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Um dia na CD Project Red

Evento The Witcher 3: Wild Hunt.

Nesta altura do ano, a temperatura média em Varsóvia ronda os zero graus. A queda de neve é frequente e o dia reservado para visitar a CD Project Red e para ficarmos a conhecer The Witcher 3: Wild Hunt, amanheceu com queda de flocos de neve, cobrindo de branco os telhados, árvores e parques da cidade.

Varsóvia é uma cidade praticamente reconstruída. Dizimada no período da segunda guerra mundial, por dois lados opostos, primeiro pelos nazis e depois pelos russos, a cidade podia ter hoje uma população bem mais elevada e um nível de desenvolvimento e económico superior. Todavia, o investimento das grandes multinacionais tem acelerado o desenvolvimento da cidade. Muito capital estrangeiro é investido no país e as perspectivas para os próximos anos são animadoras.

Manhã em Varsóvia.

Não deixa de ser interessante encontrar neste estúdio polaco, a CD Project Red, a capacidade para produzir grandes aventuras, com uma dimensão e qualidade ao nível e por vezes superior às obras de estúdios bem mais apetrechados, com equipas maiores e recursos superiores. O primeiro jogo da série Witcher apanhou de surpresa meio mundo. Uma aventura de fantasia medieval, capaz de competir com as melhores, irrigada de elementos da cultura eslava, muitas mitologias e uma aproximação aos livros de Andrzej Sapkowski. A sequela, Witcher 2, confirmou a qualidade da série. The Witcher 3 é o jogo mais ambicioso do estúdio e que mais conteúdos recebeu. Em termos de aventuras de role play, se tudo correr bem, é jogo para marcar a actual geração de consolas.

Acampamento medieval.

Instalados num hotel não muito distante do centro comercial de Varsóvia, tivemos que atravessar o rio Vístula para chegar aos estúdios. A viagem de autocarro foi de curta duração e em pouco tempo já tínhamos em mãos o plano para o dia com a CD Project Red. Conhecer um estúdio por dentro é sempre uma raridade. Poucos estúdios abrem as portas aos média como fez desta vez a CD Project Red. Mas nota-se naquela gente, ao privarmos com alguns deles, o empenho e a determinação nos projectos que estão envolvidos. Depois do lançamento de The Witcher 3 a equipa muda de agulhas para Cyberpunk 2077, algo completamente diferente e que os levará a outros desafios.

Mas por enquanto, ainda é The Witcher 3 que requer toda a atenção e envolvimento. Grande parte dos membros do estúdio são polacos, mas há lá gente com outras nacionalidades, como o nosso português José Teixeira. Pessoas novas mas já bastante experientes.

Mulheres.

Depois de experimentado o jogo, os média rumaram para um local, fora do estúdio mas não muito distante, já com a noite posta e a temperatura a cair para graus negativos. À chegada fomos contemplados com uma reprodução de um acampamento medieval, com tochas a alumiarem o espaço e homens sujos, rudes, de indumentária severa para frio, em circuitos diante de um lume crepitante. No interior a comida servida confundia-se com repastos medievais, enquanto que um pouco por todo o lado havia arte de The Witcher 3 e vídeos do jogo em televisores.

Comida e vinho.

Mas a grande surpresa para encerrar o evento foi a actuação da banda Percival, oriunda de Lubin, Polónia. As coordenadas "folk" das suas músicas, bem como o fascínio pelos temas eslavos e toda a história que lhes está associada, levaram o produtor da banda sonora do jogo, Marcin Przybylowics, a formar uma parceria com a banda.

E música.

Durante quase uma hora, o grupo retomou os trilhos e origens sonoras de um tempo distante. Sonoridades que revestem com propriedade e circuito histórico o ambiente e o contexto medieval presente em The Witcher 3. Nem todos os temas presentes no jogo pertencem à banda. Alguns temas aproveitados são da sua autoria, outros são criações originais especificamente adaptadas ao jogo. O resultado final é uma partilha de ideias comuns, culminada na utilização de instrumentos pouco usuais e engolidos pelo tempo. Este e outros temas poderão ser ouvidos no seu contexto a partir de 19 de Maio.

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Sobre o Autor
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Vítor Alexandre

Redator

Adepto de automóveis é assim por direito o nosso piloto de serviço. Mas o Vítor é outro que não falha um bom old school e é adepto ferrenho das novas produções criativas. Para além de que é corredor de Maratona. Mas não esquece os pastéis de Fão.
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