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Aces of the Luftwaffe - Squadron - Análise

Ases pelos ares.

Não é um jogo para se terminar facilmente mas também fica claro que não chega aos melhores "shmups".

A popularidade dos "shmups" não é tão grande como foi noutros tempos, embora permaneça em destaque e com um grau de relevância, sobretudo no Japão, onde estão as raízes e as melhores produções que alguma vez os ocidentais puderam experimentar. Não quer isto dizer que estúdios de outros continentes não tenham em determinados momentos proporcionado algumas boas chamadas, mas nisto os nipónicos sempre foram exímios. Aflorando regularmente à superfície novas produções, desta vez chega-nos Aces of the Luftwaffe pela mão da Handy Games, que começou por publicar este curioso e bem desenhado "shmup" baseado na Segunda Guerra Mundial em formato Android.

Numa versão rebaptizada de Squadron, a Handy Games penetra pela primeira vez no quadro de oferta da Nintendo Switch, espaço no qual chegaram recentemente Sine Mora, a juntar a uma série de "shmups" clássicos sob o selo ACA Neo Geo, verdadeiras gemas da mítica consola da SNK. É por isso mais uma oferta indie, um tanto divergente da estrutura dos clássicos, mas que seguramente deixará os fãs e interessados no género com algum interesse. Há motivos para isso se pensarmos nas influências, como Strikers 1945.

Desde logo porque estamos perante um "shmup" de scroll vertical, dotado de um design bastante aprazível, embora sem a velocidade e fluidez de outras produções. Embora não se revele particularmente vibrante e desenvolvido em termos visuais, cumpre de forma bastante satisfatória. Os aviões são máquinas minimamente bem desenhadas, com algum grau de detalhe, assim como os inimigos e "bosses" de grandes dimensões causam algum alvoroço quando sobrevoam nas proximidades e lançam os seus devastadores ataques às quais é difícil evitar as rajadas de balas.

Há um estilo artístico 32 bit ao longo das 25 missões da campanha.

A diferença deste face a outros shooters nipónicos é a ligação a uma história, com personagens - os conhecidos ases - que comunicam entre si durante os voos. Enquanto que em imensos "shmups" japoneses encontramos normalmente algumas passagens ou diálogos em texto, quase "en passant", aqui a composição é mais teatral, por vezes um pouco excessiva ao ponto de retardar significativamente a entrada em combate. Convém referir que os "loadings" são também demorados o que não ajuda a tornar a experiência rápida.

A história oferece uma visão alternativa dos acontecimentos da Segunda Guerra. De algum modo a força nazi ganhou força e voltou à carga, cabendo à Luftwaffe eliminar os rivais. A solo ou até com até mais três jogadores, a luta pela supremacia aérea desenrola-se ao longo de 25 missões. Para além das missões centrais existem uma série de opcionais, desde resgate de reféns e operações de salvamento, ou seja pequenas acções . Mas o grosso das missões, quando jogadas a solo, implicam o comando de um esquadrão, composto por quatro aviões que formam uma lança. Existem várias personagens e todas apresentam uma série de características aos comandos que importa ter em conta, factores que podem alterar a nossa estratégia e causar até uma série de danos se não formos suficientemente rápidos.

Comandar um esquadrão é diferente de controlar apenas um avião, o que torna os membros mais vulneráveis, mas caso algum piloto seja abatido, imediatamente regressa à formação, embora os danos no esquadrão permaneçam. O ritmo das batalhas é rápido e a intensidade aumenta quando a frota rival quase ocupa o ecrã, num grau de dificuldade que não sendo de todo extremo requer uma activação permanente dos "power ups". Para tal terão que acumular medalhas (os inimigos quando explodem deixam ficar uma medalha) de forma a obterem pecúlio necessário para melhorarem o equipamento. É uma parte interessante desta experiência, pois não só é melhor o poder de fogo como a acção sobe uns quantos níveis.

Não sendo um bullet hell, acompanha algumas ideias de jogos do género.

Apesar da composição mais simples e da surpreendente facilidade com que começamos a batalhar nos céus, o resultado final é até bastante satisfatório e surpreendente nalguns momentos. Não é um jogo para se terminar facilmente mas também fica claro que não chega aos melhores "shmups" já lançados. No entanto, é uma opção a considerar por parte dos fãs de um género que volta e meia recebe uma nova produção. As bases de Aces of the Luftwaffe estão no Android mas ao passar para o formato "squadron", a Switch ganha mais uma opção a juntar à sua já extensa gama de "shmups", entre clássicos e produções mais recentes.

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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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