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Bionic Commando Rearmed

Completamente agarrados.

Sempre me considerei um jogador de meio termo. Aquele tipo de jogador que gosta de desafios mas que os encara de forma moderada. Sem a banalidade ou casualidade com que alguns gostam de abordar os seus jogos mas também sem chegar ao nível de alguns que se tornam obcecados pelas melhores prestações e pontuações. Gosto de jogar da melhor forma que me é possível e de vez em quando lá dou uma espreitadela aos quadros de pontuações, especialmente aos dos amigos, mas nunca me tornei num daqueles jogadores que se dedica a ser o melhor e a aprender todas as mecânicas e comportamentos que o jogo usa para nos tentar impedir de triunfar.

Dito isto, não é de estranhar que tenha um sentimento misto quando ouço falar em mais um clássico que é de alguma forma recuperado para os dias de hoje. Pensar naquela agonia causada pela dificuldade excessivamente elevada e frustração relacionada, não é propriamente a forma de diversão que mais facilmente procuro. No entanto, pensar na versão moderna destes clássicos como uma oportunidade de conhecer desafios que outrora não conseguiria experimentar, é também um grande incentivo. Até porque várias melhorias e novidades são acrescentadas para tornar a fórmula atractiva. Conseguir um equilíbrio entre a inclusão de novidades e actualização dos títulos com a magia e características do original, é um desafio enorme para os programadores que facilmente podem causar o descontentamento entre os nostálgicos ou nos que vão agora pela primeira vez conhecer o título.

Bionic Commando é um desses casos, um título de enorme fama mas o qual passou ao lado da maioria que agora dá uso a esta geração. Conhecido como um dos mais brilhantes jogos alguma vez feitos, e também como um dos mais difíceis, é chegada a oportunidade praticamente perfeita para o jogar. Bionic Commando vai regressar em breve, para Playstation 3, Xbox 360 e PC, sendo o clássico uma apresentação e ponto de partida para os novatos e ao mesmo tempo um serviço que a Capcom presta aos seus fãs.

Um dos fantásticos chefes de final de nível

John Spencer regressa para novamente se tornar na figura principal, sendo o seu braço a estrela. O elemento que marcou a diferença e ajudou a que se tornasse num clássico volta a fazer o mesmo passado cerca de vinte anos. Um dos melhores exemplos que se pode referir sobre a gloriosa arte de ressuscitar um clássico, Bionic Commando Rearmed é divertido, inteligente e desafiante. Facilmente nos traz à memória jogos de outrora. Uma espantosa construção de níveis, uma dificuldade acima da média e chefes de final de nível com um padrão que temos de descobrir para os vencer, são os elementos que fazem com que estejamos perante um jogo que se poderá tornar numa referência. Facilmente se coloca ao lado dos melhores jogos disponíveis nos serviços nos quais será disponibilizado.

A cada novo segmento e a cada novo movimento encadeado, a satisfação é contínua e crescente, a diversão instala-se e depois torna-se difícil a separação. Bionic Commando Rearmed é aquele tipo de jogo que deixa-nos com vontade de jogar sempre um pouco mais, mesmo quando perdemos várias vezes numa secção ou quando não conseguimos ultrapassar um obstáculo, a vontade de vencer prevalece. O fascinante equilíbrio entre satisfação e dificuldade é uma das suas maiores façanhas. Uma prova de como algo aparentemente simples e fácil de assimilar pode esconder profundidade e uma dificuldade digna de menção.

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Bionic Commando Rearmed

PS3, Xbox 360, PC

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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