cel-shade, uma técnica explorada noutras produções. Juntamente com os comandos por movimentos, a Ubisoft foi capaz de singrar na utilização deste sistema. É um jogo mais equilibrado e a representação que faz dos dois universos, entre o oriental e o velho oeste acaba por se tornar num foco constante. Uma opção que vale a pena explorar ou redescobrir.

Steam World Dig - Image & Form - 2013 (multi)

Steam World Dig é a prova de que as aventuras do faroeste não decorrem apenas sobre o solo. Por baixo deste escondem-se riquezas que levaram muitos a matar e cometer crimes horrendos. Os suecos da Image & Form abandonaram a ideia do exterior e montaram um jogo no interior das minas, destacando o "velho Rusty", um robô movido a vapor, para as minas abandonadas, onde acontecimentos estranhos atordoaram os habitantes.

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O conceito do jogo é interessante e as mecânicas muito sólidas. Com influências do género "metroidvania", apresenta uma reprodução muito segura dessa época. Desde os utensílios à disposição de Rusty, passando pelas cargas de dinamite e objectos valiosos, há uma coesão muito forte nestes elementos. Abrindo túneis e plataformas, depressa nos apercebemos da magnitude de trajectos e surpresas que estão alojados metros e metros abaixo da superfície.

Lethal Enforcers II: Gun Fighters - Konami - 1994 (Arcade, Mega Drive, Mega CD, Playstation)

Antes das produções 3D de "shooters on rails" como Virtua Cop (Sega) ou Time Crisis (Namco), outras produtoras exploraram o "hardware" de modo a convencer os entusiastas das arcades a abrirem fogo com um revolver de plástico na mão. Lethal Enforcers II: Gun Fight é um dos clássicos saídos da velha e saudosa Konami.

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Mais uma vez a versão arcade superioriza-se relativamente às posteriores conversões para consolas. A premissa do jogo não foge ao esperado: erradicar a onda de violência provocada por saqueadores e ladrões que apoquentam a pacata vida dos habitantes das aldeias e cidades do velho oeste. As sequências animadas deixam-nos concentrados nos disparos e no exercício da pontaria sobre os inimigos. É sobretudo um jogo sobre pontaria e rapidez, no qual disparar mais depressa que a própria sombra é mais de meio caminho andando para chegar aos créditos finais. Os gráficos assemelham-se mais a cenas em "full motion video", o que confere ao jogo um aspecto diferente das produções tradicionais em 2D, um pouco à semelhança dos jogos para a Mega CD. Se possuírem um velho CRT e a pistola, subam para o cavalo e galopem a toda a velocidade.

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