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Dark Void

Perdidos no tempo.

O JetPack traz uma maior liberdade e formas de abordar cada combate. Em zonas apertadas, podemos saltar, dando pequenos impulsos com o jacto, sendo possível voar na vertical, de frente para a acção, ou deitados em pleno voo a jacto. Podemos também planar ficando suspensos para uma melhor vista de ataque.

O uso do Jetpack nas suas diversas vertentes é o expoente máximo em Dark Void, sendo fantástico o seu uso, a agilidade e facilidade com que saltamos para um abismo e começamos a voar é muito recompensadora. É um prazer sentir que podemos voar de forma real, pois as subtilezas das mudanças de direcção, voar de costas e ter a sensação de olharmos para algo distante, como por exemplo uma plataforma, ou uma rocha, e saber que podemos chegar lá e percorrer a zona a pé. Existe uma liberdade tremenda ao usarmos o JetPack, sendo que podemos escolher a forma de ataque. Tudo corre de forma fluída e com muita acção.

Posso dizer que Dark Void vive muito da sua jogabilidade, sendo ela muito intuitiva, fácil como um todo, mas que precisa de se aprender a tirar proveito e desfrutar do que o pessoal da Airtight Games produziu para nós.

Bons efeitos de luz.

Graficamente o jogo não compromete, mas não é nada que não tenhamos visto no ano passado. Existem zonas com bons efeitos de luz, nomeadamente nas zonas de voo e lutas contra as naves extraterrestres. Mas por outro lado os cenários são um pouco básicos, e comparando com a oferta actual, as confrontações seriam demasiado penosas para o jogo. Os movimentos das personagens são um pouco à cartoon, com passos largos e movimentos rápidos, interessante no início mas irritante passado algum tempo. Embora as animações das faces em termos de voice acting sejam razoáveis, os textos e enredo são perfeitamente banais, nunca nos conseguindo agarrar ao jogo nesse aspecto. O suposto romance com Eva é cativante.

Os níveis são lineares, não que isso seja em si algo de mau, mas juntando a isso inimigos que se comportam sempre da mesma forma, onde as instruções de movimentos se baseiam unicamente em ir de um ponto X a ponto Y, não traz novidade nenhuma nos níveis seguintes. Varia um pouco nas lutas contras os bosses de grande porte, mas os mesmos são também demasiado estáticos, bastando um pouco de paciência para os poder derrotar. Saliento, e voltando a glorificar o sistema de jogo em termos de passagem de vertical de voo para horizontal no terreno, algumas batalhas são muito interessantes, pois teremos que lutar no ar e após completarmos alguns objectivos temos que lutar contra os bosses em terra em pequenas sequências de QTE. Tudo bastante simples e intuitivo, mas ao mesmo tempo muito pouco desafiador.

Nem tudo são rosas em Dark Void. A sensação que fiquei é que existe aqui um potencial imenso, um jogo que poderia ser muito mais que umas horas de divertimento. O jogo é extremamente simples na sua concepção, parecendo que os produtores não quiseram arriscar em nada, nem ir mais longe do que o que já se tem feito há três anos para cá. O sistema de voo está interessante, mas não passa disso, deixando uma angústia no jogador, pois sei que existe potencial para muito mais.

6 / 10

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In this article

Dark Void

PS3, Xbox 360, PC

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Sobre o Autor
Jorge Soares avatar

Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.
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