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Call of Duty: World at War

Depois de Okinawa e Berlim, regressamos a casa.

Mas com tantos jogos que procuraram recriar as batalhas aero navais como a que aconteceu em Midway, está particularmente admirável a missão que leva ao afundamento de três grandes embarcações japonesas de guerra. Remetido para um avião robusto, anfíbio e repleto de pesadas metralhadoras junto às asas e na parte inferior do nariz, cedo o ataque aos navios alarga-se aos aviões Zero, autênticos Kamikaze que surgem às dez, duas e onze horas. Os voos rasantes dos Zero, relembrando aqui a mecânica de Afterburner com imensos abates aéreos, explosões par de metros à frente e com uma envolvente claridade do luar. Fantástica. Do outro lado e com os nazis encurralados, nem por isso a resistência é menor.

O avanço pelos cenários determina-se em bom rigor pela profundidade da actuação do jogador. Por algumas vezes o adversário abastece-se quase infinitamente de tropas, mas só quando for alcançado determinado ponto ou deflagrada uma bomba é possível contornar o checkpoint. Quase sempre cabe ao jogador dizimar a maior pressão dos adversários e infiltrar-se nas linhas da frente, tornando a missão mais arriscada e perigosa, apesar de estar geralmente bem servido pela actuação dos colegas controlados pelo computador.

Mesmo assim há adversários que não se escondem o suficiente, permanecendo erguidos à espera de uma bala com melhor pontaria, o que também não deixa de causar alguma consternação. No esquema de combate, nada de muito novo para quem já passou por Modern Warfare. Nos braços segue a maquinaria da época com manuseamento típico, sobrando ainda espaço na mochila para mais uma arma (trocável com as abandonadas pelos inimigos), granadas e outras com o propósito de libertar uma nuvem de fumo, impedindo que o adversário tope o avanço das tropas. De pé, agachados ou estendidos ao comprido no terreno, o sistema funciona como a série nos habituou bem há um ano, suave e preciso, fazendo de World at War um FPS muito competente e sem lacunas de maior.

Assim é mais fácil abrir caminho.

O armamento é variável e típico das facções em presença. As bayonetas japonesas são uma das novidades, para aquilo que é habitual no género e sempre sobra uma utilidade especial para o espeto na ponta do cano da arma na eventualidade de um combate corpo a corpo. Adição importante é o lança chamas, uma poderosa arma que permite brincar com o fogo, fazendo dos inimigos bolas de fogo e fumo móveis. Podem também pegar enormes labaredas à vegetação e às árvores, entre outras estruturas voláteis como casas de madeira. Já que o adversário dispõe de equipamento semelhante também terão de contar com a oposição dos lança chamas, mas nesse caso, para os erradicar e a quem estiver ao redor, o melhor é enfiar umas quantas balas nos depósitos de combustível para mais uma explosão ofuscante de efeito surpreendente. A intensidade do lume conjuga-se com o fumo negro, de espessura, denso, que com as típicas nuvens escuras da queima de combustível. Lidar com as granadas enviadas pelos inimigos pode ser uma dor de cabeça suplementar, já que o esquema é algo similar a uma partida de ténis, sendo possível em muitas situações enviá-las de volta, mas quando assim não acontece o aviso é para fugir antes de uma ceifa perfeita.

O motor gráfico é o mesmo que esteve na base de Modern Warfare, logo aí se pode comprovar como World at War segue as mesmas pisadas, assegurando um desempenho bem acima da média, com secções verdadeiramente impressionantes e sem que se detectem problemas de fluidez ou outras irregularidades. Por já ser habitual nos jogos da segunda guerra mundial a descrição de zonas citadinas, não é tanto ao abrigo da campanha soviética que o jogo revela pormenores com traço a novidade, excluindo provavelmente o avanço pelas linhas alemãs nas planícies Sallow, quando se vai na torre de um grupo de tanques soviéticos em marcha.

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Call of Duty: World at War

PS3, Xbox 360, PS2, Nintendo Wii, PC, Nintendo DS

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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