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Codename Panzers: Cold War

Criatividade congelada.

Ultimamente tem chegado uma boa quantidade de jogos de estratégia que tem dado continuidade ao excelente legado deste género na plataforma de jogos que é o PC. Recentemente tive em mãos um dos jogos que marcou pela positiva este início de 2009, estou a falar como é óbvio de Empire: Total War.

Para os mais distraídos relembro que Codename Panzers é um nome que já anda por estas andanças desde 2004, ano em que foi lançado o primeiro jogo da série que assenta toda a sua ênfase no controlo de unidades militares. Este Codename Panzers: Cold War é fiel aos seus antecessores, mantém o estilo de jogo e todas as suas características.

Codename Panzers: Cold War transporta o jogador para um palco de guerra onde as forças da NATO combatem as do bloco Soviético em plena guerra fria. Estes acontecimentos decorrem logo após a Segunda Guerra Mundial em que cada um dos lados tenta dominar uma Alemanha dividida.

Como já referi, este é um jogo fiel aos seus antecessores, a Innoglow pouco ou nada acrescentou a um jogo que de certo modo parou no tempo. Quando peguei em Cold War fiquei logo com a sensação de que se tratava de um jogo datado, onde inovação e até alguma audácia não estavam presentes.

Visualmente até não está assim tão mau.

O jogo oferece alguns modos, em Singleplayer temos o modo Campanha, um denominado por Cenários que nos permite escolher qual o nível que queremos jogar e o Skirmish onde podemos configurar vários aspectos de uma batalha num determinado mapa contra um ou vários inimigos.

O modo Campanha de Cold War é bastante simples e algo básico, temos sempre uma missão principal a cumprir e várias secundárias que nos dão alguma experiência extra. Temos que capturar postos estratégicos, eliminar inimigos que controlam uma zona e pouco mais. Outro factor que mais frustração causa neste jogo é a ausência de uma estratégia, podemos ir com as nossas unidades todas ao molho que o efeito é o mesmo. Não é necessário procurar locais para proteger as unidades, é andar sempre em frente e destruir tudo o que aparece. Os inimigos também contribuem para a festa, a sua IA é por vezes ridícula.

Antes de cada missão temos a oportunidade de configurar o nosso exército, fazendo upgrades e até contratar mais unidades. Temos ao nosso dispor vários tipos de veículos e infantaria. Temos tanques, APCs, bombardeiros, helicópteros, soldados de várias patentes, paramédicos e até engenheiros.

À medida que fui avançando no jogo verifiquei que as unidades da infantaria são praticamente inúteis, se tiver à minha disposição vários tanques e APCs tenho o exército quase perfeito para alcançar a vitória. É claro que não dá o mesmo gozo, mas cheguei à conclusão que é uma perda de tempo e recursos adquirir unidades que pouco ou nada contribuem para a vitória. Em relação ao modo campanha pouco mais há a acrescentar, como já referi é muito básico e muito pouco inovador.

Tudo ao molho e fé em Deus.

Como não podia deixar de ser temos também o já quase obrigatório modo Multiplayer, modo este que vem acrescentar algo mais a um jogo mediano. Neste modo podemos criar o nosso próprio jogo configurando os seus vários aspectos, e podemos também entrar para um criado por outro jogador.

Mas nem tudo é demasiado mau, graficamente o jogo até não borra muito a pintura. Temos uma boa caracterização das unidades, dos edifícios e alguns pormenores interessantes como as explosões e mesmo o efeito molhado da chuva. É claro que não é nada de extraordinário mas sempre ajuda a disfarçar um jogo que pauta pela mediocridade.

Tudo o que este Cold War tem para nos oferecer já foi visto e revisto vezes sem conta, estamos perante um jogo que peca muito pela falta de inovação, criatividade e até alguma audácia. Com um visual mediano onde até os vídeos de introdução são de uma qualidade no mínimo duvidosa. Codename Panzers: Cold War até pode ser algo divertido e atrair alguns jogadores menos exigentes, mas se querem um verdadeiro desafio não o vão encontrar. Estamos perante um jogo que nos diverte por uns momentos e que rapidamente cai no esquecimento.

5 / 10

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Adolfo Soares

Director

É o nosso homem do PC, por isso qualquer coisa é com ele. É também responsável pelo Eurogamer, bem como dá uma perna nas notícias.

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