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New Style Boutique 3: Styling Star - Análise

Vamos às compras.

Uma produção de iniciativas pouco inovadoras e originais, embora com mais algum conteúdo.

Depois da avalanche de jogos neste final de ano, tanto para a Switch como para a 3DS, aguarda-se pacientemente pelos novos anúncios. Há uma normal expectativa em torno da consola portátil da Nintendo. A caminhar para o sétimo ano de vida e com uma nova consola em cena que penetra tanto em casa como nas sessões de jogo portáteis, em poucos meses a Switch tornou-se na nova coqueluche e embora a 3DS contenha amplos motivos para apelar a novos jogadores, graças a uma oferta muito diversificada, a verdade é que conhece dentro de casa uma nova concorrente, dentro do mesmo espaço.

Todavia, é inegável o esforço da Nintendo em manter a 3DS tão viva quanto possível, nem que para isso aponte a um público diferente, que é o que acontece com Styling Star, que corresponde à terceira edição do jogo "fashion" New Style Boutique, sequela de "Fashion Forward", publicada há dois anos e do original em 2012.

O resultado desta nova produção é a renovação de uma premissa regular, orientada para a simulação/gestão de uma loja - uma boutique - (pessoalmente e já que estamos neste capítulo/género, se não levarem a mal esta breve excursão, confesso que seria interessante ver surgir uma obra em torno de uma boutique de carne, por exemplo, dedicada à comercialização de todo o tipo de carnes e enchidos, molhos e preparados para os clientes mais exigentes, bem como os mais regulares, na qual não faltariam umas orelhas de porquinho defumadas ou um presunto capaz de garantir as mais tentadoras entradas).

Há uma opção que permite tirar fotografias.

Regressando às indumentárias de Styling Star e à gestão de uma boutique, o ponto mais sensível deste périplo pela moda é a repetição de muitos esquemas que servem este género de produções. Desde tutoriais que contemplam a caracterização da personagem (uma jovem a quem lhe fora confiada a gestão da loja pelo tio que decidiu partir para uma extensa viagem pelo mundo), até aos processos de venda e satisfação dos desejos dos clientes por forma a garantir o negócio, há como que uma revisita da matéria dada.

O grau de personalização é completo, envolvendo não apenas roupas e acessórios, mas também unhas e penteados, para uma caracterização definitiva. Esta é talvez a dimensão mais interessante da obra, a forma como consegue acrescentar alguma variedade na personalização e satisfação dos desejos dos clientes, tendo sempre em conta a variedade de estilos e profusão de preferências. Aliás, o grau de personalização é tal modo significativo que até o aspecto da loja pode ser alterado e configurado. Nesta parte o jogo requer o nosso melhor enquanto empreendedores. Há um potencial de negócio e sendo mais eficazes na sua exploração melhores serão os resultados. Contudo, há uma margem para além da qual não é possível avançar, alguns limites que constrangem o ritmo e condicionam a progressão. Como seria se à nossa loja chegasse aquela pessoa que todos conhecemos do cinema, a pedir-nos conselhos sobre a indumentária para um encontro ou uma ida à gala da tv?

Ao angariarem mais clientes recebem mais peças de vestuário e acessórios.

Importa referir que a boutique que temos à nossa disposição é uma loja entre várias situadas numa espécie de centro comercial, com destaque para a loja dedicada ao vestuário masculino, o salão para todo o tipo de penteados, o cuidado das unhas, não faltando o café para dois dedos de conversa enquanto se consome um "capuccino" ou se degusta um bolo na pastelaria. E nem falta um estabelecimento nocturno para um pé de dança. Esta espécie de cidade comercial, contudo, é menos vibrante e apelativa que o autêntico e peculiar mundo de Animal Crossing, talvez uma das produções mais próximas com melhor execução.

O realismo com que Styling Star é apresentado cria um efeito convincente mas não é tão gratificante do ponto de vista das singularidades justamente por faltar algum carisma à obra. Para uma consola com a idade da 3DS os efeitos visuais são aceitáveis mas ficam visivelmente aquém do melhor que já se viu. De resto é uma produção que revela um design aceitável e que pode encontrar algum eco sobretudo diante de uma audiência mais infanto-juvenil. Os utilizadores que não cabem nesta categoria poderão espreitar algumas das façanhas mas dificilmente serão arrebatados.

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.

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