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Uncharted: Drake's fortune

Jones, Indi....quer dizer, Drake, Nathan Drake!

Nathan Drake, um caçador de tesouros, parte em busca do tesouro perdido de El Dorado, deixado pelo pirata Sir Francis Drake, um antepassado seu. É aqui que a história começa. Nathan possui um anel deixado por esse seu antepassado que tem inscrito coordenadas exactas que vão dar ao seu caixão, que na vez do defunto tem o diário do pirata, que nos será bastante útil ao longo do jogo para resolver puzzles. Para o ajudar e financiar nesta expedição, Nathan conta com o seu antigo companheiro Sully e a jornalista de um canal de história chamada Elena.

A trama começa quando “amigos” indesejados decidem juntar-se à festa e descobrir também o El Dorado, que como se vai descobrir, não se trata de uma cidade, mas sim de uma estátua misteriosa.

Uncharted: Drake´s Fortune tem tudo para ser um título obrigatório, mesmo daqui a uns anos. Apesar de não inovar pela jogabilidade, os gráficos detalhados e extremamente realistas absorvem o jogador na acção. Há folhas a voar devido ao vento, as sombras reagem de forma suave, e a folhagem mexe quando passamos por entre ela. Tudo isto contribui para o ambiente de uma ilha deixada ao abandono.

A história é bastante interessante, fazendo inveja a muitos filmes de Hollywood, com reviravoltas pelo meio e situações inesperadas. Nunca pensámos que este título se tornasse num “survival horror” nos capítulos finais, mas mesmo esta situação está bem inserida, com uma explicação bastante credível.

Os ambientes são os esperados. Selvas densas, ruínas bastante degradadas e interiores subterrâneos onde não faltam detalhes para ficarmos a explorar durante alguns minutos. Só temos pena que na selva só exista um caminho possível, ou seja, não poderemos afastar-nos do nosso percurso. De qualquer forma este ponto é compensado com toda a paisagem verdejante, as cascatas e os pequenos rios e locais onde até poderemos ver o pôr-do-sol com uma linha de horizonte bastante grande, sendo possível ver o outro lado da ilha.

Este jogo tenta sempre dar um toque realístico. Apesar da nossa personagem ter capacidades quase sobrenaturais para escalar e saltar de plataforma em plataforma, este não tem uma lista enorme de armas dentro do “bolso”, como em outros títulos. Apenas temos três espaços disponíveis. Uma para armas de pequeno porte, outro para metralhadoras, shotguns, ou rifles e ainda um para granadas, que poderão dar bastante jeito para desimpedir espaços com muitos inimigos.

Ao contrário de Tomb Raider, em Uncharted não se dá grande importância aos puzzles. Estes são fáceis de resolver e temos sempre à disposição o diário de Francis Drake para os desvendar. De qualquer forma são bastante divertidos e inserem-se muito bem na linha da história.

Outro ponto discordante com Tomb Raider é o facto de não termos descanso ao longo do jogo. Não há paragens para explorar, a não ser quando os inimigos já estão todos mortos. De qualquer forma não é por isso que o jogo se torna aborrecido. O sistema de combate é bastante competente. Nathan pode encostar-se a quase todos os objectos presentes no cenário, bastando para isso premir o botão “círculo”, e com um simples toque no L1 e R1, e sem sair do sítio onde está protegido, disparar sobre os inimigos. Além das armas temos o combate corpo a corpo, que usamos algumas vezes por falta de munições.

A IA (inteligência artificial) é bastante competente. Os nossos inimigos sentem o perigo, e escondem-se também atrás dos objectos espalhados pelo cenário, enquanto gritam entre si ou simplesmente informam quando Nathan já não tem munições.

Os capítulos são bastante variados, com cenários diferentes assim como a hora a que este se passa. Se no princípio do jogo entramos por selvas acompanhados por um sol escaldante, no final vamos explorar zonas cobertas por um nevoeiro serrado. Também teremos a oportunidade de conduzir uma mota de água, assim como andar de jipe, numa das melhores sequências do jogo.

Espalhados pelos cenários estão ainda, no total, 60 tesouros, relíquias que podem variar desde uma simples taça até um anel, ou mesmo uma moeda. Apesar de estes piscarem intermitentemente no cenário, podem passar despercebidos aos nossos olhos.

Também existem vários itens bónus que podem ser desbloqueados ao longo do jogo, como roupas, artwork do jogo, o making-of, entre outros.

Falta ainda dizer que o jogo se encontra totalmente localizado em português, com vozes bastante boas, rivalizando na qualidade com as originais.

Uncharted: Drake´s Fortune é um jogo não muito longo, que se passa em apenas 8 horas, mas que vale bem a pena o preço pedido. Temos a certeza que não o vão passar apenas uma vez devido à sua jogabilidade e ambiente de jogo. Um título obrigatório e altamente recomendado.

9 / 10

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Sobre o Autor

Tiago Lopes

Contributor

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