Razer Deathstalker Chroma - Análise

O Deathstalker Chroma é o modelo mais recente desta linha de teclados da Razer. É um dos produtos topo de gama da companhia, custando o preço de dois jogos novos. Será que a qualidade e as funcionalidades oferecidas justificam o preço? Foi o que tentámos descobrir depois de várias semanas a testar o teclado. Durante este período este foi o nosso teclado principal tanto para jogar como para escrever e há sem dúvida coisas que adorámos.

Este é um teclado muito diferente do Black Widow, outro dos produtos topo de gama da Razer. O Black Widow é composto por teclas mecânicas, que dão excelente feedback além de serem extremamente resistentes. Este é o maior ponto positivo do Black Widow, mas por outro lado, as teclas mecânicas são causadoras de muito barulho, o que eventualmente se torna irritante. Apesar de não possuir teclas mecânicas, tornando-o menos ideal para jogar, o Deathstalker é um teclado mais suave e silencioso, duas características que o tornam indicado para outros usos.

Embora a Razer passe a mensagem que o Deathstalker Chroma é um teclado de videojogos, a realidade é que desempenha uma melhor função na escrita. Escrever no Deathstalker é extremamente confortável, ao ponto que depois de nos habituarmos, existe uma sensação de estranheza quando tentámos escrever noutros teclados. Esta sensação existe sempre que há uma troca num rato / teclado que usámos há algum tempo, no entanto, desde o primeiro minuto que tem sido um prazer teclar no Deathstalker.

O principal factor para o conforto que o Deathstalker proporciona é o seu formato. Ao contrário da maioria dos teclados, que terminam alguns milímetros depois da fila de teclas inferior (a fila onde está situada a barra do espaço), o Deathstalker prolonga-se durante vários centímetros, tendo uma base para colocarmos as mãos enquanto escrevemos. Aumentando o conforto, o teclado tem duas posições no que toca à inclinação: uma posição neutra (sem inclinação) e uma posição ligeiramente inclinada. Para alternar entre as duas apenas têm que abrir ou fechar uns suportes na parte inferior (por aqui preferimos a posição inclinada).

"Desde o primeiro minuto que tem sido um prazer teclar no Deathstalker"

Debaixo do teclado, a acompanhar os suportes que permitem alternar para a posição inclinada, há cinco borrachas a impedir que o teclado deslize pela secretária enquanto escrevem. Existe uma borracha em cada canto e mais uma na extremidade inferior. Um pormenor que facilmente passa despercebido é a ligeira inclinação na parte de cima. Depois da zona onde estão situadas as teclas, dá-se um pequeno declive na zona de apoio às mãos. É um pequeno detalhe, mas que faz toda a diferença, permitindo que as vossas mãos assumam uma posição natural.

A posição das teclas também é ideal para a escrita. O espaçamento entre as teclas é curto, sendo fácil alcançar (até para mim que tenho as mãos pequenas) as teclas essenciais da escrita. O fácil alcance das teclas é igualmente um benefício para jogar, mas como a vossa atenção está completamente focada no ecrã, pode acontecer que carreguem na tecla errada. Com um teclado mecânico é mais difícil isto acontecer, pois as teclas estão mais salientes e o espaçamento é maior.

Apesar de não superar o Black Widow no que toca à utilidade para jogos, o Deathstalker ainda é competente nesta área. As teclas respondem bem, e até agora, têm aguentado lindamente ao uso diário. O conforto descrito acima para a escrita também se aplica no acto de jogar. E tal como o Black Widow, o Dealthstalker tem a funcionalidade de anti-ghosting até dez teclas. Isto significa que todas as teclas vão responder como devido mesmo que estejam a carregar numa tecla diferente com cada dedo das vossas mãos. Em jogos frenéticos, onde é preciso carregar em sequência rápida nas teclas, esta funcionalidade é valiosa.

"Apesar de não superar o Black Widow no que toca à utilidade para jogos, o Deathstalker ainda é competente nesta área"

Outra das funcionalidades do Deathstaker é gravação instantânea de macros (atalhos gravados no teclado para várias sequências de teclas), no entanto, não existem teclas dedicadas para esta funcionalidade. No caso do Black Widow, foram colocadas cinco teclas macro à esquerda, mas tais teclas não existem no Deathstalker, o que não faz sentido, já que este é um teclado para videojogos e faz uso dessa tecnologia. Também existe uma diferença comparativamente ao Deathstalker Ultimate, nomeadamente, a ausência de um ecrã táctil na zona direita que podia ser configurado com várias utilidades, por exemplo, atalhos para aceder ao Youtube, Email e outras aplicações. Em vez disto, o Deathstalker Chroma adopta as tradicionais teclas com números e símbolos matemáticos nesta zona.

Este novo Deathstalker faz parte da linha Chroma, o que é sinónimo de cores personalizadas. Esta funcionalidade é sobretudo estética, mas no escuro, fica espectacular. Através do Razer Synapse, o programa de personalização para todos os produtos da Razer, podem escolher entre 16 milhões de cores e o modo como aparecem. Uma limitação, que não encontrámos na versão Chroma do Black Widow, é não dar para escolher individualmente as cores das teclas. O Deathstalker Chroma permite escolher as cores para três grandes áreas do teclado, mas não há mais liberdade do que isto.

Em termos de materiais, o Deathstalker está bem construído e aparenta ser robusto, no entanto, a unidade que recebemos (novinha em folha) já demonstra desgaste nos acabamentos de plástico. As teclas continuam funcionais, mas o acabamento por cima das teclas já desapareceu. O mesmo aconteceu no plástico da zona de descanso para as mãos. Sublinho ainda que o cabo do teclado vem revestido de plástico, uma desilusão, já que outros produtos da Razer trouxeram cabos revestidos de fibra, que são mais resistentes e flexíveis.

Para um teclado deste preço, o Deathstalker Chroma demonstra algumas limitações inesperadas, principalmente tendo em conta que é um produto da Razer, uma marca especializada em periféricos deste género. Como pontos positivos sobressai o conforto, a resposta das teclas e robustez (ainda que alguns acabamentos pudessem ser melhores). Não é o melhor teclado que existe para jogar, mas é um teclado equilibrado que pode ser usado em qualquer tarefa. No nosso caso, gostamos dele especialmente para escrever. Para jogar, preferimos o Black Widow. Em relação a esta versão Chroma do Deathstalker, não a recomendamos pois o preço é excessivo e facilmente encontram versões mais baratas que oferecem as mesmas funcionalidades e características, com a excepção dos bonitos efeitos de luzes.