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Shatter

Revolucionando a arte de destruir tijolos.

Lançado recentemente na Playstation Store, Shatter parece querer tornar-se o modelo estandarte para um Arkanoid dos tempos modernos – consegue oferecer algo de novo, mantendo sempre uma fiel ligação com o conceito original. Difere-se naturalmente a nível gráfico, apresentando uma proposta que conjuga o ritmo da música presente com os demais efeitos visuais, mas procura essencialmente inovar no que à jogabilidade diz respeito, oferecendo uma série de novas possibilidades que vêm tornar esta uma experiência definitivamente mais excitante. Produzido pela Sidhe Interactive, equipa outrora responsável pelas várias versões editadas de Gripshift, Shatter mostra que é possível dar um salto qualitativo dentro género sem esquecer as origens, e o resultado é um jogo novo e fresco mas que nunca deixa de parecer familiar.

Colocando de lado as diferenças mais evidentes, surpreendeu-me de forma particular a ideia de liberdade em relação aos blocos de jogo. Ao contrário do que acontece em jogos como Brick Breaker ou Arkanoid nos quais todos os blocos se encontram literalmente presos ao ecrã, em Shatter é como se estes apenas tivessem posições provisórias. Quer dizer, as peças estão realmente presas quando o jogo começa, mas não tardará muito até que blocos individuais ou aglomerados comecem a vaguear pelo ecrã.

Existe aqui uma variedade de blocos com características peculiares – blocos que explodem, blocos que flutuam ou blocos que apenas servem para prender estruturas. Isto abre caminho para um leque de possibilidades que faz com que ao longo de todo o jogo possam admirar os mais diversos designs de níveis. Em certos níveis basta um “tiro” no bloco certo para que de repente vejam uma infinidade de blocos a sobrevoar ecrã.

Na sua concepção, existem 3 tipos de perspectivas. A já conhecida de outros jogos – de baixo para cima –, da esquerda para a direita e ainda uma conceptualização circular. Cada uma delas tem um funcionamento diferente, sendo a circular decididamente a mais irregular. Para oferecer um novo leque de possibilidades o jogador tem ainda a possibilidade de controlar a bola a qualquer altura através de uma ferramenta que lhe permite inspirar ou expirar o ar. Sempre que destroem blocos são libertadas pequenas partículas de energia que podem ser capturadas para realizar um ataque especial estilo canhão. Como seria de esperar existem ainda os já habituais Power-Ups que permitem duplicar a pontuação ou aumentar a destruição.

Cada Boss é destruído de uma forma diferente e original. Irão inclusive ter que jogar Air Hockey com um deles. Este é apenas uma cobra.

Inicialmente terão ao dispor apenas o modo aventura que conta com 10 níveis/mundos diferentes. Cada nível tem uma sequência de Waves que termina com uma luta contra o Boss. Existem 10 no total, cada qual com os seus pontos fracos. As batalhas com Boss's acabam por ser de uma grande originalidade pois as diversas formas de destruir cada um deles imprime grande diversidade ao jogo. É possível ainda desbloquear o modo Bónus onde podem jogar, sem blocos, de modo a aguentar o maior número possível de toques na bola de forma a aumentar a pontuação final. Uma vez terminado o jogo é desbloqueado o modo Boss Rush, onde deverão defrontar todos os Boss’s do jogo em tempo Record.

Cartão-de-visita para Shatter é ainda a sua banda sonora composta por mais de 90 minutos de músicas originais. A música e o espectáculo visual presente no background acabam por ser também preponderante para condicionar toda a acção de jogo, criando um exuberante efeito sinestésico.

Shatter não é tanto uma inovação, mas mais uma pequena revolução dentro do género. É divertido e descontraído graças ao seu visual e mecânicas de jogo inovadoras – imperdível para quem adora destruir blocos. É certo que é um jogo simples e mesmo as novidades presentes não vos farão reformular toda a ideia que têm em relação à actividade de destruir blocos, mas como um todo Shatter acaba por ser uma agradável surpresa. Por um preço de 5.99 euros diria até que é um excelente pacote, pois os 10 níveis do modo aventura poderão só por si render-vos cerca de 2-3 horas de jogo. Todas as pontuações são ainda rastreadas e listadas nas LeaderBoards dedicadas. De notar a falta de um modo cooperativo ou versus que teria sido definitivamente bem recebido.

8 / 10

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