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Alone in the Dark Inferno

Inferno e redenção.

Depois de trazer as trevas durante o Verão até nós, a Eden Games lança agora a versão Playstation 3 de Alone in the Dark. Não deixando de nos agradar, a versão original mostrava alguns problemas a nível da sua jogabilidade e da câmara que o impediam de chegar mais além e de se tornar num jogo superior. Agora, passados vários meses, finalmente a consola Sony recebe a sua versão e após promessas de melhorias, a antecipação não poderia ser maior.

Por entre visões e ambições de grandiosidade a Eden Games deixou que alguns pequenos detalhes e pequenos aspectos, que supostamente nem deveriam ser notados, ganhassem indevido protagonismo e impediram que o jogador pudesse ter um proveito maior do jogo. Alone in the Dark deixou marcas claras de qualidade e a Eden Games tratou de rectificar os pontos sobre os quais os jogadores reclamaram e para aqueles que já o jogaram e para os que somente agora o vão jogar, chega esta versão melhorada.

Alone in the Dark coloca o jogador no papel de um Edward Carnby sem qualquer memória do seu passado. Envolvido em algo grandioso, Carnby pode ser a chave para derrotar a força maléfica que despertou e começa a destruir a cidade. Perante tudo o que se inicia em seu redor, o herói acaba quase como que arrastado para o palco onde tudo vai acontecer, para o Central Park.

Para falar deste novo Inferno, existem dois aspectos principais a abordar, o seu comportamento e prestação na Playstation 3 e a forma como as alterações à jogabilidade vão enriquecer a experiência do jogador.

Mesmo com uma prestação pior em algumas secções e em algumas texturas, Alone in the Dark Inferno mantém-se tão impressionante quanto o foi na altura do seu lançamento em Junho. Os personagens com grande detalhe, os efeitos e alguns cenários apresentam um aspecto soberbo, variando entre algumas secções que podem não satisfazer a todos com outras que dificilmente não nos espantam, Inferno consegue apresentar-se a um nível muito satisfatório. Mesmo que alguns efeitos como o fogo, um elemento muito importante no jogo, não pareçam estar ao mesmo nível que as versões PC e Xbox 360, no seu geral o resultado é praticamente idêntico. O visual desempenha um papel fulcral na forma como a narrativa se desenrola e interage com o jogador e quanto a isso Inferno consegue cumprir.

Os desafios que Carnby terá que enfrentar são muitos e variados e pelo meio somos surpreendidos com a qualidade visual

Independente da sua prestação técnica, um dos pontos incontornáveis deste jogo é a sua elevada componente cinematográfica. É um dos factores que está intimamente ligado à essência do jogo e desde os planos de câmara até à forma como o jogo está estruturado, tudo se parece disfarçar como se fosse uma grande produção de Hollywood. No entanto, filme talvez não seja o termo mais indicado mas sim série.

Alone in the Dark deixa de lado as convencionais progressões que vemos em praticamente todos os jogos e oferece ao jogador o controlo da história. Isto porque no menu do jogo temos acesso a uma funcionalidade que nos permite avançar ou recuar nos diferentes níveis do jogo que estão estruturados por capítulos. Imaginem que estão perante um DVD de uma série no qual podem avançar livremente e escolher a sequência onde querem começar a ver. Toda a estrutura do jogo está criada a reforçar este conceito e todos os capítulos começam com um explicar dos acontecimentos até aquele ponto e no final de cada capítulo ficamos sempre num dos pontos mais emocionantes. Todos os que preferirem abordar o jogo de uma forma mais convencional podem-no fazer, sendo até premiados com troféus por o fazerem, mas se eventualmente ficarem perante uma situação que não conseguem ultrapassar, podem a qualquer momento avançar e mais tarde tentar voltar. Tudo para que a frustração não se abata sobre o jogador e se frustração era a palavra de ordem nas outras versões em Inferno foi completamente riscada e dá agora lugar a uma outra, redenção.

O grande problema de Alone in the Dark foi, tal como prometido, resolvido e agora temos uma jogabilidade que mantendo-se na mesma fácil de assimilar, tornou-se mais gratificante e acessível. Movimentar o personagem já não é um processo árduo pois agora podemos controlar livremente a câmara, o que melhora em muito o jogo mesmo quando os movimentos de Carnby em certas situações ainda se mantém duros e pouco naturais.

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Bruno Galvão

Redator

O Bruno tem um gosto requintado. Para ele os videojogos são mais que um entretenimento e gosta de discutir sobre formas e arte. Para além disso consome tudo que seja Japonês, principalmente JRPG. Nós só agradecemos.

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