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Moto GP 08

Não inclui pijama.

Porém, não há muito mais a acrescentar ao modo carreira. As corridas sucedem-se e ao cabo espalha-se algum aborrecimento em virtude do esquema repetitivo. Por isso e para aliviar a pesada carga de progressão, junto dos que pretendam um desafio mais rápido, sobram os eventos de acesso imediato. Selecciona-se uma mota de qualquer classe, um piloto e parte-se para uma corrida rápida num dos circuitos disponíveis. Mas antes disso o melhor é tentar umas voltas rápidas no “time attack”, e sem tráfego na pista, toda a largura do asfalto está à disposição para aprender a domar a potência e recursos disponíveis naquelas motos. Disputar directamente o campeonato de uma das três categorias é outra opção válida para os que preferem saltar directamente para as “bikes” mais rápidas do segmento Moto GP.

No conjunto dos modos de jogo podem ainda transitar para os mais de 50 desafios, pequenas provas que sob diferentes perspectivas, por exemplo; fazer uma volta rápida, ultrapassar dois pilotos na dianteira, alcançar o primeiro lugar na última volta da corrida, colocam o jogador a percorrer diversos segmentos da competição. De início todos os desafios estão desbloqueados, mas por cada prova superada ganham uma fotografia exclusiva da temporada do Moto GP.

Na secção de ligação à rede, para corridas em grupo, não sobram fortes motivos para festejar dado que escasseiam opções para além das corridas rápidas. Sem hipótese para disputar um campeonato, cedo paira uma sensação de fraco acabamento e nem mesmo a escolha da mota utilizada no modo carreira, com o nosso “set up” preferido, é suficiente para justificar interesse nas corridas on-line. É um mal que parece invadir alguns jogos oficiais deste cariz: os produtores limitam o conjunto de opções às corridas e respectivos campeonatos. E nem mesmo o modo carreira atinge a versatilidade desejável, numa montra de serviços mínimos, que em pouco tempo tende a ser repetitiva.

Nicky Hayden levanta a roda. Punho a fundo.

Contudo, é na jogabilidade que pode renascer o interesse. Em primeiro lugar há que separar as águas. Jogar Moto GP com domínio arcade é deveras fácil, simples e ao seu tempo entediante. Basicamente significa arrancar e ganhar, levando tudo à frente. Por isso, e bem, os produtores transpuseram a fronteira do rigor para uma abordagem avançada (intermédia) e à beira da simulação, tornando a experiência tão mais exigente como frustrante.

Acredito que jogar Moto GP 08 só faz sentido quando chegam à memoria as derrapagens do mestre Gary McCoy, ele que no Autódromo do Estoril, há uns anos, emoldurou as bancadas em delírio por tão soberbas derrapagens. Neste jogo a física coaduna-se com tal espectáculo, proporcionando coices, sacudidelas e momentos aflitivos, especialmente nas motos a quatro tempos, quando se tende a puxar pelo acelerador no preciso momento da saída da curva. De certo modo o comportamento das motas tem aspectos deveras realistas, principalmente ao nível da aceleração, quando à saída das curvas gera toda a instabilidade e trepidação, sendo o pneu traseiro o primeiro a acusar excesso de confiança. O deslize vai até à medida do compatível, mas acelerar quando ainda se está deitado numa curva, é nota suficiente para a moto perder a aderência e fugir das mãos do piloto. Punho a fundo significa também excesso de tracção e muitas vezes o pneu acaba por levantar, numa roda no ar indesejável.

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MotoGP 08

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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