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1 2 Switch: de olhos bem abertos - Antevisão

Poderia estar em "bundle" com a consola?

No evento de apresentação da Switch, a partir de Tóquio, a Nintendo começou por "destacar" da Switch os Joy-Con. São os dois comandos autonomizáveis que vêm juntamente com a consola e que tanto podem funcionar conectados lateralmente à consola como podem operar de forma autónoma, para um ou dois jogadores quando em separado e ainda no formato tradicional como um qualquer comando para jogar em modo TV, quando conectados através do acessório grip. A ênfase nos Joy-Con no formato movimento deve-se à melhoria da tecnologia, através da introdução do "HD Rumble", que possibilita a emulação de certas sensações, como abanar um copo de água com cubos de gelo no interior ou simular múltiplos objectos no seu interior. Isto significa que as vibrações são mais precisas e autênticas.

A pensar nas possibilidades emergentes e nos jogos por movimento, à semelhança do que sucedera em muitos jogos da Wii e Wii U, a Nintendo apresentou 1 2 Switch, uma nova proposta que funciona como um conjunto de mini jogos para dois jogadores. Cada um segura o seu Joy-Con e tenta superar o adversário. Enquanto que em Wii Sports era necessário um segundo Wii remote para dois jogadores partilharem os desafios, e Nintendo Land é sobretudo uma experiência singular, 1 2 Switch pode ser jogado com outra pessoa sem necessidade de comandos adicionais.

Em Milk os jogadores terão que premir os botões numa ordem, o mais rápido que puderem.

Os jogos não levam muito tempo até serem concluídos. São partidas breves, que podem durar alguns instantes ou um par de minutos. O conceito assenta na quase redundância do ecrã para acompanhamento, colocando as pessoas mais próximas e pelo menos algumas vezes de olhos postos uma na outra. Isto porque o áudio é suficiente para controlar o tempo, nomeadamente o começo e o fim do jogo. 1 2 Switch resulta dos jogos baseados em comandos por movimentos mas é diferente do que vimos até hoje, podendo daí resultar grande parte do seu apelo, pela facilidade com que nos adaptamos e imediatismo, sem grandes "tutoriais". Qualquer pessoa pode experimentar.

No espaço reservado para a demonstração, a Nintendo preparou uma espécie de roda gigante, subdividida por secções dedicadas aos mini jogos. Não pudemos deixar de começar por um dos mais hilariantes e caricatos pela situação; tirar para um copo o leite das tetas da vaca. Há tradições que vão regressar e uma delas é a rapidez com que enchemos os copos premindo os botões nas costas do Joy-Con. Olhando o adversário nos olhos, as caretas são a expressão do ritmo empregue no processo de obtenção do leite, uma vitória para os mais acelerados.

De seguida passei para o inevitável Quick Draw, revelado horas antes, durante a apresentação. Neste jogo os jogadores colocam-se frente a frente, segurando o Joy-Con como se fosse um revolver, apontado para baixo em posição de preparação para o disparo único, que acontece quando chega do televisor a ordem para apertar o gatilho. O sistema é suficientemente preciso para detectar qual dos dois foi mais rápido e por que vantagem foi encontrado o vencedor. Essencialmente é um jogo de reflexos e sentido de oportunidade.

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Cumpridos alguns rounds e com balas cravadas no corpo, pela minha rival que não me deu grandes chances, arrastei-me até Ball Count, um jogo que reproduz de forma muito assertiva a sensação de rumble nos Joy-Con. O objectivo passa por descobrir quantas bolas estão dentro de uma caixa. Para atingirmos um número temos que pegar no comando, em posição horizontal, e efectuar pequenas oscilações, causando uma espécie de embate entre o conteúdo. Pelo peso e som quantas bolas estão dentro da caixa? Das duas partidas que realizei não acertei, embora tenha ficado lá perto. Numa apontei como resposta três bolas quando estavam duas e noutra partida duas bolas quando estavam três. O meu adversário acertou na última. Embora seja um jogo extremamente simples, a sensação do "rumble" é o ponto mais interessante e um que potencia o interesse em revisitar.

Existem mais jogos, assentes em conceitos diferentes. Ainda que a Nintendo não os tenha apresentado na sua totalidade, a mostra inicial consegue criar um efeito de persuasão no sentido de colocar dois jogadores em confronto, ao mesmo tempo que assegura uma boa demonstração da capacidade e potencial dos Joy-Con. Resta saber que opções irá contemplar o jogo e sobretudo conhecer o conteúdo da versão final. Muitos destes jogos são peculiares pelas situações hilariantes e insólitas, mas não deixam de ser desafios curtos (por enquanto é o que parece) que à custa de alguma repetição tendem a perder notoriedade. Com mais opções e um conteúdo forte, poderemos estar diante de um caso de sucesso, mas em todo o modo este é um daqueles jogos que não deixará ninguém indiferente.

Um outro ponto de discussão é a sua inclusão e oferta com a consola, à semelhança do que sucedeu com Wii Sports. Este é um jogo mais demonstrativo e curto (apenas 4 mini jogos), mas contar com 1 2 Switch com a consola seria uma forma para começar a jogar sem ter gastar mais. Talvez a Nintendo não queira conotar a Switch como uma nova consola para jogar mais jogos baseados nos movimentos. No entanto, um título como 1 2 Switch, oferecido com a consola seria um óptimo ponto de partida e um começo para muitos e novos utilizadores. Desde logo porque é diferente de Nintendo Land e muito mais orientado para ser partilhado, dada a sua vocação para 2 jogadores. Oferecê-lo em conjunto com a consola seria eventualmente mais de meio caminho andado para um começo forte, mas ainda é um pouco cedo para percebermos se como conteúdo autonomizável poderá ganhar destaque por si mesmo.

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