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Guitar Hero: Van Halen

As cordas estão enferrujadas.

A série Guitar Hero está de volta com mais música, depois de GH Aerosmith e GH Metallica, desta vez o jogo é dedicado à banda Van Halen, uma grande banda de Hard Rock dos anos 70 e 80. O mercado de videojogos está saturado de tantos lançamentos de jogos de música, em tão pouco espaço de tempo, isso prejudica principalmente a evolução da série, já que a maioria dos jogos não apresenta diferenças significativas.

É o caso de Guitar Hero: Van Halen, que não possui uma versão tão caprichosa quanto as versões anteriormente descritas. Van Halen foi uma banda de enorme sucesso principalmente nos anos 80, a loucura em torno da banda era incrível. Mas tal como muitas bandas, conforme vão envelhecendo o sucesso vai acabando, o mesmo parece estar a acontecer com a série Guitar Hero.

Para muitos e principalmente para os mais novos, o nome Van Halen pode não significar nada ou muito pouco, mas na verdade muitas das suas músicas fizeram um enorme sucesso no nosso país. Para além das roupas que não passaram despercebidas, a banda era principalmente reconhecida pelo excelente guitarrista Eddie van Halen, considerado por muitos o melhor guitarrista do mundo.

Um verdadeiro macho mostra os seus pelos.

O esquema do jogo é o habitual, podemos usar todos os instrumentos como a guitarra, microfone e bateria, para acertar nos botões coloridos que vão caindo. Nada de novo existe nos modos de jogo, continua haver o online, o “Head to Head” para jogar contra um amigo, “Music Studio” onde podemos criar as nossas músicas. O modo já mais que conhecido “Quick Play”, para um começo rápido e por último o modo “Career”, que tal como os anteriores temos de tocar para ganhar estrelas, para assim desbloquear novas avenidas. Mas aqui peca em vários pontos, primeiro porque não existe uma história sobre a banda consoante vamos avançando no jogo, segundo porque não existem objectivos ou prémios significativos para que incentive o jogador a jogar e em terceiro porque existem poucas avenidas, ficando com uma sensação no final de um jogo inacabado.

Guitar Hero: Van Halen apresenta 47 músicas sendo que a maioria, como é claro, são da banda em destaque. Mas pelo meio temos músicas de bandas que nada têm a ver com Van Halen, como Blink 182, Foofighters, Killswitch Engage, Queen, Offspring, Lenny Kravitz, entre outros. Quanto às músicas de Van Halen, o jogo varreu por completo a passagem dos vocalistas Sammy Hagar e Gary Cherone, assim como a participação do baixista Michael Anthony, isso parecem causar um buraco no jogo. Para piorar as coisas, a Activision nunca conseguiu os direitos das músicas criadas após o vocalista David Lee Roth deixar a banda. Apesar de as músicas dos outros dois vocalistas não serem das melhores da banda, sempre era melhor que algumas músicas de outras bandas no jogo.

Portanto, Guitar Hero: Van Halen só contem músicas com vocais de David Lee Roth e ignora completamente todas as outras. Podem esperar por hinos tais como, “Panama”, “Jump”, “Eruption”, “Hot for Teacher”, “Ain’t talking About Love” ou “You Really Got me”. Apesar da curta passagem de Cherone e a época de Hagar ter sido marcada pelas baladas, como jogo deveria se propor a contar a história da banda e isso não acontece em nenhuma parte do jogo.

Preparem os dedos, Eddie Van Halen está de volta.

O bom é mesmo a variedade de músicas excelentes de Van Halen, principalmente para aqueles que procuram um bom desafio. Elas apresentam uma grande diversidade de dificuldades durante a música, sendo capaz de iniciar calmamente sem dificuldades, como de repente aparece um solo incrível de ficar com os dedos a cheirar a queimado. Por exemplo a música “Eruption”, que é apenas um longo solo inventado pelo grande guitarrista Eddie Van Halen, consegue levar qualquer um à loucura, um grande desafio para quem procura dificuldades.

No final só podemos dizer que a Activision lançou para o mercado um jogo sem qualquer esforço, nem teve tempo para adicionar todas as funcionalidades e novidades de Guitar Hero 5. O jogo não permite a compra de novas músicas, o modo carreira não apresenta qualquer vídeo sobre a história da banda, nenhum extra ou prémio é ganho após percorrer o modo carreira, muitas músicas da banda foram deixadas para trás e substituídas por músicas sem qualidade. Em termos gráficos nada mudou, mantendo o visual dos anteriores jogos, o som está muito bom, com as músicas mais antigas a exibirem um som bem trabalhado. Ao comparar com Guitar Hero: Metallica, este Guitar Hero: Van Halen parece inacabado ou simplesmente uma demo. Se a Activision não procurasse lucros, este jogo podia muito bem sair num DLC.

6 / 10

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In this article

Guitar Hero: Van Halen

PS3, Xbox 360, PS2, Nintendo Wii

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Sobre o Autor

Arnaldo Leite

Contributor

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