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Clash of the Titans

Nem os deuses o conseguem salvar.

Para avançar no jogo temos que cumprir as quests propostas por outras personagens, mas mais uma vez a tendência para a repetição marca presença. As mais de 100 diferentes quests existentes podiam ser descritas como "vai a determinada localização no mapa matando tudo o que aparecer à frente". Não há grandes incentivos para manter o jogador interessado. Em algumas quests é possível escolher um companheiro para nos ajudar, nestes casos um segundo jogador pode-se juntar ao jogo, ou podem simplesmente deixar a IA controlar a personagem adjacente.

O jogo apresenta pouca dificuldade e passa-se bem a carregar freneticamente nos botões, isto muito por causa dos inimigos que raramente nos atacam e que se movem lentamente. As criaturas são facilmente derrotadas se utilizarmos certo tipo de arma contra elas, o único obstáculo é mesmo descobrir essa arma, o que não é muito difícil.

A estrutura de progressão é sempre a mesma, completar uma série de quests, derrotar um bosse e saltar para mapa seguinte. Os ambientes dos diferentes mapas têm temáticas variadas mas em termos gráficos e de design são pobres, não existem aqueles pequenos detalhes que ajudam a criar uma atmosfera envolvente. Tudo tem um aspecto deslavado e simplesmente não há vida nos cenários. A única coisa que se aproveita são as personagens e as criaturas que beneficiam da mitologia grega, que se destacam por ter uma qualidade visual superior aos restantes elementos gráficos.

A interacção entre as personagens é vergonhosa.

Na componente sonora Clash Of The Titans também não se safa. Algumas falas das personagens são precisamente iguais às do filme, a única diferença é que no jogo não há nenhuma emoção quando são pronunciadas. Os diálogos são feitos por turnos, às vezes desenrolam-se sozinhos mas outras vezes é necessário carregar no botão para avançar para a fala seguinte. A sincronização labial é inexistente, os diálogos acabam e as personagens continuam a abrir e a fechar a boca e se estiverem atentos vão reparar que durante as falas o queixo das personagens apenas se move de cima para baixo e vice-versa, o que mostra que nenhuma atenção foi dada às animações faciais.

Se tivesse uma curta duração, talvez este seria um jogo menos aborrecido, mas infelizmente, para chegarem ao final podem levar umas 16 horas. Duvido que se já tiverem visto o filme, tenham interesse em terminar o jogo, pois a conclusão da história é a única razão para querer chegar ao final.

Os aspectos negativos são algo abundante em Clash of the Titans, logo não é um algo que se possa recomendar, a não ser que sejam mesmo fãs de hack n slash e não tenham mais nada para jogar. A jogabilidade e as muitas armas que podem ser melhoradas são o que há de razoável, mas isso não é suficiente para elevar a qualidade jogo. Não posso deixar de dizer que sinto que Clash of the Titans poderia ter sido um jogo melhor se estivesse mais tempo no "forno". Alguns elementos provam que foi feito à pressa, mas isso é uma realidade nos jogos que são adaptações do cinema pois têm que ser lançados em conjunto com o respectivo filme.

4 / 10

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In this article

Clash of the Titans

PS3, Xbox 360

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Sobre o Autor
Jorge Loureiro avatar

Jorge Loureiro

Editor

É o editor do Eurogamer Portugal e supervisiona todos os conteúdos publicados diariamente, mas faz um pouco de tudo, desde notícias, análises a vídeos para o nosso canal do Youtube. Gosta de experimentar todo o tipo de jogos, mas prefere acção, mundos abertos e jogos online com longa longevidade.
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