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Condemned 2: Bloodshot

Tenham medo, muito medo...

Excelente também está o sistema de investigação no local de um crime, que também estava presente em Crime Origins. Em Bloodshot a investigação foi um pouco mais aprofundada tornando-se menos linear e mais intuitiva. Temos ao nosso dispor duas ferramentas para levarmos a cargo essa tarefa, uma máquina fotográfica e um dispositivo ultravioleta. No local de um crime temos sempre várias opções de investigação e de resposta a perguntas que nos são colocadas. Apesar de por vezes não acertarmos nas respostas o desenrolar do jogo em si não será influenciado, pois rapidamente somos corrigidos pela nossa assistente. Crimes horrendos são cometidos, desde decapitações, mutilações, esventramentos e nós temos que os desvendar. Esta é uma das partes do jogo que marca bem a violência presente em Bloodshot.

A Monolith introduziu uns pozinhos de RPG em Bloodshot. No final de cada nível são apresentadas as respectivas estatísticas, que vão influenciar na qualidade do upgrade que vamos adquirir. A qualidade de uma investigação, as respostas rápidas dadas ao longo desse nível, a destruição de uns estranhos dispositivos que vamos encontrar ao longo do jogo e a quantidade de rádios e televisões que conseguimos encontrar e a sua respectiva sintonização com a antena. Tudo isso vai influenciar essas mesmas estatísticas e consequentemente o nosso upgrade.

Bloodshot é sem dúvida um jogo com uma elevada carga psicológica. Ambientes pesados, obscuros e uma sonoridade a condizer. Visualmente o jogo não é um estado de arte, grafismo um pouco aquém do que estávamos à espera. Texturas com pouco detalhe, personagens relativamente bem recriadas e uns efeitos de sombra um pouco estranhos. Em certos locais as sombras praticamente não existem, uma luz incide sobre um determinado objecto mas a sua sombra como por milagre não está lá. A fluidez por vezes deixa um pouco a desejar, com quebras bem patentes. Apesar da qualidade gráfica não ser um primor cumpre bem as suas funções no que toca a recriar um ambiente aterrorizador e sombrio. Para esse efeito muito contribui a sonoridade do jogo, que está a um excelente nível. É assustador ouvir vários inimigos ao mesmo tempo a correr atrás de nós, fugimos a sete pés na esperança de os despistarmos. Quando pensamos que o conseguimos rapidamente ouvimos o som de um martelo a voar contra as nossas costas lançado com toda a violência, uma experiencia bem desagradável.

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Para além da boa campanha Singleplayer a Monolith introduziu mais alguns modos de jogo que dão a Bloodshot mais alguma longevidade. Temos o modo Multiplayer que está dividido em quatro. Crime Scene, Bum Rush, Deathmatch e Team Deathmatch respectivamente que permitem até 8 jogadores ao mesmo tempo. Não podíamos deixar de referir a fraca qualidade do modo online de Bloodshot, salas com muita “lag” e alguma confusão no combate corpo a corpo. Por fim temos o modo Bloodshot Fight Club onde temos à nossa disposição várias missões que testam bem a nossa agilidade e perícia em combate, interessante para descarregar as frustrações de um dia de trabalho.

Condemned 2 Bloodshot revelou ser uma experiência alucinante e perturbadora. São estes jogos que nos fazem pensar nas atrocidades que o ser humano é capaz. A Monolith conseguiu pegar no que de bom já existia em Condemned: Crime Origins, fazendo deste jogo uma sequela que supera o seu antecessor. Em Bloodshot a sensação de que estamos mesmo no jogo é bem real, tudo foi criado pela Monolith com esse objectivo. A movimentação bem realista de Ethan é bem o exemplo desse objectivo. Nada em Bloodshot é demasiado fácil, uma simples corrida, um simples ultrapassar de obstáculos revela-se uma tarefa bem real. Com um grafismo a condizer, uma sonoridade de excelente qualidade, uma boa longevidade e alguns conteúdos extra fazem com que Condemned 2 Bloodshot se destaque pela positiva. Um jogo a não perder pelos amantes deste género.

8 / 10

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In this article

Condemned 2: Bloodshot

PS3, Xbox 360

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Adolfo Soares avatar

Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.
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