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Darksiders

O Apocalipse chega a tua casa.

War possui um enorme leque de movimentos, tanto no solo como no ar ele consegue esquivar-se dos inimigos, com a sua enorme espada disfere ataques que atiram os inimigos para bem longe, ou eleva-os no ar, é uma boa oportunidade para aplicar alguns combos e destruí-los antes de caírem no solo. Em alguns dos cenários, na terra, a destruição é imensa, por isso podemos pegar em carros, cadeiras, mesas, postes de luz e muitos outras coisas, para usar como arma de arremesso, ou simplesmente dar com esses objectos na cabeça de todos os demónios e anjos que aparecerem pela frente.

Estes objectos são muito úteis, tanto para matar os anjos, que são chatos e só sabem voar, como para matar os demónios de grande porte, são mais difíceis de destruir mas ao mesmo tempo mais lentos, ou seja, dá tempo para apanhar objectos e atirar sobre eles. Com o botão L2 fixámos automaticamente o inimigo, sendo mais fácil de atirar objectos e mais fácil de os combater directamente. É essencial fixar os inimigos, porque muitas vezes não sabemos qual o seu próximo ataque, depois de pressionar o botão a câmara aproxima-se sobre ele, sendo assim mais fácil de esquivar e contra-atacar. Mas existem movimentos que não estão relacionados com as lutas, em certa parte do jogo ele obtém umas asas que o ajudam a alcançar locais que anteriormente eram inacessíveis, também é um nadador nato, a profundidade e a respiração não têm limite.

Como diria Jaime Pacheco: Os bosses querem-se grandes e feios.

Como todos os jogos deste género, War tem à sua disposição armas principais e secundárias, upgrades, itens, artefactos e habilidades. No início apenas temos a espada, mas ao longo da história vamos recolher algumas armas de bosses que derrotamos, consoante o número de vezes que as utilizamos, estas sofrem um aumento de nível, mas também podemos comprar novos movimentos de ataque para cada arma e aumentar o seu nível. Uma arma secundária interessante é a Crossblade, uma espécie de bumerangue com quatro lâminas, que é essencial para abrir portas, também é importante para atacar inimigos, porque consegue fixar a mira em vários adversários (Zelda!!??) ao mesmo que é lançada, depois podemos atacar com outra arma. No desenrolar do jogo é fundamental descobrir as dez peças que constituem a Abyssal Armor, essas peças irão transformar-se na armadura perfeita e vital para War. Aos poucos todo o seu corpo ficará protegido e ao completar as peças War ficará semelhante a uma espécie de Robô, mas algumas das peças são essenciais para abrir novas passagens, como por exemplo para destruir cristais de gelo.

Além disso, também é importante a compra de itens consumíveis para restaurar a barra de energia, a barra de ira e novos poderes. Um dos poderes é o Chaos Form, é uma transformação espectacular de War num animal enorme em chamas, que destrói tudo a sua volta, esmagando os seus inimigos como formigas, mas infelizmente essa transformação apenas demora alguns segundos. Para poder adquirir tanto itens como upgrades, temos de recolher todas as almas dos adversários vencidos de cor azul, as almas de cor verde são energia e as amarelas estão relacionadas com a ira.

War não tem medo de ninguém.

No entanto as lutas em Darksiders tornam-se repetitivas e um pouco aborrecidas, mas compensa com uma enormidade de adversários gigantescos e diversificados. As lutas são rápidas, simples e bonitas de se ver, algo que não acontece com os gráficos, muitas das texturas são fracas e os efeitos de luz poderiam ser melhores. O nível do efeito de escada das arestas é alto, sendo uma das coisas que se nota de imediato quando começamos jogar. Apenas escapam as personagens que se apresentam bem detalhadas, tal como o design artístico de cada uma delas, Joe Madureira teve uma visão diferente e apurada de como deveriam ser as personagens.

Darksiders pode não ser um dos melhores jogos de sempre, mas traz algumas novidades que elevam o género a um novo patamar. Esta mistura de vários títulos fez deste jogo algo de diferente, com uma história, que talvez não seja totalmente original, mas diferente dos outros títulos do género e com uma trilha sonora adequada. Uma jogabilidade divertida e viciante que nos prende até ao final do jogo. Os cenários são diversificados e enormes, mas o desejo de os explorar peca por não haver muitos quebras-cabeças. Claro que existem alguns defeitos, como as lutas finais com os bosses, que deixam muito a desejar. Os gráficos poderiam ser mais detalhados, algumas partes do jogo sofrem quebras de fluidez e as lutas vão-se tornando repetitivas. Darksiders não é um jogo curto, mas as cerca de 15 horas passam demasiado rápido. A Vigil Games conseguiu criar um título divertido, com muitas boas ideias que poderão ser aprimoradas num próximo jogo.

8 / 10

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In this article

Darksiders

PS4, Xbox One, PS3, Xbox 360, Nintendo Wii U, PC

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Sobre o Autor

Arnaldo Leite

Contributor

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