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Battlefield: Bad Company

Mais vale só do que mal acompanhado.

Para além do portento tecnológico que é o Frostbite a nível de simular a destruição, temos que reconhecer que os cenários poderiam ser melhor recriados, e variados. Nomeadamente na escolha, propositada ou não, por parte da DICE de apenas se basear em um local de acção. Passado algum tempo de jogo, já começamos a ficar cansados de simplesmente ser sempre a mesma coisa, missão após missão.

Ora andamos por descampados, hora andamos dentro de pequenas vilas. Sendo um ponto extremamente negativo, a falta de um ambiente mais rico, com pormenores como chuva, noite, ou mesmo uma recriação mais fiel dos locais interiores simplesmente inexistentes. Esta é mais uma lacuna em Bad Company, não bastasse termos um enredo digno de um Razzie, tudo à nossa volta se torna monótono e cansativo.

Por falar em coisas más, e de acordo com o sub-título que dá nome a esta analise, mais vale sós que mal acompanhados. A razão desta companhia ser chamada de Bad, leva a crer que a própria DICE já sabia que era mesmo má. Mas não má no bom sentido, mas no sentido que de companhia nada tem. Nunca conseguimos ver nos nossos três companheiros uma inteligência artificial convincente, pelo contrário, apenas estão lá para atrapalhar. Quando precisamos de ajuda dos nossos companheiros ela é sempre inexistente, como por exemplo, vermos o Sarge perto de um inimigo e não fazer nada, ou estar um blindado por perto, que só pode ser destruído com um Lança-Rockets, e todos estão impávidos e serenos como se nada fosse. Nem mesmo as tiradas engraçadas salvam a qualidade destes companheiros de armas. Simplesmente de evitar.

Um passeio à beira rio.

Outro aspecto que merece atenção é a forma de progressão dos níveis. Aqui tudo depende da opinião e gosto de cada um, ser ou não algo de bom. Digo isto, pois a nível pessoal simplesmente acho frustrante a forma que está construído este jogo. Ou seja, é exactamente igual como no modo online. Temos um objectivo a alcançar, que está marcado com um triângulo no mini mapa, e um sinal de fumo vermelho no terreno. Até aqui tudo bem. Mas a questão é se estivermos em plena batalha e morremos, somos levados ao ponto de quicksave mais próximo, com exactamente o mesmo armamento, número de balas, e o ambiente exactamente igual como o deixámos antes de morrer.

Isto é deveras inglório, tornando o avanço frustrante, pois muitas foram as vezes em que morremos perto do quicksave e um blindado ainda estava no mesmo local, quando fizemos respawn. Como tínhamos poucas munições, a primeira alternativa foi correr e injectar níveis de saúde constantemente. Não raras foram as vezes que para passar determinado nível, tive que percorrer imensos quilómetros a pé pelos limites da área para não ser apanhado sem armas, evitando assim o confronto, levando-me a pensar se estava a jogar o Beijing 2008.

Durante as missões temos alguns sub-objectivos a cumprir, cingindo-se a recolher caixotes de ouro ou determinadas armas espalhadas pelo cenário e marcadas no mapa com um X branco. Após o término da campanha single player, achamos que poucos são os que se aventurarão em mais um longo caminho de martírio psicológico, sendo o mais certo é começarem a sofrer danos irreversíveis no cérebro de tanto ouvir as piadas de Haggard e Sweetwater. De lamentar é também a falta de modo cooperação, na campanha a solo. Achamos que seria certamente uma mais valia, e se calhar ter um ombro amigo para depositar as nossas lágrimas.

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Battlefield: Bad Company

PS3, Xbox 360

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Jorge Soares avatar

Jorge Soares

EG.pt Master of Puppets

Sempre ocupado e cheio de trabalho, é ele quem comanda e gere a Eurogamer Portugal. Queixa-se que raramente arranja tempo para jogar, mas quando está mesmo interessado num jogo, lá consegue arranjar uns minutos. Tem mau perder e arranja sempre alguma desculpa para a sua derrota, mas no fundo, é o que todos fazemos.

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