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MotorStorm: Arctic Edge

Quente. Morno. Frio. Gelado.

A jogabilidade, sem ser exime, será do melhor que cá vão encontrar. A condução continua frenética, tal como a sensação de velocidade, mas a nível de física são de notar falhas evidentes. Os veículos não se desfazem em mil pedaços como acontecia nos capítulos anteriores. Mas pior do que isso é quando se espetam numa valeta e ficam atolados, sem que o jogo inicie automaticamente a sequência de destruição que colocaria o jogador de volta à pista. Isto resulta na necessidade de reposicionar manualmente o veículo ou então premir (quando possível) a tecla Select, de reposicionamento.

Mas a falha mais gritante parece-me ser o modo festival, do qual nunca fui grande fã, e que mais uma vez vejo com a mesma exacta apresentação. Aqui nada mais irão encontrar do que uma sucessão de dezenas de corridas nas quais o único objectivo é desbloquear alguns filmes para a galeria e ocasionalmente novas peças como Ailerons, faróis ou pinturas para alterar os veículos. A quantidade de veículos também não sobeja os 3 por cada classe, sendo que a única forma de desbloquear novos bólides é avançando o modo Festival. Conforme avançam este modo ganham pontos, sendo que quando atingem valores mais altos poderão então desbloquear novos veículos.

Este modo continua a não me agradar pois vejo muito mais potencial na ideia e isto parece-me apenas uma saída fácil e desleixada. Com uma ideia tão abrangente quanto este cenário de festival é triste progredir no modo carreira apenas através de corridas praticamente aleatórias. E se por outro lado as novidades em Motorstorm apenas têm passado pela apresentação de novos cenários, então algo terá que se repensado nesta ideologia após o escoamento de todos os cenários possíveis.

TINONI. TINONI.

Mas há aqui um ponto verdadeiramente inédito. Arctic Edge introduz pela primeira vez na série uma maior interacção entre o jogador e o ambiente, nomeadamente com a existência de tremores de terra durante as corridas, provocando choques e acidentes inesperados a qualquer momento. Seria até engraçado ter visto inserido nesta temática a queda de avalanches para incutir um pouco mais de adrenalina ao jogo, mas tal não se sucedeu.

Toda a apresentação é bastante semelhante e familiar aos outros da série. O jogo está totalmente localizado em português, incluído o vídeo de apresentação. A nível de menus a paleta de cores utilizada deixa a ideia de uma inspiração relativa à série SSX, ou não fosse também este um jogo na neve. Cliché será dizer que a nível de apresentação é do melhor que se pode ver na PSP. Os efeitos de luz são algo realmente bem conseguidos, tal como o detalhe impresso nos cenários, carros e demais. Já tradicional à série é o modo Online que se apresenta exactamente da mesma forma do que nos anteriores, seja a nível de evolução de patentes ou mesmo de organização. Existem dois modos de jogo e a possibilidade de correrem até 6 jogadores na mesma sala. Aparte do modo festival e Online têm ainda os habituais Corrida Livre, onde podem também optar por correr nas pistas invertidas, e ainda o modo de corrida Contra o Tempo.

Contudo se aquilo que procuram é novidades então Artic Edge está longe de ser a escolha mais acertada. Os novos veículos não reinventam a experiência e muito menos o fazem as pistas. Arctic Edge é um meio-termo entre aquilo que foi o original Motorstorm e Pacific Rift, voltando à singularidade do primeiro no que a cenários diz respeito, mas indo buscar a Pacific Rift ideias como os eventos especiais ou o arrefecimento do motor. Para quem só agora tem oportunidade de colocar as mãos sobre esta série diria que vale bem a pena. Mas se são já veteranos neste universo, olhar para Arctic Edge como a sequela directa que almeja ser será como passar de cavalo para burro.

7 / 10

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