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Napoleon: Total War

Curto mas intenso.

Voltando à parte sonora, é uma delicia para os ouvidos toda a envolvência conseguida pelo jogo, principalmente no campo de batalha. Se em Empire a qualidade era muita, aqui tudo está ainda melhor. É fantástico o som dos disparos dos canhões e o som que os seus projécteis fazem ao contactar com o solo, até o estremecer do terreno de jogo está delicioso.

Para além das melhorias visuais e sonoras, Napoleon: Total War traz também algumas alterações na mecânica de jogo, como a duração dos turnos a ser agora de duas semanas. Também temos a presença das quatro estações do ano, que vão influenciar a maneira como controlamos as nossas unidades. Se nos deslocamos pelas terras geladas, como na campanha de Itália, vamos perdendo unidades pelo caminho, se estivermos perante terrenos áridos como os que encontramos no Egipto, a travessia destas regiões também poderá ser penosa, a não ser que tenhamos unidades já preparadas para tal clima. Este pormenor, as estações do ano, altera um pouco como encaramos o jogo, pois existem zonas muito complicadas de conquistar devido às condições climáticas.

As batalhas continuam muito idênticas ao jogo anterior. Nas marítimas, que continuam muito chatas, existem pequenas alterações, como a possibilidade de reparar os navios, sendo essas reparações bem visíveis. Nas terrestres, temos novidades nas habilidades dos generais, que podem aumentar a moral das unidades e até as inspirar, tornando-as mais eficazes. O interface das batalhas também sofre alterações, visuais e funcionais, está mais completo e com uma melhor organização.

Interface redesenhado e melhorado.

Mas nem tudo é bom, muitos dos erros de Empire continuam presentes, como a inteligência artificial dos inimigos. É ridículo observar, navios inimigos parados num local sem se mexerem e sem reagirem à nossa presença, unidades a disparem contra edifícios e até tentativas cómicas de conquistar cidades com exércitos insignificantes. Outro aspecto negativo está relacionado com o grafismo, já disse que está melhorado, mas esta melhoria tem as suas exigências. Com o detalhe no máximo é necessária uma máquina bem capaz, pois em batalhas com centenas de unidades as coisas ficam complicadas para o computador. Outro ponto que deveria ter sido revisto são os tempos de carregamento das batalhas, são demasiado longos, tirando muita da vontade em resolver um conflito pelas nossas mãos, passamos a escolher quase sempre Autoresolve battle, pelo menos em confrontos que temos maior vantagem.

As melhorias implementadas em Napoleon: Total War, tanto a nível técnico como em termos de mecânica de jogo, colocam a série mais uma vez na frente de toda a concorrência. Mas para dizer a verdade, não é um salto significativo em relação ao jogo anterior, é um "limar de arestas", tornando o que já estava bom ainda melhor. A própria Creative Assembly sabe disso, pois o preço pedido pelo jogo é inferior a Empire: Total War. Vale sobretudo pela boa campanha de Napoleão, Imperador amado por uns e odiado por outros.

8 / 10

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Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.

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