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Lips

Chamar a música!

A descoberta de um negócio rentável e lucrativo desperta uma onda de cobiça, tal como no filme Treasure of The Sierra Madre, quando três sócios decidem subir as montanhas à procura do ouro dourado (passem o pleonasmo) e em breve acabam por ter a morder os calcanhares bandidos e outros sujeitos à procura do mesmo objectivo, e para não bastar eles reclamam uma porção da totalidade sob pena de tornarem pública a caça ao ouro. Não é que tenha mel, nem o tesouro esteja amaldiçoado, até porque há uma tendência para combater mercados monopolistas, por isso e apesar de chegar como novidade nem foi assim uma grande surpresa quando na pretérita E3 os responsáveis da Microsoft anunciaram que chegaria às lojas, bem junto das festividades natalícias, o jogo de karaoke Lips para a Xbox 360 destinado a posicionar-se como directo concorrente de Singstar, o título papão da Sony que comanda desde 2004 o segmento dos jogos casuais de teor musical.

Para a Microsoft, Lips é o resultado de uma compreensão definitiva sobre o mercado de jogos casuais e apesar da Sony ter investido em várias edições de Singstar, com lançamentos exclusivos de determinadas bandas e com um rol quase infindável de músicas à disposição, há sempre espaço para um novo concorrente na cidade e em grande medida vem dar resposta ao interesse dos titulares da Xbox 360 que falhavam em tomar contacto com estes jogos moldados para primordial utilização entre amigos, em família ou no decurso de uma festarola.

Já não há consolas exclusivamente “hardcore”, apenas voltadas para o mercado de jogos caseiros mais tradicionais e, assim, tal como sugere o vídeo de apresentação de Lips, é possível fazer levantar as pessoas do sofá e deslocar para um plano secundário o normal controlador. Com o microfone em punho e acompanhando a letra de conhecidos e extensos temas musicais, ainda que rareie boa voz e arte para cantar em público nos grandes palcos, qualquer pessoa pode aceitar equiparar-se, sem receio, com muitos artistas e compositores que habitualmente desfilam em canais televisivos de música.

Pontos pela boa actuação merecem relevo na composição visual do jogo.

Pensar, no entanto, que acompanhar com a voz as canções de Lips representa tudo neste jogo dá engano. O objectivo continua a passar essencialmente pela colagem da voz o mais próximo possível da emitida na gravação, em plena consonância com a sequência da letra, mas o sensor de movimentos instalado nos microfones suscita uma abordagem diversa e mais profunda do que se pode jogar em Singstar, permitindo que o vocalista efectue determinados gestos, em momentos devidamente assinalados, para assim melhorar a performance e adquirir um outro ânimo. Além disso e para dar ritmo à música o vocalista pode agitar o microfone, criando sons de pandeireta, maracas e palmas que aplicados no momento oportuno acabam por traduzir uma prestação positiva no termo da música sob a forma de medalhas de actuação. E finalidade semelhante acaba por sobrar para o comando da 360 que se presta a gerar reacções e sons distintos como o incentivo do público. Havendo mais pessoas no espaço todos podem interagir com as canções, fazendo parte do resultado final.

Em termos práticos a pontuação obtém-se a partir de vários elementos dinâmicos como a entoação de voz, sincronização com a letra, vibrato e movimentos feitos com o microfone durante a actuação. Quanto melhor for o resultado em todos os parâmetros mais medalhas serão coleccionadas pois para cada elemento de valoração há uma medalha garantida. O sistema “pitch” acaba por ser bastante similar à interface proporcionada em Singstar.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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