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Shutshimi - Análise

Lê rápido, pensa rápido e escolhe rápido.

A estética retro 8 bit mostra mais do que uma simples homenagem aos "shmups" de uma geração. É também um desafio a ter em conta.

Têm saudades dos "shmups" da Cave e Toaplan em gloriosos designs 2D embora nunca tenham encontrado a paciência necessária e a destreza para irem muito longe nos "bullet hell" como Mishihimesama? Se é esse o vosso caso, então Shutshimi é capaz de não só vos proporcionar boas recordações de uma era particularmente notável, como ainda poderá desafiar-vos em perfeitas condições. Produzido pela Neon Deity Games e editado pela Choice Provisions (a mesma de Bit. Trip e Whoa Dave) em 2015, não é nesta altura uma novidade. Disponível para várias plataformas - Vita, PS4 e Steam -, Shutshimi foi originalmente criado numa sessão "game jam" em apenas 24 horas. Depois, a Neon Deity, consciente da qualidade do produto, decidiu melhorar o mesmo, injectando uma série de novos conteúdos: bosses, músicas, items, tabelas de liderança, opção para até 4 jogadores, visando uma experiência não só maior mas sobretudo melhor. O resultado é satisfatório e uma boa surpresa A recente chegada à Wii U levou-nos a experimentar o jogo. Aqui fica o nosso veredicto.

Sendo visível que é um jogo de poucos valores de produção, isso não significa que Shutshimi se apresente como um jogo sempre inferior quando comparado a um "shmup" ou "bullet hell" clássico. Se assim fosse nem adviria daí grande mal, dado o conceito particular, assente em desafios de dez segundos, nos quais o jogador deve alvejar todos os obstáculos em movimento, visando a melhor pontuação. Talvez seja uma homenagem aos clássicos ou um conceito particular de WarioGame adaptado a disparos. Pelo menos, todos podem experimentar.

Numa primeira fase talvez dediquem grande parte da atenção à velocidade dos segmentos. Controlamos uma espécie de peixe dourado mutante, constituído por dois grandes braços musculados e que seguram uma poderosa arma capaz de disparar várias balas por segundo. O resultado é o típico "shooter" de "scroll horizontal", no qual abatemos todos os inimigos que invadiram o nosso mundo. Desde pequenos peixes em cadeia, passando por tubarões e outros que tais, especialmente os bosses, ao fim de dez segundos a acção é interrompida, exactamente como numa gravação de um filme e somos imediatamente transferidos para um ecrã que nos deixa escolher um de três items, dentro de um prazo limite: cerca de 8 segundos. O interessante nisto é que a representação gráfica do objecto é acompanhada por um pequeno texto sobre o significado e consequência do objecto. Limitados pelo tempo, é impossível ler todas as indicações dos items fornecidos, pelo que por vezes somos surpreendidos ao nível dos efeitos: os disparos tornam-se mais rápidos, há inversão no movimento do peixe, os adversários assumem outras reacções. Enfim, um grande número de factores que mudam a jogabilidade para os 10 segundos seguintes.

Shutshimi revela ainda influências da série Parodius (Konami).

Há por isso um círculo vicioso neste modo "horde" que condiciona a nossa progressão, muito afectada pelos items seleccionados no fim dos dez segundos de acção. Isto não só acrescenta imprevisibilidade como pode afectar o nosso resultado final. Passamos grande parte do tempo a lutar pelo melhor "score"e esse é um dos grandes méritos desta produção. Muito acessível, com pouca dificuldade (para começar), subindo gradualmente até nos dar os primeiros socos. Infelizmente é só aquilo e depressa conhecemos os cantos da casa. A dada altura torna-se rotina, mas há ali uma gratificação constante, também no tocante à estética, puramente 8 bit, tanto em termos de design como de som, num apelo claro à nossa veia nostálgica e saudosa das consolas 8 e 16 bit.

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Podem jogar sozinhos ou até com quatro amigos, situação igualmente divertida, especialmente pela quantidade de objectos manobráveis e obstáculos presentes no ecrã. Com mais de 50 armas, níveis, bosses e tabelas de liderança, Shutshimi merece a vossa atenção. Humorístico, desafiante e bem desenhado, é um bom jogo para curtas e frenéticas sessões. Quase como os apreciadores de cerejas: depois de comerem uma e outra não conseguem parar. O jogo é bom nesse efeito, embora a médio prazo possa tornar-se repetitivo, ponto acentuado pelos menores valores de produção e poucas opções. Mesmo assim, não deixa de ser uma agradável surpresa.

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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