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Dragon Age: Origins

O regresso ao passado.

Esta é a análise da versão PC.

Aqui estamos nós mais uma vez perante um grandioso projecto da conceituadíssima BioWare. Sempre que ouvimos falar em role-playing game e o nome desta produtora, quase que temos a certeza que estamos perante um produto de qualidade. Dragon Age: Origins é uma fortíssima aposta da Electronic Arts para o final deste ano de 2009, com lançamento para três plataformas, Xbox 360, PC e PS3, sendo que a versão para a consola da Sony foi adiada para o dia 20 deste mês.

Os jogos RPG têm demonstrado uma enorme versatilidade e um grande crescimento no mercado actual, de onde destaco sucessos como Fallout 3 e Mass Effect. Muitos outros jogos, de géneros bem diferentes, têm vindo “beber” elementos aos RPGs, onde a progressão no jogo recompensa o jogador com experiência e consequente evolução.

Como já referi, Dragon Age: Origins é uma grande aposta da BioWare que marca um certo regresso às origens desta produtora, aposta essa que está de certa forma “assombrada” por séries de sucesso, como Neverwinter Nights e Baldur's Gate. Todos sabemos da qualidade destes dois títulos, mas será que esta espécie de “sequela” de Baldur's Gate é uma digna sucessora deste longo legado? Infelizmente não o é, pois Dragon Age: Origins falha em vários aspectos que definem um bom RPG, aspectos que vão desde o grafismo até à própria jogabilidade.

O jogo está recheado de violência.

Nesta aventura, somos transportados para um mundo negro e violento, recheado de misticismo, onde a luta entre o bem e o mal é mais uma vez o mote para uma estória épica. No início do jogo temos que escolher o nosso personagem, essa escolha irá influenciar todo o enredo, sendo uma das mais-valias de Dragon Age: Origins, pois confere-lhe uma longevidade colossal, entre 50 a 100 horas de jogo.

Ao nosso dispor temos três tipos de raças (Humanos, Elves e os Dwarfs), três classes (Mage, Warrior e Rogue) que possuem seis tipos de backgorund. Como já referi, a escolha que efectuamos irá influenciar toda a estória do jogo, que possui seis enredos distintos. Poderia estar aqui a descrever qual o enredo de cada um dos personagens, mas seria estragar a surpresa a quem adquirir o jogo. Posso dizer que a introdução é diferente para as seis configurações possíveis das respectivas classes, e a evolução durante o jogo também o será. Somos colocados em contextos diferentes mas todos eles relacionados com a estória principal.

Não é uma boa ideia utilizar o Arco em combates mais próximos.

Estamos perante um RPG clássico, com muita acção, muitos diálogos e um enredo riquíssimo. Os ingredientes que definem um bom RPG estão todos aqui, mas a sua “confecção” não foi a melhor. O jogo parece despido de inspiração, com falta de alma e visão. A juntar a esta sensação temos vários problemas relacionados com a jogabilidade e um grafismo que varia entre o belo e o mediano.

O mundo de Dragon Age: Origins é imenso, com várias localidades, vários submundos e muita exploração a fazer. O detalhe artístico empregue pela BioWare, quer na concepção visual e na construção de personagens/criaturas, é imenso. Mas todo este detalhe é desprovido de “alma”, sentimos um vazio durante a nossa progressão. Este vazio começa logo pelo ar robotizado dos personagens, que assumem posturas de autênticos manequins de uma vitrina de loja de roupas. A postura é idêntica em todos eles, com fracas expressões faciais mesmo quando estamos em momentos dramáticos. É ridículo observar uma personagem a gritar ou a gemer de dor, e a sua expressão não coincidir com esse estado de espírito, este é um bom exemplo da falta de “alma” que o jogo transmite.

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In this article

Dragon Age: Origins

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
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Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.

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