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Naruto: Ultimate Ninja 3

Naruto aos molhos.

A data de lançamento japonesa de Naruto: Ultimate Ninja 3 - finais de 2005 - não evita que este jogo venha retratar episódios que não foram transmitidos na televisão portuguesa; ficando desde já o aviso a quem isso importe. O jogo divide-se em alguns modos essenciais, mais do que aquilo que seria de esperar de um simples jogo de luta.

O sistema de combate não é muito complexo, mas algumas particularidades tornam-no divertido o suficiente para justificar completar o jogo, ou, até, jogar contra amigos. Os ataques básicos são rígidos, ou seja, quando os começam apenas podem executar outras acções depois de as animações terminarem, e essa é uma das principais limitações, visto que não dá espaço para qualquer inovação; podem alterar ligeiramente a altura e alcance dos ataques, mas quando iniciam um, nada podem fazer até este terminar. A longas distâncias podem utilizar várias armas típicas destes ninjas (shurikens e kunais, por exemplo) para quebrar ataques telegrafados ou evitar ser atingido pelo adversário enquanto este está a preparar um ataque ninja. “Ataques ninja” mais simples requerem apenas alguns segundos de preparação, já as técnicas verdadeiramente poderosas têm de ser devidamente preparadas e é necessário conseguir quebrar a guarda do adversário. Bloqueios à ultima da hora dão azo às técnicas de substituição tão habituais na série, ou seja, além de evitar o ataque o personagem aparece nas costas do inimigo pronto a atacar. No fundo um refinar daquilo a que a série nos tem habituado, caso já tenham experimentado algum Naruto: Ultimate Ninja.

Além do modo duelo (contra a inteligência artificial ou conhecidos), existem dois modos que não são muito habituais em jogos de luta.

O modo “Hero's History” faz um pequeno apanhado das lutas essenciais de Naruto (para os mais entendidos, a história termina após o embate frente à queda de água onde se encontram as estátuas do primeiro e segundo hokage) mostrando algumas cutscenes que são na verdade adaptações da história. Não é exactamente o mesmo, mas os pequenos filmes existem em número suficiente para dar uma pequena ideia da história que rodeia os vários personagens, ideal para quem não conheça lá muito bem a série (ou manga).

Bastante curto (algumas dezenas de lutas rodeadas por cutscenes), o tempo que leva a concluir – pouco mais de uma hora – é bem recompensado através de novos personagens e itens que ficam disponíveis.

Sempre achei piada ao Kisame...

“Ultimate Contest” vem trazer alguma variedade ao jogo, permitindo controlar Naruto num ambiente totalmente em 3D, numa espécie de aventura de plataformas. Diria até que se torna óbvio de onde a Ubisoft retirou muitas das suas ideias para Naruto: Rise of a Ninja, mas se nesse outro jogo as ideias foram polidas e trabalhadas, aqui tudo é cru e simples. Ao explorar este mundo 3D (composto por vários locais, nomeadamente a cidade de Konoha) são disponibilizadas várias missões com objectivos variados. Essencialmente tratam-se de lutas com objectivos específicos, mas por vezes somos confrontados com alguns mini-jogos ou desafios que quebram a monotonia.

Ao completar missões os diferentes personagens sobem de nível (e melhoram os seus atributos). Existem também vários itens a coleccionar para desbloquear os Jutsu (Ataques Ninja) mais poderosos de cada personagem. Todo este conteúdo e atributos extra podem depois ser utilizados nos diferentes modos, por exemplo, a lutar contra conhecidos. A história culmina numa batalha generalizada, existindo um final diferente para cada personagem. Tudo situações imaginárias e propositadamente cómicas, que agradarão certamente a quem já conheça os personagens e as suas motivações.

Os gráficos seriam certamente impressionantes em 2005, mas hoje em dia passam por “agradáveis” e positivamente inspirados no material-fonte, utilizando cel-shading. Mesmo assim, é de realçar a atenção dada às arenas de luta (que têm sempre mais de um local de luta) inspiradas em locais que fazem parte do imaginário da série. Já a música cumpre, com temas e efeitos sonoros bastante parecidos com os originais (da série).

Esta corrida nas árvores é o único mini-jogo vagamente interessante.

O ponto alto desta terceira entrada na série está na quantidade de conteúdo. Mais de 40 personagens e muito material para coleccionar; modelos 3D, vídeos, músicas e até arte oficial, tudo em doses elevadas. A atenção aos fãs revela-se também na possibilidade de escolher entre a dobragem americana e a original japonesa.

Complexo o suficiente para divertir, Naruto: Ultimate Ninja 3 merece especialmente a atenção dos fãs das aventuras do ninja que veste de laranja, sendo também um ponto de entrada para quem queira ficar a saber a história da franquia de forma resumida.

7 / 10

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