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Singularity

"Oh Tempo Volta Para Trás".

Sobre a história, seria totalmente injusto da minha parte contar pormenores sobre ela, ainda mais quando estamos a falar de viagens no tempo com alteração da história associada. Mas poderão contar com finais diferentes, envolvendo decisões que tomaram no jogo. Este tipo de enredo, como referi, é sempre problemático, principalmente pelos buracos que poderá deixar. Pessoalmente, diferente certamente das intenções da Raven, não me senti totalmente envolvido nas mudanças da história. Embora o sistema de alteração dos materiais esteja fantástico, tudo me pareceu extremamente linear, sendo a alteração do tempo e materiais como um pretexto.

Com isto não quero dizer que o jogo não tenha a sua novidade e inovação. Pois o tem. A mais valia é certamente o uso do TMD, que nos confere uma jogabilidade divertida, inovadora e acima de tudo diversificada. Com ele podemos usar o poder chamado de Age Revert, onde certos materiais envolvidos com o E99 possam envelhecer ou rejuvenescer. Este poder é importante para ultrapassar diversos obstáculos e puzzles. Um interessante é o de envelhecer um caixote metálico (fica todo rebaixado) para o colocar debaixo de um portão e voltar a rejuvenescer e elevar o portão. Depois de perceber a mecânica, daremos uso constante ao Age Revert, para criar pontes, destruir protecções inimigas, ou até mesmo manipular os inimigos por os envelhecer.

Monstros maus e feios.

O TMD também dá-nos a possibilidade de elevar objectos, muito útil para ultrapassarmos certos locais e puzzles. Mas a cereja em cima do bolo é certamente a conjugação do TMD com as armas "normais". Principalmente com o uso do poder Deadlock. Este poder é um campo de energia que faz com que tudo que esteja dentro pare no tempo, menos nós. Útil para bloquear uns irritantes bichos que explodem ao chegar perto de nós. Na verdade, só com o uso do Deadlock é que consegui ultrapassar certos níveis.

Para além disso, podemos criar o campo de energia em volta dos inimigos, e entrar dentro dele sem qualquer problema. Como eles estão parados, podemos andar à volta deles, e então podemos disparar contra eles em segurança. Mas como o tempo está parado, tudo fica em standby até a energia acabar. Quando acaba é ver todos os inimigos e mutantes a morrer ao mesmo tempo. O Deadlock poderá assim ser usado para bloquear dentro inimigos, mas também para nos proteger. Não raras foram as vezes em que criei o campo à minha volta e as balas e misseis ao entrar reduziam a velocidade drasticamente. Boa oportunidade para arremessar de volta um míssil.

Graficamente o jogo cumpre muito bem com o seu papel, sendo que é fruto do motor de jogo da Epic, o Unreal Engine 3. Existem locais com detalhes e pormenores superiores a outros, denotando maior preocupação principalmente com os locais interiores. O jogo corre extremamente bem, mesmo em locais mais povoados. Os bosses estão muito bem recriados, bem como todo o ambiente em geral. Os materiais alteram-se em tempo real, conferindo um realismo enorme ao factor desgaste do tempo. Depois ainda temos os modos multijogador, que embora sejam sempre uma boa adição a qualquer jogo, em nada elevam a sua qualidade. Temos apenas dois modos de jogo, o Extermination e o Creatures vs. Soldiers. Também existe um ranking mundial, onde podemos ver a tabela geral e de amigos. Muito pouco para modos multijogador.

Singularity foi uma agradável surpresa. É um FPS sólido, onde a acção é constante. Mas para além disso, consegue oferecer um enorme divertimento, principalmente devido à tecnologia de mudança do tempo e materiais. A história não é extremamente detalhada e confusa, como poderia ser num enredo destes. É linear na forma, mas que resulta num plano geral. Um jogo onde se derem uma oportunidade irá proporcionar um bom divertimento.

8 / 10

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