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Crisis Core: Final Fantasy VII

SOLDIER, aspirante a herói.

Este sistema é também, por estranho que pareça, responsável por fazer Zack subir de nível. Não sendo completamente aleatório, a verdade é que está totalmente fora do controlo do jogador. Uma adição engraçada – quem não aprecia ter uma slot a correr em pano de fundo durante as batalhas... – que serve bem o seu propósito, e, sinceramente, que não importa muito compreender.

Algo que imediatamente chama a atenção são os detalhados modelos dos personagens e a qualidade dos gráficos em geral, que contribuem muito para o jogo como um todo. Enquanto que a maioria das cutscenes se servem do motor de jogo, vários filmes em CG são também utilizados em momentos chave para um efeito mais contundente, tal como é já hábito da Square-Enix.

E por vezes é toda esta riqueza e, principalmente, variedade nos locais visitados ao longo do jogo que ajuda a ignorar a ocasional utilização em excesso de certas texturas ou o vazio de algumas localidades.

O jogo está dividido em capítulos, com o progresso nestes directamente ligado à história. Em cada capítulo apenas temos acesso a uma mão cheia de localidades e, apesar de ser habitual existirem algumas áreas opcionais a explorar, a forma como a história condiciona os nossos movimentos faz com o que jogo seja bastante linear.

É também dada a opção de fazer missões opcionais, que vão sendo progressivamente desbloqueadas com o progresso no jogo. Disponíveis em qualquer “save point”, são ideias para a vertente “portátil” deste jogo, sendo normalmente curtas e de objectivos simples. A única real critica que lhes pode ser apontada é que os locais das missões são poucos e labirínticos. O que muda entre missões no mesmo local é as áreas deste a que podemos aceder; mas tendo em conta a quantidade tremenda de missões por fazer (mesmo que a maior parte delas sejam versões mais exigentes das anteriores) é um compromisso compreensível.

Sephiroth tem um papel muito activo ao longo do jogo.

A história tem altos e baixos. Por um lado a mediocridade de diálogos e motivações, por exemplo, quando somos confrontados com um personagem que insistentemente cita uma obra literária ou somos presenteados com viragens no argumento que pouco ou nenhum sentido fazem. Por outro a inesperada sinceridade do convívio do personagem principal com o seu mentor – Angeal – e a inegável força do segmento final do jogo.

Completar o jogo, sem prestar atenção às muitas missões opcionais, é tarefa para cerca de vinte horas, sendo que completar, efectivamente, as missões opcionais adiciona, facilmente, mais duas dezenas de horas a esse valor. Juntem a isto duas dificuldades diferentes (opta-se entre elas apenas no inicio do jogo) e a possibilidade de fazer um New Game+, ou seja recomeçar o jogo com os itens e materia com que o terminaram e é óbvia a considerável longevidade do título.

Por fim fica uma nota para a excelente banda sonora, que não só acompanha de forma magistral as cutscenes e todo o desenvolvimento da história como oferece uma boa selecção de músicas mais mexidas para as batalhas. Fãs do original, preparem-se para elevadas doses de nostalgia.

Experiência inconstante, o competente sistema de combate assegura diversão. Este é um jogo que tendo, assumidamente, várias limitações, cresce pelos seus pontos altos, aqueles que realmente deixa ao jogador, para ele mais tarde recordar. Extremamente recomendável para fãs do jogo que originou a compilação, os possuidores de uma PSP têm aqui uma proposta interessante. Para fãs do género e não só.

8 / 10

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