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Prison Break: The Conspiracy

Contra a Companhia.

A nível de jogabilidade o jogo cumpre, não tem problemas de câmara, o modo de cobertura é em si um sistema já usado em muitos jogos, e que funciona bem no jogo. Paxton pode subir escadas, subir paredes, andar em cima de muros e até andar por canos e esgueirar-se em condutas. Tudo muito simples, não arriscando muito em termos de jogabilidade.

Dando uso aos nossos dotes de agente secreto, o maior problema que teremos de enfrentar, em termos de jogabilidade, é o timming certo para corrermos, subirmos ou efectuarmos alguma operação. Com um pouco de paciência, conseguiremos passar por todas as missões de uma forma rápida. Também estão presentes os famosos QTE, mas aqui são por vezes irritantes. Um exemplo é quando temos que martelar num botão e logo de seguida termos que apenas carregar noutro. O problema é que o tempo de resposta é tão curto que faz com que percamos e sejamos remetidos para o início da sequência. Que saudades de Heavy Rain.

Em Prison Break: The Conspiracy não existe nenhuma liberdade de escolha de caminhos ou formas de abordar cada missão. A nossa busca por informações, ou que a nossa missão seja bem sucedida, obrigará a que façamos boas amizades dentro da prisão e que no fundo também façamos certos favores. Na prisão tudo se compra e troca, basta apenas saber o que dar como moeda de troca. Embora seja um jogo onde teremos que pesquisar, e ir em busca de informações, nunca esse trabalho é algo de complicado, pois é em si um jogo muito em linha recta, tendo sempre as indicações no ecrã que nos explicam como fazer, por onde ir e com quem falar. Não existe muito por onde fugir, mesmo que queiramos tentar outras formas. Demasiado simples para os padrões actuais.

Limpei o sebo a todos.

Para além da demasiada simplicidade, o jogo desaponta pela ligação com as personagens principais. Ok, sabemos que a Zootfly tentou dar-nos uma história paralela, um olhar diferente ao jogo, mas num jogo de Prison Break, não seria natural querermos interagir com as personagens conhecidas? Tudo se resume a pequenos vislumbres e encontros com as personagens. A personagem com quem mais tempo falamos ou interagimos é com John Abruzzi, devido ao seu poder dentro da prisão. De realçar que todas as personagens têm as vozes originais.

Durante as missões iremos ter a oportunidade de lutar, e quando isso acontece o jogo passa automaticamente para um modo de combate. Novamente o sistema resume-se em apenas usarmos dois botões e o R1 para nos protegermos. Um dos botões é soco rápido o outro soco lento e mais potente. Podemos entrar em lutas programadas entre os reclusos bem como polícias. Para aumentar o nosso estilo badass, podemos ainda tatuar o nosso corpo. Existe também um modo versus, usando o mesmo sistema de luta. A simplicidade do sistema faz com que os combates sejam monótonos e demasiado fáceis de ganhar.

A série Prison Break tem uma carga de emoção, de suspense e de acção enorme. O enredo é fantástico e consegue-nos agarrar a ele sempre querendo saber mais. Já o jogo é demasiado simples na sua concepção, e como já referi, peca pela falta de ambição e por trazer algo extremamente básico. Os fãs da série poderão tirar um maior proveito do jogo, pois coloca-nos dentro da prisão de Fox River e em certas alturas, muito poucas, consegue transmitir o espírito da série. Em tudo aquilo que faz, faz bem, mas é muito pouco para os padrões actuais.

4 / 10

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In this article

Prison Break

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
Jorge Soares avatar

Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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