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Ice Age: Dawn of the Dinosaurs

Viagem ao mundo dos dinossauros!

Nesta terceira versão de Ice Age, a série de animação por computador, irão seguir de perto as aventuras de Scrat e restante comandita através de um novo percurso que se estende até ao centro da terra. Por entre cavernas e grandes jazigos moram dinossauros. Vivem no seu mundo, sobrevivendo à custa do calor da lava e imunes aos severos efeitos do gelo que cobre a superfície do planeta. Envolvidos em permanentes perigos provocados por criaturas pré-históricas, os nossos protagonistas tentarão encontrar forma de regressar à superfície, sãos e salvos, sendo que nesse périplo não faltarão momentos de grande intensidade e rebuliço como é apanágio das duas primeiras entregas de Ice Age.

Tendo sido lançada a versão jogo de vídeo em simultâneo com a película cinematográfica não poderia deixar de existir uma grande margem de cruzamento entre ambos, pelo que se já viram o filme no cinema não terão qualquer dificuldade em resgatar o teor da narrativa. Se ainda não o fizeram este jogo pode despertar a curiosidade em descobrir mais sobre as seis personagens que terão possibilidade de controlar numa aventura que apesar de curta tem a vantagem de providenciar uma sã diversidade

Ice Age 3 facilmente ganha guarida junto dos primitivos jogos de plataformas a 3 dimensões. No entanto é exagerado rotular esta obra como sendo estruturada unicamente em função da exploração dos cenários através de apressadas corridas e saltos para atingir zonas aparentemente inacessíveis. Embora seja um jogo curto e menos exigente no confronto com inimigos e superação de obstáculos, naquilo que traduz uma direcção para um público alvo específico, nomeadamente de tenra idade e a dar os primeiros passos na nova geração, certo é que a seu tempo consegue impressionar com níveis alguns mais longos que outros, mas num bom balanço entre exploração, plataformas, tiro ao alvo e outros segmentos que funcionam como mini-jogos, como as secções em que o Sid rola sobre os ovos de dinossauro entre escarpas e zonas íngremes cobertas de neve para os guardar numa zona tranquila.

Corre Sid, corre!

Mas Sid não está só nesta aventura. Com ele outros “amigalhaços” seguem na demanda. Manny o grande mamute, sempre protector e a zelar pelos interesses da família (Ellie é a esposa), Diego o veloz Tigre da neve, Buck o nato e destemido explorador com pala no olho e Scrat e Scratte dois esquilos que nutrem uma paixão incomensurável mas que facilmente descamba numa luta fratricida quando disputam com uma sofreguidão a posse por uma bolota, o alimento mais apetecido de ambos. Scratte como que tem rímel nas pestanas. E logo seduz Scrat, que encantado por aquele instante perde a atenção pela bolota e deixa-a fugir. Além disso esta dupla insaciável é protagonista durante algumas secções concebidas sobre a forma das plataformas a duas dimensões. Nessas porções de desafio a música encanta e molda-se bem à feição e estilo dos protagonistas.

Essa acaba por ser uma das virtudes de Ice Age 3, a adequação dos níveis ao estilo e carácter das personagens. Infelizmente Diego, muito lesto e poderoso intervém poucas vezes, resumindo-se o seu plano de acção à caça que dedica a uma gazela. A maior parte do tempo será dispendido em torno de Sid e Buck. O primeiro é mais pesado e vagaroso, mas dá um copo de comédia pela forma como reage aos obstáculos e faz comentários às situações em que se vê inserido. Buck é o herói por excelência. Não rejeita um combate com o mais temível dinossauro nem que tenha de voltar atrás para acabar de vez com ele.

O espertalhaço Buck com o lança-projécteis em riste.

Cada personagem tem um indicador de vida que pode ser ampliado se despenderem determinadas quantidades de maçãs e cerejas (estão espalhadas em grande número pelas áreas) junto dos vendedores ocasionais, que as trocam por alguns benefícios como diamantes, níveis para múltiplos jogadores, novos mecanismos para os objectos de ataque que têm em mãos, etc. Estes utensílios de ataque são particularmente úteis para facilitar o combate com aranhas, abelhas, pequenos ou grandes dinossauros e criaturas de fim de nível. Entre esses objectos conta-se uma cana que dispara projécteis, outra que funciona como um jacto de água para revitalizar folhas das árvores. Em suma objectos muito simples, quase minimalistas, mas bem adaptados ao contexto das áreas.

A dificuldade dos diversos desafios é mínima e para alcançar os objectivos mínimos não precisarão de muito mais que umas três horas de jogo. Ainda assim se quiserem preencher a lista de cristais terão de arrancar para uma segunda volta e no final terão à disposição a repetição de alguns níveis a serem cumpridos dentro de um tempo limite, para lá dos níveis escolhidos para múltiplos jogadores. Por isso esta obra é dirigida para um público alvo de tenra idade que encontra uma complexidade na progressão na justa medida do desenvolvimento das suas habilidades.

No final, Ice Age Dawn of the Dinosaurs chega como uma proposta bastante equilibrada e com um design e arte muito próximo da fita de cinema que lhe está associada. Não deixa de ser uma obra demasiadamente curta e de pouca dificuldade para uma audiência adulta, mas para o “focus group” na casa dos sete a dez anos de idade é seguramente um valor seguro e uma boa proposta de entretenimento. Mas até para os mais velhos não deixa de ser visível uma coesão, harmonia na construção do jogo como sucedeu, em tempos, com outros clássicos, como o Lion King. E não se pode deixar de salientar a banda sonora nos níveis de Scrat e Scratte (bem como no geral). De uma enorme adesão.

6 / 10

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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